Prevalência e caracterização das afecções cutâneas neonatais em maternidades de Porto Alegre
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2015 |
Tipo de documento: | Tese |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFRGS |
Texto Completo: | http://hdl.handle.net/10183/131220 |
Resumo: | Introdução: O período neonatal é uma época de adaptação em que as reações patológicas e fisiológicas às vezes se confundem, sendo as alterações cutâneas comuns neste período. A frequência dessas manifestações tem sido estudada por diversos autores e difere entre os distintos grupos raciais. Na literatura médica, dados recentes mostram que 57 a 99% dos recém-nascidos (RN) apresentam algum achado dermatológico. Métodos: Foram selecionados de forma aleatória aproximadamente 25% dos nascidos vivos nas três maiores maternidades de Porto Alegre, de junho de 2011 a julho de 2012, para serem submetidos ao exame dermatológico realizado por dermatologistas. Resultados: Um total de 2878 neonatos foram examinados em datas mensalmente sorteadas através de um programa estatístico. A maioria dos neonatos eram da raça branca, 95,4% tinham até 48 horas de vida no momento do exame, 50,9% eram do sexo masculino, 54,9% nasceram por parto vaginal e 92,5% das mães realizaram o pré-natal. Dos RN examinados, 96% apresentavam algum achado dermatológico (IC 95%: 95,3-96,6); destes, 89,6% tinham lesões cutâneas transitórias neonatal (IC: 88% a 91%), 40% marca congênita (IC: 38% a 42%), 24,5% tinham alguma pustulose benigna neonatal (IC: 23% a 27%), 1,4% malformação cutânea (IC: 1% a 2%), 3% lesões secundárias ao trauma - incluindo arranhadura (IC: 2 a 4%) e 0,1% doença infecciosa. O achado dermatológico mais frequente foi o lanugo, observado em 40,9% dos RN (IC: 39% a 43%), seguido pela hiperplasia de glândulas sebáceas (35,3% - IC: 34% a 37%), melanocitose dérmica (23,1% - IC: 22% a 25%), eritema tóxico neonatal (21% - IC: 19% a 22%), eritema da pele (19,7% - IC: 18 a 21%), hiperpigmentação da genitália (18,9% - IC: 17% a 20%), mancha salmão (18,8% - IC: 17% a 20%), edema palpebral (17,2% - IC: 16% a 19%), cistos de mília (16,4% - IC 15% a 18%), descamação da pele (12,5% - IC: 11% a 14%), hipertrofia da genitália (11,4% - IC: 10% a 13%), xerose cutânea (10,7% - IC: 10% a 12%). Foi encontrada ainda uma prevalência de 3,4% de melanose pustulosa transitória neonatal (IC: 3% a 4%), 2,2% de mancha mongólica aberrante, 1,2% de nevo congênito, 0,7% de hemangioma ou precursor de hemangioma, 0,5% de pólipo anexial, 0,3% nevo sebáceo e 0,3% de bolhas de sucção. A presença ou não de afecções cutâneas neonatais foi semelhante nas diferentes estações do ano, porém alguns achados foram mais prevalentes em determinada época do ano. Conclusões: Os achados dermatológicos são frequentes em RN e alguns foram mais comuns do que o esperado. Evidenciando a importância do conhecimento das características da pele do bebê durante o período neonatal. A etnia do neonato e os fatores de risco gestacional influenciam na presença de achados dermatológicos neonatais. Enquanto outras características do neonato, como a idade gestacional e o gênero; bem como e as estações do ano podem influenciar na presença de determinadas lesões cutâneas no RN. |
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Reginatto, Flávia PereiraCestari, Tania Ferreira2015-12-18T02:40:05Z2015http://hdl.handle.net/10183/131220000977945Introdução: O período neonatal é uma época de adaptação em que as reações patológicas e fisiológicas às vezes se confundem, sendo as alterações cutâneas comuns neste período. A frequência dessas manifestações tem sido estudada por diversos autores e difere entre os distintos grupos raciais. Na literatura médica, dados recentes mostram que 57 a 99% dos recém-nascidos (RN) apresentam algum achado dermatológico. Métodos: Foram selecionados de forma aleatória aproximadamente 25% dos nascidos vivos nas três maiores maternidades de Porto Alegre, de junho de 2011 a julho de 2012, para serem submetidos ao exame dermatológico realizado por dermatologistas. Resultados: Um total de 2878 neonatos foram examinados em datas mensalmente sorteadas através de um programa estatístico. A maioria dos neonatos eram da raça branca, 95,4% tinham até 48 horas de vida no momento do exame, 50,9% eram do sexo masculino, 54,9% nasceram por parto vaginal e 92,5% das mães realizaram o pré-natal. Dos RN examinados, 