Relationships and benzodiazepine use during the covid-19 pandemic
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2022 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | eng |
Título da fonte: | Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFRGS |
Texto Completo: | http://hdl.handle.net/10183/240368 |
Resumo: | Embora importante no contexto da pandemia COVID-19, o distanciamento social e outras medidas para reduzir a disseminação do COVID-19 também podem estar associados ao sofrimento mental e psicológico, incluindo o uso de benzodiazepínicos (BZD). Essa dissertação se concentra na análise da associação entre qualidade das relações sociais e uso do BZD durante o primeiro ano da pandemia no Brasil. Para isso, realizamos três ondas de uma pesquisa baseada na web (onda 1 [W1]: de 6 de maio a 6 de junho, 2020; onda 2 [W2]: de 6 de junho a 6 de julho de 2020; onda 3 [W3]: de 6 de novembro a 6 de dezembro de 2020) e avaliou se a qualidade das relações e os fatores associados à pandemia COVID-19 (distanciamento social, o número de dias saindo de casa semanalmente, tendo contraído ou em risco para a doença) no W1 foram associados ao uso de BZD em W2 e W3 utilizando regressão logística multinominal. As análises foram ajustadas para potenciais fatores de confusão. Um total de 1.674 participantes (idade mediana de 32,5 anos [IRQ=26 - 41], 86,5% do sexo feminino) responderam ao questionário em W1 e W2 e 1.559 voluntários (idade mediana de 33 anos [IRQ=26 - 42], 83,8% feminino) em W1 e W3. A má qualidade das relações familiares aumentou o risco de uso persistente (aOR 1,97, IC 95% 1,15 - 3,37, p<0,05) e de uso de incidentes de BZD (aOR 2,74, IC 95% 1,19 - 6,27, p<0,05) no período entre o W1 e o W2. Uma má qualidade da relação amorosa em W1 aumentou o risco de uso sustentado de BZD através do W3 (aOR 2,78, IC 95% 1,15 - 6,67, p<0,05). Além disso, ter uma relação amorosa média aumentou o risco de iniciar o uso de BZD durante esse período (aOR 1,56, IC 95% 1,02 - 2,37, p <0,05). A adesão às práticas de distanciamento social não esteve associada a mudanças nos padrões de consumo de BZD. Como tal, chegamos à conclusão de que a qualidade das relações estava consistentemente associada à incidência e persistência do uso do BZD, enquanto outras variáveis, como o distanciamento social, o número de dias saindo de casa/semanalmente, tendo COVID-19 ou correndo risco de doença grave não estavam. Portanto, os médicos devem ser sensíveis à forma como as relações dos pacientes podem afetar o uso de BZD em tempos de dificuldades sociais, como pandemias. |
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Souza, Fernando Ferreira dePassos, Ives Cavalcante2022-06-15T04:47:00Z2022http://hdl.handle.net/10183/240368001142399Embora importante no contexto da pandemia COVID-19, o distanciamento social e outras medidas para reduzir a disseminação do COVID-19 também podem estar associados ao sofrimento mental e psicológico, incluindo o uso de benzodiazepínicos (BZD). Essa dissertação se concentra na análise da associação entre qualidade das relações sociais e uso do BZD durante o primeiro ano da pandemia no Brasil. Para isso, realizamos três ondas de uma pesquisa baseada na web (onda 1 [W1]: de 6 de maio a 6 de junho, 2020; onda 2 [W2]: de 6 de junho a 6 de julho de 2020; onda 3 [W3]: de 6 de novembro a 6 de dezembro de 2020) e avaliou se a qualidade das relações e os fatores associados à pandemia COVID-19 (distanciamento social, o número de dias saindo de casa semanalmente, tendo contraído ou em risco para a doença) no W1 foram associados ao uso de BZD em W2 e W3 utilizando regressão logística multinominal. As análises foram ajustadas para potenciais fatores de confusão. Um total de 1.674 participantes (idade mediana de 32,5 anos [IRQ=26 - 41], 86,5% do sexo feminino) responderam ao questionário em W1 e W2 e 1.559 voluntários (idade mediana de 33 anos [IRQ=26 - 42], 83,8% feminino) em W1 e W3. A má qualidade das relações familiares aumentou o risco de uso persistente (aOR 1,97, IC 95% 1,15 - 3,37, p<0,05) e de uso de incidentes de BZD (aOR 2,74, IC 95% 1,19 - 6,27, p<0,05) no período entre o W1 e o W2. Uma má qualidade da relação amorosa em W1 aumentou o risco de uso sustentado de BZD através do W3 (aOR 2,78, IC 95% 1,15 - 6,67, p<0,05). Além disso, ter uma relação amorosa média aumentou o risco de iniciar o uso de BZD durante esse período (aOR 1,56, IC 95% 1,02 - 2,37, p <0,05). A adesão às práticas de distanciamento social não esteve associada a mudanças nos padrões de consumo de BZD. Como tal, chegamos à conclusão de que a qualidade das relações estava consistentemente associada à incidência e persistência do uso do BZD, enquanto outras variáveis, como o distanciamento social, o número de dias saindo de casa/semanalmente, tendo COVID-19 ou correndo risco de doença grave não estavam. Portanto, os médicos devem ser sensíveis à forma como as relações dos pacientes podem afetar o uso de BZD em tempos de dificuldades sociais, como pandemias.Although important in the context of the COVID-19 pandemic, social distancing, and other measures to reduce the spread of COVID-19 may also be associated with mental and psychological distress, including benzodiazepine (BZD) use. This dissertation focuses in analyzing the association between social relationships quality and BZD use during the first year of the pandemic in Brazil. To do so, we conducted three waves of a web-based survey (wave 1 [W1]: from May 6 to June 6, 2020; wave 2 [W2]: from June 6th to July 6th, 2020; wave 3 [W3]: from November 6th to December 6th, 2020) and assessed whether relationships quality and factors associated with the COVID-19 pandemic (social distancing, the number of days leaving home weekly, having contracted or being at risk for the disease) at W1 were associated with BZD use at W2 and W3 using multinomial logistic regression. The analyses were adjusted for potential confounders. A total of 1,674 participants (median age 32.5 years [IRQ=26 - 41], 86.5% female) answered the questionnaire in W1 and W2 and 1,559 volunteers (median age 33 years [IRQ=26 - 42], 83.8% female) in W1 and W3. Poor quality of family relationships increased the risk of persistent use (aOR 1.97, 95% CI 1.15 - 3.37, p<0.05) and of incident use of BZD (aOR 2.74, 95% CI 1.19 - 6.27, p<0.05) in the period between the W1 and W2. A poor quality of loving relationship in W1 increased the risk of sustained BZD use through W3 (aOR 2.78, 95% CI 1.15 - 6.67, p<0.05). Furthermore, having an average loving relationship increased the risk of starting BZD use during this period (aOR 1.56, 95% CI 1.02 - 2.37, p <0.05). Adherence to social distancing practices was not associated with changes in BZD consumption patterns. As such, we concluded that the quality of one’s relationships was consistently associated with BZD use incidence and persistence, while other variables, such as social distancing, the number of days leaving home/weekly, having COVID-19 or being at risk for severe disease were not. Therefore, clinicians should be sensitive to how patients’ relationships may affect BZD use during times of social hardship such as pandemics.application/pdfengBenzodiazepinasRelações interpessoaisCOVID-19Isolamento socialSurtos de doençasBenzodiazepinesInterpersonal relationsSocial isolationDisease outbreaksRelationships and benzodiazepine use during the covid-19 pandemicRelacionamentos e uso de benzodiazepínicos durante a pandemia covid-19 info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisUniversidade Federal do Rio Grande do SulFaculdade de MedicinaPrograma de Pós-Graduação em Psiquiatria e Ciências do ComportamentoPorto Alegre, BR-RS2022mestradoinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFRGSinstname:Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)instacron:UFRGSTEXT001142399.pdf.txt001142399.pdf.txtExtracted Texttext/plain53083http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/240368/2/001142399.pdf.txtc9316ba4e8f886c754507bdd317b721bMD52ORIGINAL001142399.pdfTexto parcialapplication/pdf391470http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/240368/1/001142399.pdf5afeae18f9ed5864aa2f8adbb8fbf824MD5110183/2403682023-10-06 03:41:49.126735oai:www.lume.ufrgs.br:10183/240368Biblioteca Digital de Teses e Dissertaçõeshttps://lume.ufrgs.br/handle/10183/2PUBhttps://lume.ufrgs.br/oai/requestlume@ufrgs.br||lume@ufrgs.bropendoar:18532023-10-06T06:41:49Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFRGS - Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)false |
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Embora importante no contexto da pandemia COVID-19, o distanciamento social e outras medidas para reduzir a disseminação do COVID-19 também podem estar associados ao sofrimento mental e psicológico, incluindo o uso de benzodiazepínicos (BZD). Essa dissertação se concentra na análise da associação entre qualidade das relações sociais e uso do BZD durante o primeiro ano da pandemia no Brasil. Para isso, realizamos três ondas de uma pesquisa baseada na web (onda 1 [W1]: de 6 de maio a 6 de junho, 2020; onda 2 [W2]: de 6 de junho a 6 de julho de 2020; onda 3 [W3]: de 6 de novembro a 6 de dezembro de 2020) e avaliou se a qualidade das relações e os fatores associados à pandemia COVID-19 (distanciamento social, o número de dias saindo de casa semanalmente, tendo contraído ou em risco para a doença) no W1 foram associados ao uso de BZD em W2 e W3 utilizando regressão logística multinominal. As análises foram ajustadas para potenciais fatores de confusão. Um total de 1.674 participantes (idade mediana de 32,5 anos [IRQ=26 - 41], 86,5% do sexo feminino) responderam ao questionário em W1 e W2 e 1.559 voluntários (idade mediana de 33 anos [IRQ=26 - 42], 83,8% feminino) em W1 e W3. A má qualidade das relações familiares aumentou o risco de uso persistente (aOR 1,97, IC 95% 1,15 - 3,37, p<0,05) e de uso de incidentes de BZD (aOR 2,74, IC 95% 1,19 - 6,27, p<0,05) no período entre o W1 e o W2. Uma má qualidade da relação amorosa em W1 aumentou o risco de uso sustentado de BZD através do W3 (aOR 2,78, IC 95% 1,15 - 6,67, p<0,05). Além disso, ter uma relação amorosa média aumentou o risco de iniciar o uso de BZD durante esse período (aOR 1,56, IC 95% 1,02 - 2,37, p <0,05). A adesão às práticas de distanciamento social não esteve associada a mudanças nos padrões de consumo de BZD. Como tal, chegamos à conclusão de que a qualidade das relações estava consistentemente associada à incidência e persistência do uso do BZD, enquanto outras variáveis, como o distanciamento social, o número de dias saindo de casa/semanalmente, tendo COVID-19 ou correndo risco de doença grave não estavam. Portanto, os médicos devem ser sensíveis à forma como as relações dos pacientes podem afetar o uso de BZD em tempos de dificuldades sociais, como pandemias. |
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