Os alunos de instituição pública e privada encaminhados aos serviços de orientação educacional : depoimentos omitidos

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Milnitsky-Sapiro, Clary
Data de Publicação: 1986
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFRGS
Texto Completo: http://hdl.handle.net/10183/201812
Resumo: O grande número de crianças encaminhadas aos Serviços de Orientação Educacional (SOEs), tanto na rede de escolas públicas, como na rede de escolas particulares, levou-me a questionar em que circunstâncias ocorrem tais atendimentos. Autores nacionais tais como Coimbra (1984), Patto (1984), e Masini (1978), apontam o psicólogo escolar como técnico na correção de desvios e instrumento no processo de culpabilização do aluno. Tais obras, assim como a de Freitag (1984), estão fundamentadas num estudo crítico da Psicologia Escolar no Brasil e no papel que a escola desempenha em diferentes momentos políticos de nossa história. Estas leituras me deram subsídios para um aprofundamento, num tópico que dá uma outra direção ou núcleo de análise da mesma temática visada nestas obras; com este estudo, procuro privilegiar a percepção do sujeito para quem esses órgãos (escola e SOE) foram oficialmente criados: o ALUNO. o objetivo desta pesquisa foi compreender e descrever os depoimentos de alguns alunos que viveram "passagens críticas", conforme foi indicado pelos SOEs de suas escolas. E, principalmente, descobrir o sentido desses encaminhamentos, privilegiando a percepção do aluno. Decorrentes destes objetivos, revelaram-se algumas questões, que nortearam este estudo. São as seguintes: Como o aluno atendido percebe a intervenção do SOE? Como é o percurso dos alunos encaminhados aos SOEs? Quais são os resultados desses atendimentos para o aluno na escola? Existem comportamentos que evidenciam algum tipo de discriminação entre os alunos (de ambas as instituições)? Desenvolvi este estudo apoiada em uma metodologia qualitativa, caracterizada como abordagem fenomenológica. Abordagem no campo da Psicologia como ciência humana, conforme Giorgi (1978), implica no modo pelo qual o pesquisador aproxima-se do fenômeno a ser estudado, levando em consideração a sua própria pessoa, constituindo-se de fato, numa postura ao mesmo tempo humana e científica. Para realizar esse estudo foram escolhidas duas escolas. Uma pertencente à rede de ensino particular (escola A) e a outra, pertencente à rede de ensino público (escola B). Foram sujeitos principais da pesquisa, seis alunos (três de cada escola), e seus pais, professores e orientadores (sujeitos considerados complementares). Para a coleta de dados, foram feitas entrevistas com todos os sujeitos, assim como observações nas duas escolas. Segundo Giorgi (1985), o método fenomenológico estabelece passos que orientam a análise dos dados. Tais procedimentos foram por mim adotados e são os seguintes: 1º passo - constitui-se na leitura das descrições feitas pelos sujeitos (discursos), afim de captar o sentido do todo. 2º passo - constitui-se em nova leitura, marcando as transições de significados nos discursos. 3º passo - estas transições, denominadas unidades de significado, são transformadas em linguagem psicológica. 4º passo - são feitas as sínteses das entrevistas. Após estes passos, utilizei o procedimento adotado por Suransky (1977). 5º passo - que consiste na apresentação dos casos e o 7º passo, que constitui-se nos temas que emergiram dos casos. O 6º passo foi por mim introduzido com o objetivo de sistematizar as respostas obtidas até o 5º passo, buscando os aspectos de SEMELHANÇA e DIFERENÇA. Os temas que emergiram desta análise e que constituem-se no 7º passo são: o aluno, a atuação do orientador educacional e o significado da escola. Este estudo mostra através dos depoimentos dos alunos,que se posicionaram como indivíduos em relação aos SOEs de suas escolas, um descontentamento que evidencia a distância existente entre a realidade que os levou aos atendimentos e o modo de atuação das orientadoras educacionais. Na escola particular, a idéia de que "a escola funciona bem porque respeita o aluno como indivíduo", orienta a atuação do SOE, e tem a intenção de trabalhar uma aceitação incondicional do indivíduo pelo grupo, onde as diferenças individuais são direcionadas para a harmonização do todo, no sentido do consenso. A idéia de que a escola pública é por si mesma uma questão insolúvel, orienta a atuação dos profissionais que servem à instituição, inclusive e/ou principalmente, os profissionais dos serviços de orientação e psicologia; pois, "prensados" entre uma clientela considerada incapaz e professores sem competência para "anunciar um conhecimento que possibilite a transformação (Freire,1986), não buscaram ainda propostas alternativas e reforçam o seu papel de instrumentos do sistema.
