Prevalência do polimorfismo R72P no gene TP53 E C677T / A1298C do gene da metilenotetrahidrofolato redutase (MTHFR) em mulheres judias ashkenazi de Porto Alegre
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Data de Publicação: | 2011 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFRGS |
Texto Completo: | http://hdl.handle.net/10183/32891 |
Resumo: | A suscetibilidade ao câncer se apresenta com diferentes freqüências em diferentes populações. Dentre muitas das estudadas está a população judaica Ashkenazi, que vêm sendo alvo de muitos trabalhos por apresentarem doenças genéticas em proporção maior do que seria esperado para outra população qualquer. Tal incidência provavelmente advém do fato de terem sofrido dois grandes bottlenecks ao longo de sua história, gerando um efeito fundador que seria responsável pela alta incidência de doenças genéticas. O gene TP53 tem papel importante em um grande número de processos celulares e o polimorfismo Arg72Pro (R72P) deste gene leva a diferenças funcionais em atividades biológicas e bioquímicas, o que parece estar intimamente ligado ao câncer de mama. Da mesma forma, acredita-se que a variação genética de genes para metilenotetrahidrofolato redutase (MTHFR), enzima essencial no metabolismo um-carbono, pode alterar os níveis de metilação do DNA e influenciar a carcinogênese. Buscou-se então verificar qual a prevalência do polimorfismo R72P e dos polimorfismos de MTHFR (A1298C e C677T) em mulheres judias Ashkenazi de Porto Alegre. Para isto, foi utilizado material biológico proveniente de 255 mulheres Ashkenazi residentes na cidade de Porto Alegre e 255 amostras de um grupo controle de doadores saudáveis do hospital de clínicas de Porto Alegre, para amplificação das regiões de interesse através da técnica de PCR seguida por digestão com enzimas de restrição específicas. O polimorfismo R72P mostrou uma freqüência genotípica de ~61% Arg/Arg, ~37% Arg/Pro e ~2% Pro/Pro nas mulheres judaicas Ashkenazi; em comparação com a amostra controle que mostrou uma freqüência genotípica de ~43% Arg/Arg, ~44% Arg/Pro e 13% Pro/Pro. Com relação aos polimorfismos de MTHFR, obteve-se os seguintes resultados para judias e controles, respectivamente: 677CC (31 e 42%), 677CT (47 e 48%), 677TT (22 e 10%), 1298AA (49,4 e 60%), 1298AC (43,1 e 35%) e 1298CC (7,5 e 5%). Os resultados estatísticos mostraram-se significativos para as freqüências alélicas e genotípicas (P<0,001 para R72P; P=0,000 para C677T e P=0,041 para A1298C). Ampliar e diversificar as amostras se faz necessário para avaliar consistentemente como a influência das diferenças étnicas e raciais podem afetar os resultados dos estudos, além de aspectos como alimentação, fumo, hábito de beber, casamentos consangüíneos, entre outros, devem ser considerados nas análises de dados, buscando uma melhor resposta em relação às hipóteses levantadas e assim eliminando da análise possíveis fatores de confusão. |
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Bandeira, Isabel CristinaLeistner-Segal, Sandra2011-10-12T01:18:50Z2011http://hdl.handle.net/10183/32891000787540A suscetibilidade ao câncer se apresenta com diferentes freqüências em diferentes populações. Dentre muitas das estudadas está a população judaica Ashkenazi, que vêm sendo alvo de muitos trabalhos por apresentarem doenças genéticas em proporção maior do que seria esperado para outra população qualquer. Tal incidência provavelmente advém do fato de terem sofrido dois grandes bottlenecks ao longo de sua história, gerando um efeito fundador que seria responsável pela alta incidência de doenças genéticas. O gene TP53 tem papel importante em um grande número de processos celulares e o polimorfismo Arg72Pro (R72P) deste gene leva a diferenças funcionais em atividades biológicas e bioquímicas, o que parece estar intimamente ligado ao câncer de mama. Da mesma forma, acredita-se que a variação genética de genes para metilenotetrahidrofolato redutase (MTHFR), enzima essencial no metabolismo um-carbono, pode alterar os níveis de metilação do DNA e influenciar a carcinogênese. Buscou-se então verificar qual a prevalência do