96% apresentavam algum achado dermatológico (IC 95%: 95,3-96,6); destes, 89,6% tinham lesões cutâneas transitórias neonatal (IC: 88% a 91%), 40% marca congênita (IC: 38% a 42%), 24,5% tinham alguma pustulose benigna neonatal (IC: 23% a 27%), 1,4% malformação cutânea (IC: 1% a 2%), 3% lesões secundárias ao trauma - incluindo arranhadura (IC: 2 a 4%) e 0,1% doença infecciosa. O achado dermatológico mais frequente foi o lanugo, observado em 40,9% dos RN (IC: 39% a 43%), seguido pela hiperplasia de glândulas sebáceas (35,3% - IC: 34% a 37%), melanocitose dérmica (23,1% - IC: 22% a 25%), eritema tóxico neonatal (21% - IC: 19% a 22%), eritema da pele (19,7% - IC: 18 a 21%), hiperpigmentação da genitália (18,9% - IC: 17% a 20%), mancha salmão (18,8% - IC: 17% a 20%), edema palpebral (17,2% - IC: 16% a 19%), cistos de mília (16,4% - IC 15% a 18%), descamação da pele (12,5% - IC: 11% a 14%), hipertrofia da genitália (11,4% - IC: 10% a 13%), xerose cutânea (10,7% - IC: 10% a 12%). Foi encontrada ainda uma prevalência de 3,4% de melanose pustulosa transitória neonatal (IC: 3% a 4%), 2,2% de mancha mongólica aberrante, 1,2% de nevo congênito, 0,7% de hemangioma ou precursor de hemangioma, 0,5% de pólipo anexial, 0,3% nevo sebáceo e 0,3% de bolhas de sucção. A presença ou não de afecções cutâneas neonatais foi semelhante nas diferentes estações do ano, porém alguns achados foram mais prevalentes em determinada época do ano. Conclusões: Os achados dermatológicos são frequentes em RN e alguns foram mais comuns do que o esperado. Evidenciando a importância do conhecimento das características da pele do bebê durante o período neonatal. A etnia do neonato e os fatores de risco gestacional influenciam na presença de achados dermatológicos neonatais. Enquanto outras características do neonato, como a idade gestacional e o gênero; bem como e as estações do ano podem influenciar na presença de determinadas lesões cutâneas no RN.Introduction: Skin changes are common during the neonatal period due to physiological and environmental adjustments and to some pathological reactions. The frequency of these events differs among different regions and ethnicities. Recent data show that 57-99% of newborns (NB) have skin alterations. Methods: This study aims to evaluate skin changes in children born in the 3 three major maternities in Porto Alegre, Brazil, from June 2011 to July 2012. Results: A total of 2878 of the neonates were examined in monthly-randomized dates. The majory were Caucasian, 95,4% during the first 48h of life, 50,9% male, 54,9% born by vaginal delivery and 92.5% of the mothers received prenatal care. From the examined NB, 96% had some dermatologic finding (IC 95%: 95,3-96,6): 89.6% transient neonatal skin conditions (IC: 88% a 91%), 40% congenital birthmarks (IC: 38% a 42%), 24.5% had some benign neonatal pustulosis (IC: 23% a 27%), 1.4% had cutaneous malformations (IC: 1% a 2%), 3% of secondary trauma injuries – including scratch and 0.1% any infection. The most prevalent dermatologic findings were: lanugo (40.9% of the NB - IC: 39% a 43%), sebaceous hyperplasia (35,3% - IC: 34% a 37%), dermal melanocytosis (23,1% - IC: 22% a 25%), neonatal toxic erythema (21% - IC: 19% a 22%), erythema (19,7% - IC: 18 a 21%), genital hyperpigmentation (18,9% - IC: 17% a 20%), salmon patch (18,8% - IC: 17% a 20%), eyelid edema (17,2% - IC: 16% a 19%), milia (16,4% - IC 15% a 18%), desquamation (12,5% - IC: 11% a 14%), hypertrophy of the genitalia (11,4% - IC: 10% a 13%), skin xerosis (10,7% - IC: 10% a 12%). Other findings were transient neonatal pustular melanosis (3.4% - IC: 3% a 4%), aberrant Mongolian spot (2.2%), congenital nevi (1.2%), hemangioma or its precursors (0.7%), adnexal polyps (0.5%), naevus sebaceous (0.3%) and suction blisters (0.3%). Neonatal skin lesions occur with similar frequency in the different seasons (p=0.092), but some findings are more prevalent in certain time of the year. Conclusions: This study showed that skin changes are very frequent in neonates and some disorders are more common than expected. Prove the importance of a good knowledge of the NB skin. The ethnicity of the NB and the gestational risk factors influenced the presence of neonatal dermatological findings. While others neonatal characteristics, such as gestational age and NB gender, as well as the seasons can influence the presence of specific neonatal lesions