Estudo taxonômico do gênero Diploneis ex Cleve (Bacillariophyceae) em marismas do sul do Brasil

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Pacheco, Claudete Moraes
Data de Publicação: 2016
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFRGS
Texto Completo: http://hdl.handle.net/10183/150609
Resumo: O gênero Diploneis caracteriza-se principalmente por apresentar valvas com canais longitudinais bem desenvolvidos adjacentes à rafe, ornamentados por uma a várias fileiras de poros. Ocorre predominantemente em ambientes marinhos e salobros e vem sendo amplamente citado para áreas úmidas costeiras e marismas. Entretanto, na maioria das citações, os táxons não são identificados em nível infra-genérico, tem identificação incerta ou não são apresentadas descrições, comentários, dimensões ou ilustrações. O objetivo deste estudo é ampliar o conhecimento de Diploneis presente em marismas no extremo sul do Brasil, realizando a descrição taxonômica dos táxons, fornecendo dados a respeito da morfologia e ultraestrutura das valvas, a ocorrência dos mesmos nas diferentes zonas de salinidade na área de estudo e sua distribuição geográfica em escala mundial. Foram realizadas coletas de plâncton, bentos e epifíton entre 2009 a 2011 e 2015, em duas áreas de marismas no extremo sul do Estado do Rio Grande do Sul, uma no Parque Nacional da Lagoa do Peixe e outra adjacente ao estuário da Lagoa dos Patos. O material foi preparado e analisado em microscópio óptico (MO) e em microscópio eletrônico de varredura (MEV). Foram identificados 13 táxons, destacando-se D. novaeseelandiae Hustedt como primeiro registro para a região neotropical; D. aestuari, D. nitenscens e D. zannii como primeiros registros para o estado do Rio Grande do Sul e D. nitescens, D. subovalis e D. zanii como primeiros registros para marismas em escala mundial. D. interrupta e D. aestuari são consideradas como primeiras citações para marismas do sul do Brasil. Foi realizada uma análise detalhada da ultraeestrutura de D. novaeseelandiae e de D. interrupta em MEV, a qual possibilitou descrever pela primeira vez a morfologia e a ultraestrutura das estrias, canais longitudinais e da rafe, ampliando a diagnose destas espécies. Também é apresentada de forma pioneira a descrição das valvas de D. litoralis var. clathrata e de D. zannii em MEV. A maioria dos táxons apresentou ampla distribuição nas duas áreas de estudo e ocorreram em diferentes zonas de salinidade, demonstrando que se trata de um gênero bem adaptado à região de marismas, pelo fato de tolerarem ampla variação de salinidade. O presente estudo vem contribuir para o conhecimento da biodiversidade de microalgas em região de marismas no sul do Brasil e ressalta a importância da análise da ultraestrutura das valvas para a taxonomia de Diploneis.
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