polimorfismo R72P e dos polimorfismos de MTHFR (A1298C e C677T) em mulheres judias Ashkenazi de Porto Alegre. Para isto, foi utilizado material biológico proveniente de 255 mulheres Ashkenazi residentes na cidade de Porto Alegre e 255 amostras de um grupo controle de doadores saudáveis do hospital de clínicas de Porto Alegre, para amplificação das regiões de interesse através da técnica de PCR seguida por digestão com enzimas de restrição específicas. O polimorfismo R72P mostrou uma freqüência genotípica de ~61% Arg/Arg, ~37% Arg/Pro e ~2% Pro/Pro nas mulheres judaicas Ashkenazi; em comparação com a amostra controle que mostrou uma freqüência genotípica de ~43% Arg/Arg, ~44% Arg/Pro e 13% Pro/Pro. Com relação aos polimorfismos de MTHFR, obteve-se os seguintes resultados para judias e controles, respectivamente: 677CC (31 e 42%), 677CT (47 e 48%), 677TT (22 e 10%), 1298AA (49,4 e 60%), 1298AC (43,1 e 35%) e 1298CC (7,5 e 5%). Os resultados estatísticos mostraram-se significativos para as freqüências alélicas e genotípicas (P<0,001 para R72P; P=0,000 para C677T e P=0,041 para A1298C). Ampliar e diversificar as amostras se faz necessário para avaliar consistentemente como a influência das diferenças étnicas e raciais podem afetar os resultados dos estudos, além de aspectos como alimentação, fumo, hábito de beber, casamentos consangüíneos, entre outros, devem ser considerados nas análises de dados, buscando uma melhor resposta em relação às hipóteses levantadas e assim eliminando da análise possíveis fatores de confusão.Cancer susceptibility is presented with different frequencies in different populations. Among the many populations studied, the Ashkenazi Jewish have been the subject of several scientific publications due to the greater proportion of genetic diseases observed than would be expected for any other population. This effect probably stands from the fact that they had suffered two major bottlenecks throughout its history, resulting in a founder effect that would be responsible for high incidence of genetic diseases. TP53 gene has an important role in many cellular processes and the Arg72Pro (R72P) polymorphism of this gene leads to functional differences in biochemical and biological activities, which seems to be closely linked to breast cancer. It is also believed that the genetic variation of genes for methylenetetrahydrofolate reductase (MTHFR), an essential enzyme of the one-carbon metabolism, can alter levels of DNA methylation and influence carcinogenesis. We sought to determine how prevalent are R72P and MTHFR (C677T; A1298C) polymorphisms in a group of Ashkenazi Jewish women from Porto Alegre. For this, we used biological material from 255 Ashkenazi women living in Porto Alegre and 255 samples from a control group of healthy donors of Hospital de Clinicas de Porto Alegre, for amplification of interest regions by PCR followed by digestion with specific restriction enzymes. The R72P polymorphism showed a genotype frequency of ~ 61% Arg / Arg, ~ 37% Arg / Pro and ~ 2% Pro / Pro in the Ashkenazi Jewish, compared to the control sample which showed a genotype frequency of ~ 43% Arg /Arg, Arg ~ 44% / 13% Pro and Pro / Pro. Regarding the MTHFR polymorphisms we obtained the following results for Jewish and controls, respectively: 677CC (31 and 42%), 677CT (47 and 48%), 677TT (22 and 10%), 1298AA (49.4 and 60%), 1298AC (43.1 and 35%) and 1298CC (7.5 and 5%). The statistical results were significant for allele and genotype frequencies (P <0.001 for R72P, P = 0.000 for C677T and A1298C to P = 0.041). Increasing the sample number and studying several worldwide populations is needed to consistently evaluate the influence of ethnic and racial differences which may affect the results obtained. In addition to that, aspects such as diet, smoking, drinking, consanguineous marriages, among others, should be considered in the data analysis in order to seek for a better response to the hypotheses raised, thus eliminating possible confounding factors.application/pdfporGenes p53Polimorfismo genéticoJudeusMulheresDoenças genéticas inatasNeoplasias da mamaTP53MTHFRBreast