A reforma militar da Rússia enquanto emulação militar de larga-escala : balanceamento interno e construção do Estado (1991-2017)
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2019 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFRGS |
Texto Completo: | http://hdl.handle.net/10183/193389 |
Resumo: | O tema mais amplo do presente estudo diz respeito às causas de Estados emularem tecnologias militares e estruturas organizacionais de outros. Tem-se, como foco, as emulações de larga-escala, isto é, aquelas que abrangem todo o sistema militar, em vez da mera adoção de novos sistemas de armas ou de ajustes pontuais em práticas existentes. Dito isso, o objetivo geral deste estudo é analisar e explicar a ausência e presença de reforma militar de larga-escala pela Rússia no período pós-Guerra Fria, com especial ênfase à relação entre o nível de ameaça externa, capacidade estatal, ineficácia comprovada e o processo de emulação de larga-escala, iniciado após a Guerra da Geórgia. Para tanto, a presente Dissertação vale-se da teoria do Realismo Neoclássico, bem como utiliza o Método Histórico-Comparativo a partir da ferramenta de rastreamento de processos. Busca-se responder à seguinte pergunta: por que a Rússia iniciou a sua reforma militar em 2008? A hipótese é a de que a Rússia inicia a sua reforma militar, em 2008, porque há, concomitantemente: i) um alto nível de ameaça externa (estabilidade estratégica ameaçada/ausente); ii) um alto nível de capacidade estatal (Estado capaz de extrair e mobilizar recursos) e iii) presença de ineficácia comprovada (Guerra da Geórgia). Por fim, argumenta-se que equiparar a ausência do restabelecimento de um equilíbrio na distribuição de capacidades materiais no sistema internacional, ao longo do período pós-Guerra Fria, à ausência de balanceamento por parte de outros Estados e, diante disso, decretar o fim das dinâmicas da balança de poder na unipolaridade, só é possível caso se ignore a principal dinâmica da balança de poder, a saber, o balanceamento interno. Em suma, as dinâmicas de balança de poder não cessaram no período pós-Guerra Fria, especialmente ao se compreender a reforma militar da Rússia enquanto uma estratégia de balanceamento interno de emulação militar de larga-escala que visava a balancear os Estados Unidos a fim de garantir a manutenção da estabilidade estratégica. |
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Dall'Agnol, Augusto CésarMielniczuk, Fabiano Pellin2019-04-24T02:34:27Z2019http://hdl.handle.net/10183/193389001092217O tema mais amplo do presente estudo diz respeito às causas de Estados emularem tecnologias militares e estruturas organizacionais de outros. Tem-se, como foco, as emulações de larga-escala, isto é, aquelas que abrangem todo o sistema militar, em vez da mera adoção de novos sistemas de armas ou de ajustes pontuais em práticas existentes. Dito isso, o objetivo geral deste estudo é analisar e explicar a ausência e presença de reforma militar de larga-escala pela Rússia no período pós-Guerra Fria, com especial ênfase à relação entre o nível de ameaça externa, capacidade estatal, ineficácia comprovada e o processo de emulação de larga-escala, iniciado após a Guerra da Geórgia. Para tanto, a presente Dissertação vale-se da teoria do Realismo Neoclássico, bem como utiliza o Método Histórico-Comparativo a partir da ferramenta de rastreamento de processos. Busca-se responder à seguinte pergunta: por que a Rússia iniciou a sua reforma militar em 2008? A hipótese é a de que a Rússia inicia a sua reforma militar, em 2008, porque há, concomitantemente: i) um alto nível de ameaça externa (estabilidade estratégica ameaçada/ausente); ii) um alto nível de capacidade estatal (Estado capaz de extrair e mobilizar recursos) e iii) presença de ineficácia comprovada (Guerra da Geórgia). Por fim, argumenta-se que equiparar a ausência do restabelecimento de um equilíbrio na distribuição de capacidades materiais no sistema internacional, ao longo do período pós-Guerra Fria, à ausência de balanceamento por parte de outros Estados e, diante disso, decretar o fim das dinâmicas da balança de poder na unipolaridade, só é possível caso se ignore a principal dinâmica da balança de poder, a saber, o balanceamento interno. Em suma, as dinâmicas de balança de poder não cessaram no período pós-Guerra Fria, especialmente ao se compreender a reforma militar da Rússia enquanto uma estratégia de balanceamento interno de emulação militar de larga-escala que visava a balancear os Estados Unidos a fim de garantir a manutenção da estabilidade estratégica.The broader subject of this study relates to the reasons why states emulate the military technologies and organizational structures one another. It focuses on large-scale emulation, those that encompasses the entire military system, instead of the mere adoption of weapons systems or punctual adjusts in the existing practices. In this sense, its main goal is to analyze and to explain the absence and the presence of a large-scale military reform in Russia after the post-Cold War period, with a special emphasis on what regards its level of external threat, state capacity, proven ineffectiveness and the large-scale emulation process that began after the Russo-Georgian War. In order to do so, this master thesis makes use of Neoclassical Realism as well as Historical Comparative Method and use of process tracing tool. It aims to answer the following question: why Russia set in motion its military reform in 2008? The hypothesis is that Russia has initiated it military reform in 2008 due to concomitant existence of: i) a high level of external threat (absence of strategic stability or in risk); ii) high level of state capacity (state capable of extracting and mobilizing resources) and; iii) presence of proven ineffectiveness (Russo-Georgian War). Finally, it argues that to equate the absence of a balanced distribution of material capacities in the international system, during the post-Cold War, to the lack of balancing by other states and, consequently, decreeing the end of the dynamics of the balance of power in unipolarity is only possible if one ignores the main dynamics of the balance of power, namely internal balancing. In sum, the dynamics of the balance of power did not cease in the post-Cold War period, especially if Russia's military reform is understood as an internal balancing strategy of large-scale military emulation aimed at balancing the United States in order to maintaining strategic stability.application/pdfporPoderReformaEstadoRússiaMilitary emulationNeoclassical RealismInternal balancingA reforma militar da Rússia enquanto emulação militar de larga-escala : balanceamento interno e construção do Estado (1991-2017)info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisUniversidade Federal do Rio Grande do SulFaculdade de Ciências EconômicasPrograma de Pós-Graduação em Estudos Estratégicos InternacionaisPorto Alegre, BR-RS2019mestradoinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFRGSinstname:Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)instacron:UFRGSTEXT001092217.pdf.txt001092217.pdf.txtExtracted Texttext/plain570356http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/193389/2/001092217.pdf.txt897a3eefcc70d1ca43108464efb0d16bMD52ORIGINAL001092217.pdfTexto completoapplication/pdf1841705http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/193389/1/001092217.pdfdcad8e030d217988539f236f8669207dMD5110183/1933892019-04-25 02:37:08.778335oai:www.lume.ufrgs.br:10183/193389Biblioteca Digital de Teses e Dissertaçõeshttps://lume.ufrgs.br/handle/10183/2PUBhttps://lume.ufrgs.br/oai/requestlume@ufrgs.br||lume@ufrgs.bropendoar:18532019-04-25T05:37:08Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFRGS - Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)false |
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