Avaliação da qualidade de vida profissional e estresse ocupacional em trabalhadores de enfermagem de um hospital durante pandemia por COVID-19
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Data de Publicação: | 2021 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFRGS |
Texto Completo: | http://hdl.handle.net/10183/236362 |
Resumo: | Introdução: O profissional de enfermagem trabalha com pessoas, saudáveis e doentes, em ambientes de alta, média e baixa complexidade. Dessa forma, esse profissional está sujeito a reagir ao contato com esses pacientes e familiares, podendo experimentar sentimentos de compaixão que podem ou não afetar sua qualidade de vida profissional. O profissional de enfermagem tem de lidar, também, com os colegas, chefias, ambiente e recursos no trabalho, que podem gerar estresse ocupacional nesses indivíduos. Além disso, atualmente o Brasil e o mundo passam por uma nova realidade na sociedade e no ambiente hospitalar devido à pandemia por COVID-19, que se originou na China. Objetivo: Identificar os níveis de qualidade de vida profissional e o estresse ocupacional em profissionais da enfermagem de unidades de internação. Metodologia: Estudo quantitativo transversal e aninhado no projeto de pesquisa “Efeito do biofeedback no estresse, ansiedade e qualidade de vida profissional nas equipes de enfermagem em um hospital universitário: ensaio clínico randomizado”. A pesquisa foi desenvolvida em unidades de internação para pacientes clínicos e cirúrgicos de um hospital de grande porte, com atendimento ao Sistema Único de Saúde. A coleta de dados ocorreu entre abril e agosto de 2020, através do preenchimento de questionários autoaplicáveis: questionário sociodemográfico e de informações sobre saúde, escala de estresse no trabalho e qualidade de vida profissional. O tamanho amostral foi calculado por meio do programa Winpepi com poder de 80%, nível de significância de 5%, resultando em 150 sujeitos. A amostragem foi aleatória, estratificada de acordo com o número de profissionais, com distribuição de dois técnicos ou auxiliares de enfermagem para cada enfermeiro pesquisado. Os dados foram analisados no pacote estatístico SPSS, versão 25, foram utilizados testes não paramétricos. Este projeto foi aprovado por Comitê de Ética em Pesquisa sob Certificado de Apresentação de Apreciação Ética 23346619000005327. Resultados: A amostra incluiu 127 (84,7%) profissionais do sexo feminino com média de idade de 43 anos (± 8,89). Quanto às categorias, 33,3% (50) eram enfermeiros e 66,7% (100) eram técnicos e auxiliares de enfermagem. Na escala de estresse no trabalho, verificou-se que a média total dos escores foi de 1,9 (± 0,71), sendo considerada como nível moderado de estresse. As faixas de idade “menor de 30 anos” e “maior de 60 anos” não apresentaram escores de altos níveis de estresse. Observando separadamente as subescalas de qualidade de vida profissional, verificou-se que satisfação por compaixão (SC) teve mediana de 50,3 (9,1 – 64,6), burnout (BO) de 48,5 (32,2 – 84,8) e estresse pós-traumático (ETS) de 47,1 (38,6 – 98,3). Todos os escores encontrados são considerados como moderados. Entre as subescalas, observou-se que a satisfação por compaixão apresentou correlação inversa e moderada na subescala de burnout (ρ = -0,416; p = 0,000), sendo que na de estresse traumático secundário foi inversa e fraca (ρ = -0,272; p< 0,001). A correlação entre as duas subescalas da fadiga por compaixão foi positiva e moderada (ρ = 0,464; p = 0,000). Relacionando estresse e qualidade de vida no trabalho, observou-se que, conforme aumentam os níveis de estresse, diminuem os níveis de qualidade de vida profissional. Verificou-se associação significativa entre prática de atividade física e resultados elevados de satisfação por compaixão (X² = 6,397; p = 0,041). Ocorreu também uma tendência de relação (X² = 5,992; p = 0,05) entre fadiga por compaixão e renda familiar inferior a quatro mil e quinhentos reais. Conclusão: Observou-se maior prevalência de estresse ocupacional na categoria de técnicos de enfermagem, bem como maiores níveis de Fadiga por Compaixão. |