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Estas leituras me deram subsídios para um aprofundamento, num tópico que dá uma outra direção ou núcleo de análise da mesma temática visada nestas obras; com este estudo, procuro privilegiar a percepção do sujeito para quem esses órgãos (escola e SOE) foram oficialmente criados: o ALUNO. o objetivo desta pesquisa foi compreender e descrever os depoimentos de alguns alunos que viveram "passagens críticas", conforme foi indicado pelos SOEs de suas escolas. E, principalmente, descobrir o sentido desses encaminhamentos, privilegiando a percepção do aluno. Decorrentes destes objetivos, revelaram-se algumas questões, que nortearam este estudo. São as seguintes: Como o aluno atendido percebe a intervenção do SOE? Como é o percurso dos alunos encaminhados aos SOEs? Quais são os resultados desses atendimentos para o aluno na escola? Existem comportamentos que evidenciam algum tipo de discriminação entre os alunos (de ambas as instituições)? Desenvolvi este estudo apoiada em uma metodologia qualitativa, caracterizada como abordagem fenomenológica. Abordagem no campo da Psicologia como ciência humana, conforme Giorgi (1978), implica no modo pelo qual o pesquisador aproxima-se do fenômeno a ser estudado, levando em consideração a sua própria pessoa, constituindo-se de fato, numa postura ao mesmo tempo humana e científica. Para realizar esse estudo foram escolhidas duas escolas. Uma pertencente à rede de ensino particular (escola A) e a outra, pertencente à rede de ensino público (escola B). Foram sujeitos principais da pesquisa, seis alunos (três de cada escola), e seus pais, professores e orientadores (sujeitos considerados complementares). Para a coleta de dados, foram feitas entrevistas com todos os sujeitos, assim como observações nas duas escolas. Segundo Giorgi (1985), o método fenomenológico estabelece passos que orientam a análise dos dados. Tais procedimentos foram por mim adotados e são os seguintes: 1º passo - constitui-se na leitura das descrições feitas pelos sujeitos (discursos), afim de captar o sentido do todo. 2º passo - constitui-se em nova leitura, marcando as transições de significados nos discursos. 3º passo - estas transições, denominadas unidades de significado, são transformadas em linguagem psicológica. 4º passo - são feitas as sínteses das entrevistas. Após estes passos, utilizei o procedimento adotado por Suransky (1977). 5º passo - que consiste na apresentação dos casos e o 7º passo, que constitui-se nos temas que emergiram dos casos. O 6º passo foi por mim introduzido com o objetivo de sistematizar as respostas obtidas até o 5º passo, buscando os aspectos de SEMELHANÇA e DIFERENÇA. Os temas que emergiram desta análise e que constituem-se no 7º passo são: o aluno, a atuação do orientador educacional e o significado da escola. Este estudo mostra através dos depoimentos dos alunos,que se posicionaram como indivíduos em relação aos SOEs de suas escolas, um descontentamento que evidencia a distância existente entre a realidade que os levou aos atendimentos e o modo de atuação das orientadoras educacionais. Na escola particular, a idéia de que "a escola funciona bem porque respeita o aluno como indivíduo", orienta a atuação do SOE, e tem a intenção de trabalhar uma aceitação incondicional do indivíduo pelo grupo, onde as diferenças individuais são direcionadas para a harmonização do todo, no sentido do consenso. A idéia de que a escola pública é por si mesma uma questão insolúvel, orienta a atuação dos profissionais que servem à instituição, inclusive e/ou principalmente, os profissionais dos serviços de orientação e psicologia; pois, "prensados" entre uma clientela considerada incapaz e professores sem competência para "anunciar um conhecimento que possibilite a transformação (Freire,1986), não buscaram ainda propostas alternativas e reforçam o seu papel de instrumentos do sistema.The great number of children advised to educational counseling in the network of state schools as well as Privata ones have induced me to question the circumstantes in which these counselings occur. Brazilian authors such as Coimbra (1984), alledge the schooL psychologyst as a technician in the correction of deviances and instrument in the process of student's victimization. Such works as Freitag's (1984) are fundamented in a critical study of school Psychology in Brazil and in the role that school has a different political moments in our history. These readings have given me subsidies which give another direction or nucleous of analysis of the same thematic aimed in these works. With this study I intend to emphasise the perception of subject to whom these organs (school and educational counseling) were officialy created: the STUDENT. The porupouse of this research was to understand and describe the testimonies of some estudents who went through "critical periods" as was indicated by educational counselings of their schools, and mainly to find out