As redes de colaboração científica no Brasil : (2004-2006)

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Vanz, Samile Andrea de Souza
Data de Publicação: 2009
Tipo de documento: Tese
Idioma: por
Título da fonte: Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFRGS
Texto Completo: http://hdl.handle.net/10183/17169
Resumo: Através da análise da co-autoria em artigos, este trabalho investiga as publicações nacionais indexadas pelo SCI do ISI entre os anos 2004-2006, com o objetivo de aprofundar e entender a colaboração científica na comunidade brasileira. Fizeram parte do estudo todos os artigos que contêm ao menos um endereço brasileiro no campo Address. Os dados foram organizados e analisados com o auxílio dos softwares Bibexcel, SPSS versão 14.0, Excel 2007 e Pajek. A análise quantitativa foi complementada por uma pesquisa qualitativa, realizada por meio de questionários e entrevistas com pesquisadores brasileiros. Os 49.046 artigos examinados revelaram que a produção científica nacional cresceu anualmente durante o triênio, e os artigos são publicados majoritariamente em inglês. Os artigos foram publicados em um vasto número de revistas, sendo que 15,7% deles em periódicos nacionais. As áreas mais produtivas da ciência nacional no SCI são a Química, a Biologia, a Física e a Medicina Clínica e Experimental II. Um grande número de instituições de filiação foi detectado, indicando que o Brasil não possui um padrão de publicação científica consolidado, dada a presença esparsa de muitas instituições cuja participação aconteceu uma única vez (59,1%). A co-autoria entre indivíduos cresceu ao longo do triênio, representando cerca de 96% da produção nacional. A média de autores por artigo é 6,3. A análise das instituições revela que a produção concentra-se em poucas instituições, a maioria universidades públicas localizadas em regiões específicas. A média de instituições por artigo é 2,4, e o exame das instituições mais produtivas destacou a prática da co-autoria intra-institucional. A aplicação de índices de colaboração relativos, análises EMD, fatorial e de agrupamentos identificou a existência de grupos formados regionalmente. A co-autoria internacional decresceu percentualmente ao longo do triênio, representando 30,3% da produção brasileira. EUA, França, Reino Unido e Alemanha são os maiores parceiros em número de artigos, entretanto, os índices relativos revelam que os EUA e a Argentina são os principais parceiros. A motivação para a colaboração internacional parece seguir razões históricas, lingüísticas e de proximidade geográfica. A análise específica das áreas do conhecimento revela que a co-autoria possui facetas próprias nas distintas áreas analisadas. A Agricultura e Meio Ambiente mostrou que os cientistas se agrupam em redes que refletem os colégios invisíveis a que eles pertencem. Na Física, preponderam grandes grupos de co-autoria, e a Matemática apresentou pesquisadores distribuídos em sub-redes que não refletiram agrupamentos por instituição. A forma como acontece a interação entre os cientistas variou conforme a área do conhecimento, e a motivação para a co-autoria é diversificada.
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Os artigos foram publicados em um vasto número de revistas, sendo que 15,7% deles em periódicos nacionais. As áreas mais produtivas da ciência nacional no SCI são a Química, a Biologia, a Física e a Medicina Clínica e Experimental II. Um grande número de instituições de filiação foi detectado, indicando que o Brasil não possui um padrão de publicação científica consolidado, dada a presença esparsa de muitas instituições cuja participação aconteceu uma única vez (59,1%). A co-autoria entre indivíduos cresceu ao longo do triênio, representando cerca de 96% da produção nacional. A média de autores por artigo é 6,3. A análise das instituições revela que a produção concentra-se em poucas instituições, a maioria universidades públicas localizadas em regiões específicas. A média de instituições por artigo é 2,4, e o exame das instituições mais produtivas destacou a prática da co-autoria intra-institucional. A aplicação de índices de colaboração relativos, análises EMD, fatorial e de agrupamentos identificou a existência de grupos formados regionalmente. A co-autoria internacional decresceu percentualmente ao longo do triênio, representando 30,3% da produção brasileira. EUA, França, Reino Unido e Alemanha são os maiores parceiros em número de artigos, entretanto, os índices relativos revelam que os EUA e a Argentina são os principais parceiros. A motivação para a colaboração internacional parece seguir razões históricas, lingüísticas e de proximidade geográfica. A análise específica das áreas do conhecimento revela que a co-autoria possui facetas próprias nas distintas áreas analisadas. A