Eficácia do bloqueio anestésico paraespinhoso em pacientes com dor pélvica crônica refratária ao tratamento medicamentoso : um ensaio clínico randomizado
Autor(a) principal: | |
---|---|
Data de Publicação: | 2013 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFRGS |
Texto Completo: | http://hdl.handle.net/10183/87216 |
Resumo: | A dor pélvica crônica é uma condição de grande impacto na saúde da população feminina, em termos de qualidade de vida e uso de recursos em saúde. Dentre os diferentes tratamentos, encontramos terapias hormonais, cirurgia e uso de medicamentos neuromoduladores da dor. Sabe-se que a dor crônica provoca sensibilização nervosa periférica, com achados ao exame físico como linfotrofoedema e hiperalgesia. O bloqueio anestésico paraespinhoso é utilizado para o tratamento da sensibilização periférica em desordens de origem osteomuscular, com base no princípio da sensibilização do dermátomo e do miótomo. Poucos estudos, no entanto, tratam sobre o uso desse mesmo procedimento para o tratamento da dor do viscerótomo. No presente estudo, foram randomizadas 17 pacientes com dor pélvica crônica entre os tratamentos intervenção (bloqueio anestésico paraespinhoso) e placebo (punção subcutânea sem efeito analgésico). A dor foi mensurada através da escala análogo-verbal (EAV). A redução da dor imediatamente após o procedimento foi significativa nas pacientes do grupo intervenção (p=0,03), não havendo redução significativa no grupo controle. O efeito não se manteve em uma semana após o procedimento. Os resultados sugerem que o bloqueio paraespinhoso é eficaz no tratamento da dor pélvica crônica em curto prazo. |
id |
URGS_2e4d759cead3b2186c0616263488642e |
---|---|
oai_identifier_str |
oai:www.lume.ufrgs.br:10183/87216 |
network_acronym_str |
URGS |
network_name_str |
Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFRGS |
repository_id_str |
1853 |
spelling |
Rosa, Karen Felix daSantos, Antonio Cardoso dosSavaris, Ricardo Francalacci2014-02-14T01:52:51Z2013http://hdl.handle.net/10183/87216000910689A dor pélvica crônica é uma condição de grande impacto na saúde da população feminina, em termos de qualidade de vida e uso de recursos em saúde. Dentre os diferentes tratamentos, encontramos terapias hormonais, cirurgia e uso de medicamentos neuromoduladores da dor. Sabe-se que a dor crônica provoca sensibilização nervosa periférica, com achados ao exame físico como linfotrofoedema e hiperalgesia. O bloqueio anestésico paraespinhoso é utilizado para o tratamento da sensibilização periférica em desordens de origem osteomuscular, com base no princípio da sensibilização do dermátomo e do miótomo. Poucos estudos, no entanto, tratam sobre o uso desse mesmo procedimento para o tratamento da dor do viscerótomo. No presente estudo, foram randomizadas 17 pacientes com dor pélvica crônica entre os tratamentos intervenção (bloqueio anestésico paraespinhoso) e placebo (punção subcutânea sem efeito analgésico). A dor foi mensurada através da escala análogo-verbal (EAV). A redução da dor imediatamente após o procedimento foi significativa nas pacientes do grupo intervenção (p=0,03), não havendo redução significativa no grupo controle. O efeito não se manteve em uma semana após o procedimento. Os resultados sugerem que o bloqueio paraespinhoso é eficaz no tratamento da dor pélvica crônica em curto prazo.Objective: To evaluate whether paraspinous block reduces the verbal analog scale (VAS) pain scores in patients with chronic pelvic pain (CPP) refractory to drug therapy. Design: Randomized, double-blind, superiority trial. Setting: Tertiary referral center. Participants: Thirty-eight community patients were selected. Patients' mean age was 51.16 years (intervention) and 51.84 years (control). Patients eligible for the study had a diagnosis of CPP of benign etiology and refractory to drug therapy. Twenty-six patients were randomized to the intervention and control groups. Twelve patients were excluded before randomization because they refused to participate, did not meet the inclusion criteria, or withdrew from the study. Interventions: Patients in the intervention group received paraspinous anesthetic