Eritropoetina humana recombinante na anemia de prematuridade : ensaio clínico randomizado
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2000 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFRGS |
Texto Completo: | http://hdl.handle.net/10183/8226 |
Resumo: | Objetivos: A proposta deste estudo foi comprovar a efetividade da eritropoetina na prevenção e no tratamento da anemia da prematuridade e comparar dois esquemas terapêuticos: uso diário versus uso duas vezes por semana, na mesma dose semanal, em RN de muito baixo peso. Delineamento: Ensaio clínico, randomizado e com grupo controle. Métodos: Foram incluídos no estudo 45 recém-nascidos prematuros internados na Unidade de Neonatologia do HCPA com até 33 semanas de idade gestacional, peso de nascimento de até 1.550 g, idade pós-natal entre 10 e 35 dias e clinicamente estáveis. Os recémnascidos foram randomizados em 3 grupos: os do grupo 1 receberam 7 doses diárias de eritropoetina de 100 U/kg cada, por semana, enquanto nos do grupo 2 foram administradas duas doses semanais de 350 U/kg cada e os do grupo 3 não receberam a medicação testada. Um protocolo com os dados de identificação, data, peso de nascimento e idade gestacional foi preenchido. A seguir foi coletado material para: hemograma, contagem de plaquetas e reticulócitos e nível ferritina. Os primeiros testes foram repetidos semanalmente, sendo a ferritina dosada uma vez a cada 15 dias. Todo volume de sangue retirado para testes laboratoriais, bem como o volume e o número de transfusões sangüíneas realizadas foram computados ao longo do estudo. Em todos os pacientes foram realizadas avaliações clínicas diárias, através de exame físico, controle dos sinais vitais, balanço hídrico, aporte calórico e pesagem. Semanalmente foram medidos o comprimento e o perímetro cefálico. O acompanhamento foi realizado até que os recém-nascidos completassem 2.000 g de peso ou até a alta hospitalar. Nos pacientes dos grupos 1 e 2 foram administrados 3 mg/kg/dia de sulfato ferroso, durante a primeira semana, sendo aumentada a dose para 6 mg/kg/dia, a partir da segunda semana. No grupo 3 a suplementação de ferro iniciou de acordo com a rotina do médico assistente (quando o recém-nascido atingia 30 dias de vida). Todos os recém-nascidos que participaram do estudo receberam vitaminas: A (2.000 U/dia), C (35 mg/dia), D (400 U/dia) e E (20 U/dia). Resultados: Ao todo foram avaliados 42 prematuros,15 do grupo 1, 14 do grupo 2 e 13 do grupo 3. Os três grupos apresentaram composição semelhante quanto ao peso de nascimento, idade gestacional e peso, comprimento, perímetro cefálico e idade pós-natal na entrada do estudo. Observou-se estabilidade clínica em todos pacientes estudados, não tendo nenhum necessitado de ventilação mecânica. A medicação foi bem tolerada por todos os que a receberam, não tendo sido observados efeitos colaterais. Não houve diferenças estatisticamente significativas entre os 3 grupos quanto a ganho de peso, comprimento e perímetro cefálico ao longo do estudo. Os aportes hídrico, calórico e protéico foram semelhantes entre os grupos. As médias dos valores hematológicos: hematócrito, hemoglobina, plaquetas, reticulócitos, leucócitos totais e ferritina, no início do acompanhamento dos pacientes, foram semelhantes nos 3 grupos. A análise das médias dos valores das plaquetas, leucócitos totais e ferritina, ao término do estudo, não evidenciou diferença estatisticamente significativa entre os grupos. Já a média final do hematócrito e da hemoglobina dos pacientes que não receberam eritropoetina foi significativamente menor em relação à daqueles que receberam a medicação, sendo os valores de p, respectivamente, 0,025 e 0,011. A média da contagem absoluta de reticulócitos, no final da segunda semana de tratamento, foi significativamente maior nos pacientes que receberam a medicação, quando comparadas à dos que não utilizaram eritropoetina (p = 0,0001), mas que ao final do estudo foram iguais. Não houve diferença estatisticamente