Uma clínica da escrita : experimentações ateliais
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2016 |
Tipo de documento: | Tese |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFRGS |
Texto Completo: | http://hdl.handle.net/10183/157425 |
Resumo: | A pesquisa que embasa nossa tese interroga sobre a potência clínica da escrita junto a frequentadores do Ateliê de Escrita da Oficina de Criatividade do Hospital Psiquiátrico São Pedro. Toma como pressuposto que o ato de escrever porta tendências desterritorializantes aos sujeitos portadores de sofrimento mental, como de resto a qualquer um outro, colocando-se como dispositivo da invenção de si e de mundos. Trata-se, nesse caso, de virmos a cartografar algumas experimentações realizadas junto ao Ateliê de Escrita, mapeando agenciamentos coletivos que se tornam acontecimentos no decorrer do processo. Assume-se que as escritas produzidas nesse âmbito possam ser tomadas como testemunhos de vidas infames que experimentam inéditas experiências de falar de si a partir de sua loucura e dos estigmas sociais que lhes são impostos pela discursividade hegemônica. Dessa forma, confia-se que tais testemunhos possam operar, no seio do arquivo da história da loucura, como efeitos a contrapelo aos seus desígnios de exclusão e de incapacitação. Nossos procedimentos metodológicos inscrevem-se no escopo das pistas cartográficas, nas quais assumimos a posição ativa de narrar, através de gestos biografemáticos, alguns processos de deslocamentos dos sujeitos implicados, em direção à diferenciação e expansão da vida. Buscamos produzir um mapa de deslocamentos subjetivos que, em sua efemeridade e aparição, não atestam a cura de ninguém, mas se colocam como expansores de vidas encolhidas socialmente e marcadas pelas práticas sociais de sua exclusão e apagamento. Referenciais oriundos da Filosofia da Diferença e da literatura servirão como ferramentas conceituais para a nossa problematização e direção ética enquanto pesquisadores. |
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