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Pinheiro, Jéssica Morgana GedielSouza, Sônia Beatriz Cócaro de2022-03-29T04:36:08Z2021http://hdl.handle.net/10183/236362001135794Introdução: O profissional de enfermagem trabalha com pessoas, saudáveis e doentes, em ambientes de alta, média e baixa complexidade. Dessa forma, esse profissional está sujeito a reagir ao contato com esses pacientes e familiares, podendo experimentar sentimentos de compaixão que podem ou não afetar sua qualidade de vida profissional. O profissional de enfermagem tem de lidar, também, com os colegas, chefias, ambiente e recursos no trabalho, que podem gerar estresse ocupacional nesses indivíduos. Além disso, atualmente o Brasil e o mundo passam por uma nova realidade na sociedade e no ambiente hospitalar devido à pandemia por COVID-19, que se originou na China. Objetivo: Identificar os níveis de qualidade de vida profissional e o estresse ocupacional em profissionais da enfermagem de unidades de internação. Metodologia: Estudo quantitativo transversal e aninhado no projeto de pesquisa “Efeito do biofeedback no estresse, ansiedade e qualidade de vida profissional nas equipes de enfermagem em um hospital universitário: ensaio clínico randomizado”. A pesquisa foi desenvolvida em unidades de internação para pacientes clínicos e cirúrgicos de um hospital de grande porte, com atendimento ao Sistema Único de Saúde. A coleta de dados ocorreu entre abril e agosto de 2020, através do preenchimento de questionários autoaplicáveis: questionário sociodemográfico e de informações sobre saúde, escala de estresse no trabalho e qualidade de vida profissional. O tamanho amostral foi calculado por meio do programa Winpepi com poder de 80%, nível de significância de 5%, resultando em 150 sujeitos. A amostragem foi aleatória, estratificada de acordo com o número de profissionais, com distribuição de dois técnicos ou auxiliares de enfermagem para cada enfermeiro pesquisado. Os dados foram analisados no pacote estatístico SPSS, versão 25, foram utilizados testes não paramétricos. Este projeto foi aprovado por Comitê de Ética em Pesquisa sob Certificado de Apresentação de Apreciação Ética 23346619000005327. Resultados: A amostra incluiu 127 (84,7%) profissionais do sexo feminino com média de idade de 43 anos (± 8,89). Quanto às categorias, 33,3% (50) eram enfermeiros e 66,7% (100) eram técnicos e auxiliares de enfermagem. Na escala de estresse no trabalho, verificou-se que a média total dos escores foi de 1,9 (± 0,71), sendo considerada como nível moderado de estresse. As faixas de idade “menor de 30 anos” e “maior de 60 anos” não apresentaram escores de altos níveis de estresse. Observando separadamente as subescalas de qualidade de vida profissional, verificou-se que satisfação por compaixão (SC) teve mediana de 50,3 (9,1 – 64,6), burnout (BO) de 48,5 (32,2 – 84,8) e estresse pós-traumático (ETS) de 47,1 (38,6 – 98,3). Todos os escores encontrados são considerados como moderados. Entre as subescalas, observou-se que a satisfação por compaixão apresentou correlação inversa e moderada na subescala de burnout (ρ = -0,416; p = 0,000), sendo que na de estresse traumático secundário foi inversa e fraca (ρ = -0,272; p< 0,001). A correlação entre as duas subescalas da fadiga por compaixão foi positiva e moderada (ρ = 0,464; p = 0,000). Relacionando estresse e qualidade de vida no trabalho, observou-se que, conforme aumentam os níveis de estresse, diminuem os níveis de qualidade de vida profissional. Verificou-se associação significativa entre prática de atividade física e resultados elevados de satisfação por compaixão (X² = 6,397; p = 0,041). Ocorreu também uma tendência de relação (X² = 5,992; p = 0,05) entre fadiga por compaixão e renda familiar inferior a quatro mil e quinhentos reais. Conclusão: Observou-se maior prevalência de estresse ocupacional na categoria de técnicos de enfermagem, bem como maiores níveis de Fadiga por Compaixão.Introduction: The nursing professional works with people, healthy and sick, in environments of high, medium and low complexity. Thus, this professional is subject to react to contact with these patients and family members, and may experience feelings of compassion that may or may not affect their quality of professional life. The nursing professional also has to deal with colleagues, managers, environment and resources at work, which can generate occupational stress in these individuals. In