Acreditar no ateliê de escrita
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2019 |
Tipo de documento: | Trabalho de conclusão de curso |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Institucional da UFRGS |
Texto Completo: | http://hdl.handle.net/10183/198004 |
Resumo: | O Ateliê de Escrita é a atividade de um grupo de usuários da Oficina de Criatividade que acontece dentro do Hospital Psiquiátrico São Pedro. Na experiência de participar deste grupo, notamos operarem funções além do escrever. Sua atividade, transversalizada pela loucura, pela linguagem escrita e pela clínica, contempla um coletivo de corpos e vozes abertos às palavras e aos afetos sob o signo da confiança e da amizade. A riqueza desta experiência convive com o desafio de sua transmissão. Para testemunhar em defesa do seu modo de operar, resgato os conceitos de máquina abstrata e corpo sem órgãos (CsO), de Gilles Deleuze e Félix Guattari, articulados à esquizoanálise e à filosofia da diferença. Sua maquinaria se posiciona a contrapelo do modo capitalista de produção, exercendo funções clínicas próprias a um agenciamento coletivo de enunciação. Como dispositivo clínico, assume concretude através de enlaçamentos coletivos entre os usuários de saúde mental e técnicos, propiciando a emergência de um corpo singular de consistência criativa a cada encontro. Desta forma, em suas tênues e frágeis linhas de contorno, é o próprio Ateliê de Escrita que opera como suporte à produção de gestos que se colocam ao avesso do niilismo, como aborda Peter Pál Pelbart. Instaurado como agenciamento de corpos trêmulos e delicados de sujeitos abalados pelo sofrimento mental, leva-nos a investir nossa crença no mesmo, fazendo nos acreditar em sua potência de produção de laços que ao mesmo tempo dão consistência à amizade, à criação. |
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