Agricultura e Meio Ambiente mostrou que os cientistas se agrupam em redes que refletem os colégios invisíveis a que eles pertencem. Na Física, preponderam grandes grupos de co-autoria, e a Matemática apresentou pesquisadores distribuídos em sub-redes que não refletiram agrupamentos por instituição. A forma como acontece a interação entre os cientistas variou conforme a área do conhecimento, e a motivação para a co-autoria é diversificada.Trough co-authorship analysis of articles, this study investigates the national publications indexed in ISI's SCI between the years of 2004-2006, aiming to deepen and understand the scientific collaboration in the Brazilian community. It was part of the study all the articles that had at least one Brazilian address in the Address field. The data was organized and analyzed through software Bibexcel, SPSS 14.0 version, Excel 2007 and Pajek. The quantitative analysis was completed by a qualitative analysis, done through questionnaires and interviews with Brazilian researches. The 49.046 articles analyzed revealed that the scientific production grew annually during the triennium, and the articles are mostly published in English. The articles were published in a wide number or journals, were 15,7% of it were published in national journals. The most productive areas of the national science in SCI are Chemistry, Biology, Physics and Clinical and Experimental Medicine II. A large number of institutions, indicating that Brazil does not have a consolidated scientific publication standard, given to the sparse presence of many institutions whose participation happened only once (59,1%). The individual co-authorship grew during the triennium, representing about 96% of the national production. The mean of authors per article is 6, 3. The analysis of the institutions shows that the production is concentrated in a few institutions, mostly public universities located at specific regions. The mean of institution per article is 2,4 , and the exam of the most productive institutions evidenced the practice of intra-institutional co-authorship. The application of relative collaboration indexes, MDS analysis, factorial and clusters identified the presence of regionally formed groups. The international co-authorship decreased percentage during the triennium, representing 30, 3% of Brazilian production.USA, France, United Kingdom and Germany are the major partners in number of articles, though relative indexes show that USA and Argentina are the main partners. The motivation for international collaboration seems to follow historical, linguistics and geographical proximity reasons. The specific analysis of areas of knowledge shows that the co-authorship has its own aspects in the different analyzed areas. The Agriculture and Environmental Sciences showed that scientists gather in networks that reflect on invisible college which they belong to. In Physics, large groups of co-authorship predominates, and Mathematics presented researches scattered in sub-networks that did not reflected in groups by institutions. The way the interaction happens between scientists changed according to the area of knowledge, and the motivation to co-authorship is diverse.application/pdfporBibliometriaCientometriaArtigo científicoCo-autoria científicaProdução científicaBrasilScientific collaborationBrazilian scienceBibliometricsScientometrisCo-authorshipAs redes de colaboração científica no Brasil : (2004-2006)info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/doctoralThesisUniversidade Federal do Rio Grande do SulFaculdade de Biblioteconomia e ComunicaçãoPrograma de Pós-Graduação em Comunicação e InformaçãoPorto Alegre, BR-RS2009doutoradoinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFRGSinstname:Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)instacron:UFRGSORIGINAL000711634.pdf000711634.pdfTexto completoapplication/pdf1652665http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/17169/1/000711634.pdf0c16bee76b9e34355840ab1db56b5f03MD51TEXT000711634.pdf.txt000711634.pdf.txtExtracted Texttext/plain396720http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/17169/2/000711634.pdf.txt587f9e6e9b434edee1a969f8c6403b1dMD52THUMBNAIL000711634.pdf.jpg000711634.pdf.jpgGenerated Thumbnailimage/jpeg1003http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/17169/3/000711634.pdf.jpgdc524f15618cc3c7f5f6c0f109132da4MD5310183/171692018-10-05 08:29:55.358oai:www.lume.ufrgs.br:10183/17169Biblioteca Digital de Teses e Dissertaçõeshttps://lume.ufrgs.br/handle/10183/2PUBhttps://lume.ufrgs.br/oai/requestlume@ufrgs.br||lume@ufrgs.bropendoar:18532018-10-05T11:29:55Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFRGS - Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)false
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