Estudo das variações da pressão arterial de alcoolistas cronicos internados para tratamento de desintoxicação em hospital psiquiátrico
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 1984 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFRGS |
Texto Completo: | http://hdl.handle.net/10183/200414 |
Resumo: | O trabalho encontra sua justificativa no fato de estudos clínicos e epidemiológicos estabelecerem relação entre ingestão de álcool (etanol) e hipertensão arterial, sugerindo que mais de 30% dos pacientes hipertensos possam ter a elevação de níveis pressóricos associada ao uso de etanol. Com o objetivo de analisar aspectos desta relação sao estudados, num período de 16 meses, 92 pacientes do sexo masculino --brancos, pretos e mulatos internados no Hospital Psiquiátrico São Pedro de Porto Alegre, Órgão da Secretaria de Saúde do Estado do Rio Grande do Sul, Brasil. O grupo de 92 pacientes inclui 60 alcoolistas internados para tratamento da intoxicação (Grupo A), com idades entre 26 e 60 anos, ingerindo diária e habitualmente a médiade 1,152 1 de aguardente de cana (cachaça) , equivalendo a 460g de etanol puro e 32 abstêmios (Grupo B), com idades entre 20 e 40 anos, internados no mesmo hospital para e5clarecimento diagnóstico ou revisão da medicação psiquiátrica. A investigação se processou em duas etapas. Na primeira, foram comparados os níveis pressóricos sistólico, diastólico e médio dos 60 pacientes alcoolistas (Grupo A) em três diferentes momentos: por ocasião da baixa hospitalar (M/0); um ou dois dias após a mesma (M/1) e após 7 dias de internação (M/ 2). Na segunda etapa, os mesmos parãmetros, nos mesmos períodos de tempo, de uma série de 30 pacientes alcoolistas com idades entre 20 e 40 anos, selecionados do Gruro A, foram comparados com os de 32 pacientes abstêmios do Grupo B, da mesma faixa etária e internados no mesmo hospital. Com base nos resultados obtidos, o autor conclui que em alcoolistas crônicos, com idades entre 20 e 40 anos, hospitalizados, os níveis pressóricos são significativamente mais elevados do que em pacientes abstêmios, nas mesmas condições, quando avaliados no momento da internação hospitalar, 1 a 2 dias ou 7 dias após a mesma; que a ocorrência da hipertensão arterial sistólica no momento da internação e 1 a 2dias após, bem como a ocorrência de hipertensão arterial diastólica no momento da internação, 1 a 2 dias ou 7 dias após são significativamente maiores em alcoolistas do que em abstêmios analisados nas condições expostas; que a pressão arterial diastólica, a pressão arterial média e a ocorrência de hipertensão arterial sistólica e diastólica são maiores durante o período de intoxicação alcoólica do que após 7 dias de cessaçao da ingesta de álcool; que não foi constatada diferença significativa entre os níveis pressóricos e a ocorrência de hipertensão arterial do período de intoxicação alcoólica e durante a abstinência aguda da droga. |
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Antonello, Ivan Carlos FerreiraD'Ávila, Domingos Otávio Lorenzoni2019-10-10T03:50:12Z1984http://hdl.handle.net/10183/200414000036005O trabalho encontra sua justificativa no fato de estudos clínicos e epidemiológicos estabelecerem relação entre ingestão de álcool (etanol) e hipertensão arterial, sugerindo que mais de 30% dos pacientes hipertensos possam ter a elevação de níveis pressóricos associada ao uso de etanol. Com o objetivo de analisar aspectos desta relação sao estudados, num período de 16 meses, 92 pacientes do sexo masculino --brancos, pretos e mulatos internados no Hospital Psiquiátrico São Pedro de Porto Alegre, Órgão da Secretaria de Saúde do Estado do Rio Grande do Sul, Brasil. O grupo de 92 pacientes inclui 60 alcoolistas internados para tratamento da intoxicação (Grupo A), com idades entre 26 e 60 anos, ingerindo diária e habitualmente a médiade 1,152 1 de aguardente de cana (cachaça) , equivalendo a 460g de etanol puro e 32 abstêmios (Grupo B), com idades entre 20 e 40 anos, internados no mesmo hospital para e5clarecimento diagnóstico ou revisão da medicação psiquiátrica. A investigação se processou em duas etapas. Na primeira, foram comparados os níveis pressóricos sistólico, diastólico e médio dos 60 pacientes alcoolistas (Grupo A) em três diferentes momentos: por ocasião da baixa hospitalar (M/0); um ou dois dias após a mesma (M/1) e após 7 dias de internação (M/ 2). Na segunda etapa, os mesmos parãmetros, nos mesmos períodos de tempo, de uma série de 30 pacientes alcoolistas com idades entre 20 e 40 anos, selecionados do Gruro A, foram comparados com os de 32 pacientes abstêmios do Grupo B, da mesma faixa etária e internados no mesmo hospital. Com base nos resultados obtidos, o autor conclui que em alcoolistas crônicos, com idades entre 20 e 40 anos, hospitalizados, os níveis pressóricos são significativamente mais elevados do que em pacientes abstêmios, nas mesmas condições, quando avaliados no momento da internação hospitalar, 1 a 2 dias ou 7 dias após a mesma; que a ocorrência da hipertensão arterial sistólica no momento da internação e 1 a 2dias após, bem como a ocorrência de hipertensão arterial diastólica no momento da internação, 1 a 2 dias ou 7 dias após são significativamente maiores em alcoolistas do que em abstêmios analisados nas condições expostas; que a pressão arterial diastólica, a pressão arterial média e a ocorrência de hipertensão arterial sistólica e diastólica são maiores durante o período de intoxicação alcoólica do que após 7 dias de cessaçao da ingesta de álcool; que não foi constatada diferença significativa entre os níveis pressóricos e a ocorrência de hipertensão arterial do período de intoxicação alcoólica e durante a abstinência aguda da droga.To further investigate the relationship between abuse and hypertension, systolic, mean and diastolic pressures were compared in sixty (60) male alcoholics alcohol blood in a psychiatric hospital, measured in three (3) different occasions: at arrival, one (1) or two (2) days after, and at the seventh hospitalization day. The same comparison was made between thirty (30) male alcoholics and thirty-two (32) non-alcoholics with comparable ages. Results showed different levels of blood pressure as well as the occurrency of hypertension on alcoholics and non-alcoholics at the time the patients were brought to the hospital, one (1) or two (2) days after and at the seventh day of hospitalization, which were statistically significant.application/pdfporHipertensãoAlcoolismoPressão arterialEstudo das variações da pressão arterial de alcoolistas cronicos internados para tratamento de desintoxicação em hospital psiquiátricoinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisUniversidade Federal do Rio Grande do SulFaculdade de MedicinaCurso de Pós-Graduação em NefrologiaPorto Alegre, BR-RS1984mestradoinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFRGSinstname:Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)instacron:UFRGSTEXT000036005.pdf.txt000036005.pdf.txtExtracted Texttext/plain81959http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/200414/2/000036005.pdf.txt197055369bd73f18929d73992ac16187MD52ORIGINAL000036005.pdfTexto completoapplication/pdf2056541http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/200414/1/000036005.pdfeea6038b69233435e8bca0c2df2802f9MD5110183/2004142019-10-11 03:55:29.453335oai:www.lume.ufrgs.br:10183/200414Biblioteca Digital de Teses e Dissertaçõeshttps://lume.ufrgs.br/handle/10183/2PUBhttps://lume.ufrgs.br/oai/requestlume@ufrgs.br||lume@ufrgs.bropendoar:18532019-10-11T06:55:29Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFRGS - Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)false |
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