block. After finding the painful segment, paraspinous block was injected along the spinous process and in the supraspinous and interspinous ligaments, using a 25G X 2" needle and 1% lidocaine without epinephrine. Main outcome measure: The variation in the verbal analog scale (VAS) pain scores between T0 and T2. Results: A blinded examiner measured the degree of pain according to the VAS from 0 (no pain) to 10 (worst pain imaginable). Based on the VAS, the mean pain scores (standard deviation; 95%CI) of the intervention group at T0 (baseline), T1 (immediately after the procedure), and T2 (one week after the procedure) were 5.50 (2.92; 3.84-7.15), 2.72 (2.10; 1.53-3.90), and 4.36 (2.37; 1.89-6.82), respectively. The difference between T0 and T1 was statistically significant, with a p-value = 0.03 (Table 2). Conclusions: The present study assessed patients with CPP, excluding visceral pain of other etiologies. Therefore, further studies are needed to evaluate the efficacy of paraspinous anesthetic block in the treatment of visceral pain of other causes.application/pdfporDor pélvicaTratamento farmacológicoEnsaio clínico controlado aleatórioPelvic painPeripheral nervesAnesthetics localEficácia do bloqueio anestésico paraespinhoso em pacientes com dor pélvica crônica refratária ao tratamento medicamentoso : um ensaio clínico randomizadoEfficacy of paraspinous anesthetic block in patients with chronic pelvic pain refractory to drug therapy : a randomized clinical trialinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisUniversidade Federal do Rio Grande do SulFaculdade de MedicinaPrograma de Pós-Graduação em Medicina: Ciências CirúrgicasPorto Alegre, BR-RS2013mestradoinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFRGSinstname:Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)instacron:UFRGSORIGINAL000910689.pdf000910689.pdfTexto completoapplication/pdf973997http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/87216/1/000910689.pdfa9470dd153a6d047c710619201b457d6MD51TEXT000910689.pdf.txt000910689.pdf.txtExtracted Texttext/plain56478http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/87216/2/000910689.pdf.txte8952be0a827e1ee0186f5577905ef8aMD52THUMBNAIL000910689.pdf.jpg000910689.pdf.jpgGenerated Thumbnailimage/jpeg1359http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/87216/3/000910689.pdf.jpg3b68e6801a933528fb4b46d535b9a8adMD5310183/872162023-08-17 03:33:46.371933oai:www.lume.ufrgs.br:10183/87216Biblioteca Digital de Teses e Dissertaçõeshttps://lume.ufrgs.br/handle/10183/2PUBhttps://lume.ufrgs.br/oai/requestlume@ufrgs.br||lume@ufrgs.bropendoar:18532023-08-17T06:33:46Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFRGS - Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)false |
dc.title.pt_BR.fl_str_mv |
Eficácia do bloqueio anestésico paraespinhoso em pacientes com dor pélvica crônica refratária ao tratamento medicamentoso : um ensaio clínico randomizado |
dc.title.alternative.en.fl_str_mv |
Efficacy of paraspinous anesthetic block in patients with chronic pelvic pain refractory to drug therapy : a randomized clinical trial |
title |
Eficácia do bloqueio anestésico paraespinhoso em pacientes com dor pélvica crônica refratária ao tratamento medicamentoso : um ensaio clínico randomizado |
spellingShingle |
Eficácia do bloqueio anestésico paraespinhoso em pacientes com dor pélvica crônica refratária ao tratamento medicamentoso : um ensaio clínico randomizado Rosa, Karen Felix da Dor pélvica Tratamento farmacológico Ensaio clínico controlado aleatório Pelvic pain Peripheral nerves Anesthetics local |
title_short |
Eficácia do bloqueio anestésico paraespinhoso em pacientes com dor pélvica crônica refratária ao tratamento medicamentoso : um ensaio clínico randomizado |
title_full |
Eficácia do bloqueio anestésico paraespinhoso em pacientes com dor pélvica crônica refratária ao tratamento medicamentoso : um ensaio clínico randomizado |
title_fullStr |
Eficácia do bloqueio anestésico paraespinhoso em pacientes com dor pélvica crônica refratária ao tratamento medicamentoso : um ensaio clínico randomizado |
title_full_unstemmed |