cancerAshkenazi JewishPrevalência do polimorfismo R72P no gene TP53 E C677T / A1298C do gene da metilenotetrahidrofolato redutase (MTHFR) em mulheres judias ashkenazi de Porto Alegreinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisUniversidade Federal do Rio Grande do SulFaculdade de MedicinaPrograma de Pós-Graduação em Medicina: Ciências MédicasPorto Alegre, BR-RS2011mestradoinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFRGSinstname:Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)instacron:UFRGSORIGINAL000787540.pdf000787540.pdfTexto completoapplication/pdf1823918http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/32891/1/000787540.pdf292c3f3a120cd9924930f40bcf1c4231MD51TEXT000787540.pdf.txt000787540.pdf.txtExtracted Texttext/plain236819http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/32891/2/000787540.pdf.txt235cc8f5ccb453eee3e266943cfc4d6bMD52THUMBNAIL000787540.pdf.jpg000787540.pdf.jpgGenerated Thumbnailimage/jpeg1133http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/32891/3/000787540.pdf.jpgfe734e753233eb9e23d10cc53eb1c9faMD5310183/328912022-09-24 04:59:58.930053oai:www.lume.ufrgs.br:10183/32891Biblioteca Digital de Teses e Dissertaçõeshttps://lume.ufrgs.br/handle/10183/2PUBhttps://lume.ufrgs.br/oai/requestlume@ufrgs.br||lume@ufrgs.bropendoar:18532022-09-24T07:59:58Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFRGS - Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)false |
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A suscetibilidade ao câncer se apresenta com diferentes freqüências em diferentes populações. Dentre muitas das estudadas está a população judaica Ashkenazi, que vêm sendo alvo de muitos trabalhos por apresentarem doenças genéticas em proporção maior do que seria esperado para outra população qualquer. Tal incidência provavelmente advém do fato de terem sofrido dois grandes bottlenecks ao longo de sua história, gerando um efeito fundador que seria responsável pela alta incidência de doenças genéticas. O gene TP53 tem papel importante em um grande número de processos celulares e o polimorfismo Arg72Pro (R72P) deste gene leva a diferenças funcionais em atividades biológicas e bioquímicas, o que parece estar intimamente ligado ao câncer de mama. Da mesma forma, acredita-se que a variação genética de genes para metilenotetrahidrofolato redutase (MTHFR), enzima essencial no metabolismo um-carbono, pode alterar os níveis de metilação do DNA e influenciar a carcinogênese. Buscou-se então verificar qual a prevalência do polimorfismo R72P e dos polimorfismos de MTHFR (A1298C e C677T) em mulheres judias Ashkenazi de Porto Alegre. Para isto, foi utilizado material biológico proveniente de 255 mulheres Ashkenazi residentes na cidade de Porto Alegre e 255 amostras de um grupo controle de doadores saudáveis do hospital de clínicas de Porto Alegre, para amplificação das regiões de interesse através da técnica de PCR seguida por digestão com enzimas de restrição específicas. O polimorfismo R72P mostrou uma freqüência genotípica de ~61% Arg/Arg, ~37% Arg/Pro e ~2% Pro/Pro nas mulheres judaicas Ashkenazi; em comparação com a amostra controle que mostrou uma freqüência genotípica de ~43% Arg/Arg, ~44% Arg/Pro e 13% Pro/Pro. Com relação aos polimorfismos de MTHFR, obteve-se os seguintes resultados para judias e controles, respectivamente: 677CC (31 e 42%), 677CT (47 e 48%), 677TT (22 e 10%), 1298AA (49,4 e 60%), 1298AC (43,1 e 35%) e 1298CC (7,5 e 5%). Os resultados estatísticos mostraram-se significativos para as freqüências alélicas e genotípicas (P<0,001 para R72P; P=0,000 para C677T e P=0,041 para A1298C). Ampliar e diversificar as amostras se faz necessário para avaliar consistentemente como a influência das diferenças étnicas e raciais podem afetar os resultados dos estudos, além de aspectos como alimentação, fumo, hábito de beber, casamentos consangüíneos, entre outros, devem ser considerados nas análises de dados, buscando uma melhor resposta em relação às hipóteses levantadas e assim eliminando da análise possíveis fatores de confusão. |
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