skin.application/pdfporDermatologiaPediatriaNeonatologiaMaternidadesInfantNewbornSkin diseasesNeonatologyChild health servicesChild healthInfant careSkin manifestationsPrevalência e caracterização das afecções cutâneas neonatais em maternidades de Porto Alegreinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/doctoralThesisUniversidade Federal do Rio Grande do SulFaculdade de MedicinaPrograma de Pós-Graduação em Saúde da Criança e do AdolescentePorto Alegre, BR-RS2015doutoradoinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFRGSinstname:Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)instacron:UFRGSTEXT000977945.pdf.txt000977945.pdf.txtExtracted Texttext/plain210231http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/131220/2/000977945.pdf.txt059d4745b3cb3fe077afc650ac67fe24MD52ORIGINAL000977945.pdf000977945.pdfTexto completoapplication/pdf1634080http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/131220/1/000977945.pdfceea380e13ad193502fd03fa51271e81MD5110183/1312202020-05-20 03:43:43.126165oai:www.lume.ufrgs.br:10183/131220Biblioteca Digital de Teses e Dissertaçõeshttps://lume.ufrgs.br/handle/10183/2PUBhttps://lume.ufrgs.br/oai/requestlume@ufrgs.br||lume@ufrgs.bropendoar:18532020-05-20T06:43:43Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFRGS - Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)false |
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Introdução: O período neonatal é uma época de adaptação em que as reações patológicas e fisiológicas às vezes se confundem, sendo as alterações cutâneas comuns neste período. A frequência dessas manifestações tem sido estudada por diversos autores e difere entre os distintos grupos raciais. Na literatura médica, dados recentes mostram que 57 a 99% dos recém-nascidos (RN) apresentam algum achado dermatológico. Métodos: Foram selecionados de forma aleatória aproximadamente 25% dos nascidos vivos nas três maiores maternidades de Porto Alegre, de junho de 2011 a julho de 2012, para serem submetidos ao exame dermatológico realizado por dermatologistas. Resultados: Um total de 2878 neonatos foram examinados em datas mensalmente sorteadas através de um programa estatístico. A maioria dos neonatos eram da raça branca, 95,4% tinham até 48 horas de vida no momento do exame, 50,9% eram do sexo masculino, 54,9% nasceram por parto vaginal e 92,5% das mães realizaram o pré-natal. Dos RN examinados, 96% apresentavam algum achado dermatológico (IC 95%: 95,3-96,6); destes, 89,6% tinham lesões cutâneas transitórias neonatal (IC: 88% a 91%), 40% marca congênita (IC: 38% a 42%), 24,5% tinham alguma pustulose benigna neonatal (IC: 23% a 27%), 1,4% malformação cutânea (IC: 1% a 2%), 3% lesões secundárias ao trauma - incluindo arranhadura (IC: 2 a 4%) e 0,1% doença infecciosa. O achado dermatológico mais frequente foi o lanugo, observado em 40,9% dos RN (IC: 39% a 43%), seguido pela hiperplasia de glândulas sebáceas (35,3% - IC: 34% a 37%), melanocitose dérmica (23,1% - IC: 22% a 25%), eritema tóxico neonatal (21% - IC: 19% a 22%), eritema da pele (19,7% - IC: 18 a 21%), hiperpigmentação da genitália (18,9% - IC: 17% a 20%), mancha salmão (18,8% - IC: 17% a 20%), edema palpebral (17,2% - IC: 16% a 19%), cistos de mília (16,4% - IC 15% a 18%), descamação da pele (12,5% - IC: 11% a 14%), hipertrofia da genitália (11,4% - IC: 10% a 13%), xerose cutânea (10,7% - IC: 10% a 12%). Foi encontrada ainda uma prevalência de 3,4% de melanose pustulosa transitória neonatal (IC: 3% a 4%), 2,2% de mancha mongólica aberrante, 1,2% de nevo congênito, 0,7% de hemangioma ou precursor de hemangioma, 0,5% de pólipo anexial, 0,3% nevo sebáceo e 0,3% de bolhas de sucção. A presença ou não de afecções cutâneas neonatais foi semelhante nas diferentes estações do ano, porém alguns achados foram mais prevalentes em determinada época do ano. Conclusões: Os achados dermatológicos são frequentes em RN e alguns foram mais comuns do que o esperado. Evidenciando a importância do conhecimento das características da pele do bebê durante o período neonatal. A etnia do neonato e os fatores de risco gestacional influenciam na presença de achados dermatológicos neonatais. Enquanto outras características do neonato, como a idade gestacional e o gênero; bem como e as estações do ano podem influenciar na presença de determinadas lesões cutâneas no RN. |
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