A constituição subjetiva de mulheres negras estudantes da EJA e a aprendizagem

• Autor(a) principal: Ivanov, Bárbara Gonçalves
• Data de Publicação: 2020
• Tipo de documento: Dissertação
• Idioma: por
• Título da fonte: Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFRGS
• Texto Completo: http://hdl.handle.net/10183/216008
• topic: Mulher negra; Aprendizagem; História de vida; Subjetividade; Educação de jovens e adultos; Black Women; Learning; Life stories; Subjectivity; Youth and Adult Education

Esta dissertação traz uma pesquisa qualitativa, que analisa as histórias de vida de três estudantes da Educação de Jovens e Adultos (EJA), da rede pública de ensino e tem por objetivo identificar as marcas subjetivas que se dão pela classe social, pela raça/etnia e pelo gênero, e suas inter-relações com a aprendizagem escolar, assim como as semelhanças entre as trajetórias que caracterizam determinados grupos sociais. O trabalho busca a aproximação e o apontamento das singularidades intrínsecas aos processos de aprendizagem, promovendo movimentos subjetivos de deslocamento na direção dos sujeitos. Como base metodológica, foi utilizada uma teoria que nos aproxima de elementos subjetivos, os quais podem interferir nos processos de aprendizagem dos sujeitos pesquisados, a Teoria da Subjetividade, de Fernando Luis Gonzáles Rey, além de outros autores que trabalham com a essa mesma perspectiva, como Maria Carmem Villela Rosa Tacca, Maristela Rossato e Albertina Mitjans Martínez. Foram empregados, como ferramenta de análise das narrativas de histórias de vida de educandos, alguns elementos do método biográfico, desenvolvido por Jacques Marre, para verificar-se as semelhanças entre as suas trajetórias, considerando o recorte de classe social do qual fazem parte. Para o estudo das questões de raça e de gênero, utilizou-se os trabalhos de Matilde Ribeiro, as obras de Paulo Freire, referência na Educação de Jovens e Adultos, e de Stuart Hall, especialmente quanto ao tema da identidade. Por meio desta pesquisa, pretende-se refletir sobre a subjetividade individual, o social, a emocionalidade e as experiências de vida, permeadas por frequentes situações de discriminação e de opressão, fatores capazes de produzir ou de obstruir os caminhos de aprendizagem.