addition, Brazil and the world are currently experiencing a new reality in society and in the hospital environment due to the COVID-19 pandemic, which originated in China. Objective: To identify the levels of quality of professional life and occupational stress in nursing professionals from inpatient units. Methodology: Quantitative cross-sectional study nested in the research project “Effect of biofeedback on stress, anxiety and quality of professional life in nursing teams at a university hospital: randomized clinical trial”. The research was developed in inpatient units for clinical and surgical patients of a large hospital, serving the Unified Health System. Data collection took place between April and August 2020, by completing self-administered questionnaires: sociodemographic questionnaire and information on health, work stress scale and quality of professional life. The sample size was calculated using the Winpepi program with a power of 80%, a significance level of 5%, resulting in 150 subjects. The sample selection was random and categorical, proportional to the number of professionals, with the distribution of two nursing technicians or assistants for each nurse surveyed. The data were analyzed using the SPSS statistical package, version 25. This project was approved by the Research Ethics Committee under the Certificate of Presentation of Ethical Appreciation 2334661900005327. Results: The sample included 127 (84.7%) female professionals with an average age of 43 years (± 8.89). As for the categories, 33.3% (50) were nurses and 66.7% (100) were nursing technicians and assistants. On the work stress scale, it was found that the total average of the scores was 1.9 (± 0.71), being considered as a moderate level of stress. The age groups “under 30 years old” and “over 60 years old” did not show high stress levels. Looking separately at the subscales of quality of professional life, it was found that satisfaction for compassion (SC) has a median of 50.3 (9.1 - 64.6), burnout (BO) of 48.5 (32.2 - 84) , 8) and post-traumatic stress (ETS) of 47.1 (38.6 - 98.3). All scores found are considered as moderate. Among the subscales, it was observed that satisfaction with compassion showed an inverse and moderate correlation with the subscale of burnout (ρ = - 0.416; p = 0.000) and inverse and weak with secondary traumatic stress (ρ = -0.272; p = 0.001) . The correlation between the two subscales of compassion fatigue was positive and moderate (ρ = 0.464; p = 0.000). Relating stress and quality of life at work, it is observed that, as the levels of stress increase, the levels of quality of professional life decrease. There was a significant relationship (X² = 6.397; p = 0.041) between performing physical activity and high results of satisfaction for compassion. There was also a tendency for a relationship (X² = 5.992; p = 0.05) between fatigue due to compassion and family income of less than four and a half thousand reais. Conclusion: There was a higher prevalence of occupational stress in the category of nursing technicians, as well as higher levels of Compassion Fatigue. There was a positive and moderate correlation between compassion fatigue and occupational stress.application/pdfporIndicadores de qualidadeEstresse ocupacionalSaúde do trabalhadorEnfermagemIndicators of qualityOccupational stressOccupational healthNursingAvaliação da qualidade de vida profissional e estresse ocupacional em trabalhadores de enfermagem de um hospital durante pandemia por COVID-19Assessment of the quality of professional life and occupational stress in nursing workers at a hospital during a COVID-19 pandemic info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisUniversidade Federal do Rio Grande do SulEscola de EnfermagemPrograma de Pós-Graduação em EnfermagemPorto Alegre, BR-RS2021mestradoinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFRGSinstname:Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)instacron:UFRGSTEXT001135794.pdf.txt001135794.pdf.txtExtracted Texttext/plain111487http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/236362/2/001135794.pdf.txt9c5757f8c3e35c9d775cdc8d122c4ec7MD52ORIGINAL001135794.pdfTexto completoapplication/pdf2899566http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/236362/1/001135794.pdf6a34b938e9d8ed618f5cb809f69d15adMD5110183/2363622023-10-06 03:41:27.342245oai:www.lume.ufrgs.br:10183/236362Biblioteca Digital de Teses e Dissertaçõeshttps://lume.ufrgs.br/handle/10183/2PUBhttps://lume.ufrgs.br/oai/requestlume@ufrgs.br||lume@ufrgs.bropendoar:18532023-10-06T06:41:27Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFRGS - Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)false |