Eficácia do bloqueio anestésico paraespinhoso em pacientes com dor pélvica crônica refratária ao tratamento medicamentoso : um ensaio clínico randomizado |
title_sort |
Eficácia do bloqueio anestésico paraespinhoso em pacientes com dor pélvica crônica refratária ao tratamento medicamentoso : um ensaio clínico randomizado |
author |
Rosa, Karen Felix da |
author_facet |
Rosa, Karen Felix da |
author_role |
author |
dc.contributor.author.fl_str_mv |
Rosa, Karen Felix da |
dc.contributor.advisor1.fl_str_mv |
Santos, Antonio Cardoso dos |
dc.contributor.advisor-co1.fl_str_mv |
Savaris, Ricardo Francalacci |
contributor_str_mv |
Santos, Antonio Cardoso dos Savaris, Ricardo Francalacci |
dc.subject.por.fl_str_mv |
Dor pélvica Tratamento farmacológico Ensaio clínico controlado aleatório |
topic |
Dor pélvica Tratamento farmacológico Ensaio clínico controlado aleatório Pelvic pain Peripheral nerves Anesthetics local |
dc.subject.eng.fl_str_mv |
Pelvic pain Peripheral nerves Anesthetics local |
description |
A dor pélvica crônica é uma condição de grande impacto na saúde da população feminina, em termos de qualidade de vida e uso de recursos em saúde. Dentre os diferentes tratamentos, encontramos terapias hormonais, cirurgia e uso de medicamentos neuromoduladores da dor. Sabe-se que a dor crônica provoca sensibilização nervosa periférica, com achados ao exame físico como linfotrofoedema e hiperalgesia. O bloqueio anestésico paraespinhoso é utilizado para o tratamento da sensibilização periférica em desordens de origem osteomuscular, com base no princípio da sensibilização do dermátomo e do miótomo. Poucos estudos, no entanto, tratam sobre o uso desse mesmo procedimento para o tratamento da dor do viscerótomo. No presente estudo, foram randomizadas 17 pacientes com dor pélvica crônica entre os tratamentos intervenção (bloqueio anestésico paraespinhoso) e placebo (punção subcutânea sem efeito analgésico). A dor foi mensurada através da escala análogo-verbal (EAV). A redução da dor imediatamente após o procedimento foi significativa nas pacientes do grupo intervenção (p=0,03), não havendo redução significativa no grupo controle. O efeito não se manteve em uma semana após o procedimento. Os resultados sugerem que o bloqueio paraespinhoso é eficaz no tratamento da dor pélvica crônica em curto prazo. |
publishDate |
2013 |
dc.date.issued.fl_str_mv |
2013 |
dc.date.accessioned.fl_str_mv |
2014-02-14T01:52:51Z |
dc.type.status.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/publishedVersion |
dc.type.driver.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/masterThesis |
format |
masterThesis |
status_str |
publishedVersion |
dc.identifier.uri.fl_str_mv |
http://hdl.handle.net/10183/87216 |
dc.identifier.nrb.pt_BR.fl_str_mv |
000910689 |
url |
http://hdl.handle.net/10183/87216 |
identifier_str_mv |
000910689 |
dc.language.iso.fl_str_mv |
por |
language |
por |
dc.rights.driver.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/openAccess |
eu_rights_str_mv |
openAccess |
dc.format.none.fl_str_mv |
application/pdf |
dc.source.none.fl_str_mv |
reponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFRGS instname:Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) instacron:UFRGS |
instname_str |
Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) |
instacron_str |
UFRGS |
institution |
UFRGS |
reponame_str |
Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFRGS |
collection |
Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFRGS |
bitstream.url.fl_str_mv |
http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/87216/1/000910689.pdf http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/87216/2/000910689.pdf.txt http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/87216/3/000910689.pdf.jpg |
bitstream.checksum.fl_str_mv |
a9470dd153a6d047c710619201b457d6 e8952be0a827e1ee0186f5577905ef8a 3b68e6801a933528fb4b46d535b9a8ad |
bitstream.checksumAlgorithm.fl_str_mv |
MD5 MD5 MD5 |
repository.name.fl_str_mv |
Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFRGS - Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) |
repository.mail.fl_str_mv |
lume@ufrgs.br||lume@ufrgs.br |
_version_ |
1800309043688898560 |