Existir, resistir, desterritorializar : uma cartografia da trans-ralé brasileira
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2019 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFRGS |
Texto Completo: | http://hdl.handle.net/10183/197316 |
Resumo: | Este trabalho busca verificar de que formas mulheres em situação interseccionalmente precária e que performatizam sexos/gêneros/sexualidades dissidentes (predominando a existência transexual) expressam sua participação, resistência e potência de vida nos territórios comunicacionais. Procura-se mapear os movimentos de oito mulheres trans que encontram-se em situação de rua na cidade de Porto Alegre, utilizando a cartografia como caminho metodológico e perspectivas teóricas como as da interseccionalidade, dos estudos de gênero, da filosofia da diferença, de estudos acerca da potencialidade emancipatória das tecnologias digitais, da Semiótica da Cultura e do conceito de ralé brasileira, proposto por Jessé Souza. Por meio de observação do cenário produzido pelo capitalismo financeiro periférico na precarização das condições de vida, da exacerbação de preconceitos como os de classe social, raça, territorialidade e sexo/gênero/sexualidade, além da necropolítica vivenciada em seus cotidianos, verifica-se que as participantes da pesquisa integram o que poder-se-ia chamar de uma trans-ralé brasileira. No entanto, a potência dessas mulheres trans que se constituem na diferença está em empreender micropolíticas, criar linhas de fuga e desterritorializar da ordem instituída (ou mesmo do território interseccionalmente precário a que foram relegadas), reterritorializando em outras formas de sociabilidade, de subjetividade e de existência. |
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Somariva, MarianaRosário, Nísia Martins do2019-07-25T02:31:26Z2019http://hdl.handle.net/10183/197316001095512Este trabalho busca verificar de que formas mulheres em situação interseccionalmente precária e que performatizam sexos/gêneros/sexualidades dissidentes (predominando a existência transexual) expressam sua participação, resistência e potência de vida nos territórios comunicacionais. Procura-se mapear os movimentos de oito mulheres trans que encontram-se em situação de rua na cidade de Porto Alegre, utilizando a cartografia como caminho metodológico e perspectivas teóricas como as da interseccionalidade, dos estudos de gênero, da filosofia da diferença, de estudos acerca da potencialidade emancipatória das tecnologias digitais, da Semiótica da Cultura e do conceito de ralé brasileira, proposto por Jessé Souza. Por meio de observação do cenário produzido pelo capitalismo financeiro periférico na precarização das condições de vida, da exacerbação de preconceitos como os de classe social, raça, territorialidade e sexo/gênero/sexualidade, além da necropolítica vivenciada em seus cotidianos, verifica-se que as participantes da pesquisa integram o que poder-se-ia chamar de uma trans-ralé brasileira. No entanto, a potência dessas mulheres trans que se constituem na diferença está em empreender micropolíticas, criar linhas de fuga e desterritorializar da ordem instituída (ou mesmo do território interseccionalmente precário a que foram relegadas), reterritorializando em outras formas de sociabilidade, de subjetividade e de existência.This work seeks to verify how women in an intersectionally precarious situation and who performatize dissident sex/gender/sexuality arrangements (predominantly the transsexual existence) express their participation, resistance and potency of life in the communicational territories. It is sought to map the movements of eight trans women who are in a street situation in the city of Porto Alegre, using cartography as a methodological path and theoretical perspectives such as intersectionality, gender studies, the Semiotics of Culture, the philosophy of difference, studies on the emancipatory potential of digital technologies, and the concept of "ralé brasileira", proposed by Jessé Souza. By verifying the scenario produced by peripheral financial capitalism in the precariousness of people's living conditions, the exacerbation of social class, race and sex/gender/sexuality prejudices, and the necropolitics experienced in their daily lives, it is verified that the participants of the research integrate what could be called a "trans-ralé brasileira". However, the potency of these transgender women who are constituted in difference lies in undertaking micropolitics, creating lines of escape and deterritorializing the hegemonic order (or even the intersectionally precarious territory to which they were relegated), reterritorializing in other forms of sociability, subjectivity, and existence.application/pdfporEstudos de gêneroTransexualidade femininaInclusão digitalIntersectionalityGenderTranssexualityPrecariousnessDigital emancipationExistir, resistir, desterritorializar : uma cartografia da trans-ralé brasileirainfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisUniversidade Federal do Rio Grande do SulFaculdade de Biblioteconomia e ComunicaçãoPrograma de Pós-Graduação em ComunicaçãoPorto Alegre, BR-RS2019mestradoinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFRGSinstname:Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)instacron:UFRGSTEXT001095512.pdf.txt001095512.pdf.txtExtracted Texttext/plain338271http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/197316/2/001095512.pdf.txt99b71cdd13e222d978e9c6f3005d1ef5MD52ORIGINAL001095512.pdfTexto completoapplication/pdf2849131http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/197316/1/001095512.pdf514cf486b0211befcd4234c4b8e0de48MD5110183/1973162022-02-22 04:44:57.562752oai:www.lume.ufrgs.br:10183/197316Biblioteca Digital de Teses e Dissertaçõeshttps://lume.ufrgs.br/handle/10183/2PUBhttps://lume.ufrgs.br/oai/requestlume@ufrgs.br||lume@ufrgs.bropendoar:18532022-02-22T07:44:57Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFRGS - Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)false |
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