themeaning of thesecounselings, thus privileging the student's perception. Some questions came up from these objectives. These questions which guided tyis study are the following: - How the students receives the intervention of the educational counseling? - Which are the steps followed by students advised to educational counseling? - Which are the results of these counselings for thestudent in school? - Are there behaviours that make evident some sort of discrimination among students(from both institutions)? I have developed this study, supported by a qualitative methodology, characterized as phenomenological approach. The approach in the field of Psychology as a humanscience according to Giorgi (1978), implies in the way in which the researcher draws closer to him the phenomenon to be studied, taking into consideration his own self, actually adopting at the same time a human as well as a scientific posture. To accomplish this study two schools were selected, one belonging to the private education network (school A) and the other belonging to the private education network (school A) and the other belonging to the state education one (school B). The main subjects of this research were six students (three of each school) and their parents, teachers and educational counselors (considered complementary subjects). For the assessment of data a series of interviews with all subjects was made as well as observations in both schools. According to Giorgi (1985), the phenomenological method establishes steps that orient the analysis of data. Such procedures were adopted by me and they are the following: First step - consists in the reading of the descriptions made by the subjects (discourses) in order to grasp the meaning of entirety. Second step - consists of a new reading, pointing out the transitions of meaning in the discourses. Third step - these transitions, narned meaning-units are transformed in phychological language. Fourth step - the synthesis of the interviews is made. Fifth step - consists in the presentation of the cases. (Suransky, 1977). Sixth step - this step was introduced by me with aim of systematizing the answers obtained up to the fifth step, in search of the aspects of similarity and difference. The seventh step constitutes in the themes that came up from the cases. Thought the testimonies of the students that stood as individual in relation to the educational counselings of their schools, this study shows a dissatisfaction that makes evident the distance between the reality that led them to the counselings and performance of the educational counselors. In the private school the idea that the 11 school runs well because it respects the students as an individual 11 orients the performance of the educational counselings and has the intention of working out an unconditional acceptance of the individual by the group, where the individual differences are guided towards a harmonization of the whole, in the meaning of the concensus. The idea that the state school is by itself an insoluble question; orients the performance of the professionals that serve the institution, including and/or mainly the professionals of the educational and psychological counseling, since they are "pressed" between a clientele that is considered incapable and teachers without competence to "announce a knowledge that makes it possible for the transformation" (Freiré, 1986). They have not yet gone in search of alternative proposals and reinforce their role of instruments of the system.application/pdfporServiço de Orientação EducacionalOrientação educacionalAvaliaçãoAlunoPercepçãoEnsino públicoEnsino privadoPsicologia da educaçãoOs alunos de instituição pública e privada encaminhados aos serviços de orientação educacional : depoimentos omitidosStudents of state and private institutions advised to educacional counseling : ommited testimoniesinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisUniversidade Federal do Rio Grande do SulFaculdade de EducaçãoCurso de Pós-Graduação em EducaçãoPorto Alegre, BR-RS1986mestradoinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFRGSinstname:Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)instacron:UFRGSTEXT000332364.pdf.txt000332364.pdf.txtExtracted Texttext/plain312501http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/201812/2/000332364.pdf.txt18b00fdb233ca2cb94cc086579ee3489MD52ORIGINAL000332364.pdfTexto completoapplication/pdf8661698http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/201812/1/000332364.pdf6613d28e05e98f6a8862145248138711MD5110183/2018122020-02-02 05:14:46.800933oai:www.lume.ufrgs.br:10183/201812Biblioteca Digital de Teses e Dissertaçõeshttps://lume.ufrgs.br/handle/10183/2PUBhttps://lume.ufrgs.br/oai/requestlume@ufrgs.br||lume@ufrgs.bropendoar:18532020-02-02T07:14:46Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFRGS - Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)false
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