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Introdução: O profissional de enfermagem trabalha com pessoas, saudáveis e doentes, em ambientes de alta, média e baixa complexidade. Dessa forma, esse profissional está sujeito a reagir ao contato com esses pacientes e familiares, podendo experimentar sentimentos de compaixão que podem ou não afetar sua qualidade de vida profissional. O profissional de enfermagem tem de lidar, também, com os colegas, chefias, ambiente e recursos no trabalho, que podem gerar estresse ocupacional nesses indivíduos. Além disso, atualmente o Brasil e o mundo passam por uma nova realidade na sociedade e no ambiente hospitalar devido à pandemia por COVID-19, que se originou na China. Objetivo: Identificar os níveis de qualidade de vida profissional e o estresse ocupacional em profissionais da enfermagem de unidades de internação. Metodologia: Estudo quantitativo transversal e aninhado no projeto de pesquisa “Efeito do biofeedback no estresse, ansiedade e qualidade de vida profissional nas equipes de enfermagem em um hospital universitário: ensaio clínico randomizado”. A pesquisa foi desenvolvida em unidades de internação para pacientes clínicos e cirúrgicos de um hospital de grande porte, com atendimento ao Sistema Único de Saúde. A coleta de dados ocorreu entre abril e agosto de 2020, através do preenchimento de questionários autoaplicáveis: questionário sociodemográfico e de informações sobre saúde, escala de estresse no trabalho e qualidade de vida profissional. O tamanho amostral foi calculado por meio do programa Winpepi com poder de 80%, nível de significância de 5%, resultando em 150 sujeitos. A amostragem foi aleatória, estratificada de acordo com o número de profissionais, com distribuição de dois técnicos ou auxiliares de enfermagem para cada enfermeiro pesquisado. Os dados foram analisados no pacote estatístico SPSS, versão 25, foram utilizados testes não paramétricos. Este projeto foi aprovado por Comitê de Ética em Pesquisa sob Certificado de Apresentação de Apreciação Ética 23346619000005327. Resultados: A amostra incluiu 127 (84,7%) profissionais do sexo feminino com média de idade de 43 anos (± 8,89). Quanto às categorias, 33,3% (50) eram enfermeiros e 66,7% (100) eram técnicos e auxiliares de enfermagem. Na escala de estresse no trabalho, verificou-se que a média total dos escores foi de 1,9 (± 0,71), sendo considerada como nível moderado de estresse. As faixas de idade “menor de 30 anos” e “maior de 60 anos” não apresentaram escores de altos níveis de estresse. Observando separadamente as subescalas de qualidade de vida profissional, verificou-se que satisfação por compaixão (SC) teve mediana de 50,3 (9,1 – 64,6), burnout (BO) de 48,5 (32,2 – 84,8) e estresse pós-traumático (ETS) de 47,1 (38,6 – 98,3). Todos os escores encontrados são considerados como moderados. Entre as subescalas, observou-se que a satisfação por compaixão apresentou correlação inversa e moderada na subescala de burnout (ρ = -0,416; p = 0,000), sendo que na de estresse traumático secundário foi inversa e fraca (ρ = -0,272; p< 0,001). A correlação entre as duas subescalas da fadiga por compaixão foi positiva e moderada (ρ = 0,464; p = 0,000). Relacionando estresse e qualidade de vida no trabalho, observou-se que, conforme aumentam os níveis de estresse, diminuem os níveis de qualidade de vida profissional. Verificou-se associação significativa entre prática de atividade física e resultados elevados de satisfação por compaixão (X² = 6,397; p = 0,041). Ocorreu também uma tendência de relação (X² = 5,992; p = 0,05) entre fadiga por compaixão e renda familiar inferior a quatro mil e quinhentos reais. Conclusão: Observou-se maior prevalência de estresse ocupacional na categoria de técnicos de enfermagem, bem como maiores níveis de Fadiga por Compaixão. |
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