significativa quanto ao volume de sangue retirado para testes laboratoriais entre os grupos (p = 0,839). Houve correlação negativa significativa do volume de sangue retirado para testes laboratoriais com o peso de nascimento e com a idade gestacional. Foi encontrada correlação significativa e positiva entre o volume de sangue transfundido e o volume retirado para exames, bem como entre este último e o número de transfusões sangüíneas por pacientes entre os grupos (p = 0,091). Os grupos 1 e 2 foram menos transfundidos excessivamente (2 ou mais) que o grupo 3. Esta diferença foi significativa (p = 0,043). Estas diferenças não foram encontradas quando comparou-se os dois regimes de tratamentos. Conclusões: A administração de eritropoetina, na dose de 700 kg/ semana, diminui, de forma significativa o número de transfusões excessivas. Estas diferenças não foram encontradas quando comparou-se os dois regimes de tratamento. O uso de eritropoetina não influenciou no ganho de peso, crescimento (aumento do perímetro cefálico e comprimento) e tempo de internação dos pacientes. Conclui-se também que, quanto menor a idade gestacional e o peso de nascimento, maior a quantidade de sangue retirado para exames laboratoriais e que, quanto maior é a quantidade de sangue retirado para testes de laboratório, maiores são o volume e o número de transfusões sangüíneas realizadas. A eritropoetina mostrou-se um medicamento seguro, bem tolerado e sem paraefeitos a curto prazo. |
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Rocha, Vera Lucia LeiteProcianoy, Renato Soibelmann2007-06-06T19:14:09Z2000http://hdl.handle.net/10183/8226000571320Objetivos: A proposta deste estudo foi comprovar a efetividade da eritropoetina na prevenção e no tratamento da anemia da prematuridade e comparar dois esquemas terapêuticos: uso diário versus uso duas vezes por semana, na mesma dose semanal, em RN de muito baixo peso. Delineamento: Ensaio clínico, randomizado e com grupo controle. Métodos: Foram incluídos no estudo 45 recém-nascidos prematuros internados na Unidade de Neonatologia do HCPA com até 33 semanas de idade gestacional, peso de nascimento de até 1.550 g, idade pós-natal entre 10 e 35 dias e clinicamente estáveis. Os recémnascidos foram randomizados em 3 grupos: os do grupo 1 receberam 7 doses diárias de eritropoetina de 100 U/kg cada, por semana, enquanto nos do grupo 2 foram administradas duas doses semanais de 350 U/kg cada e os do grupo 3 não receberam a medicação testada. Um protocolo com os dados de identificação, data, peso de nascimento e idade gestacional foi preenchido. A seguir foi coletado material para: hemograma, contagem de plaquetas e reticulócitos e nível ferritina. Os primeiros testes foram repetidos semanalmente, sendo a ferritina dosada uma vez a cada 15 dias. Todo volume de sangue retirado para testes laboratoriais, bem como o volume e o número de transfusões sangüíneas realizadas foram computados ao longo do estudo. Em todos os pacientes foram realizadas avaliações clínicas diárias, através de exame físico, controle dos sinais vitais, balanço hídrico, aporte calórico e pesagem. Semanalmente foram medidos o comprimento e o perímetro cefálico. O acompanhamento foi realizado até que os recém-nascidos completassem 2.000 g de peso ou até a alta hospitalar. Nos pacientes dos grupos 1 e 2 foram administrados 3 mg/kg/dia de sulfato ferroso, durante a primeira semana, sendo aumentada a dose para 6 mg/kg/dia, a partir da segunda semana. No grupo 3 a suplementação de ferro iniciou de acordo com a rotina do médico assistente (quando o recém-nascido atingia 30 dias de vida). Todos os recém-nascidos que participaram do estudo receberam vitaminas: A (2.000 U/dia), C (35 mg/dia), D (400 U/dia) e E (20 U/dia). Resultados: Ao todo foram avaliados 42 prematuros,15 do grupo 1, 14 do grupo 2 e 13 do grupo 3. Os três grupos apresentaram composição semelhante quanto ao peso de nascimento, idade gestacional e peso, comprimento, perímetro cefálico e idade pós-natal na entrada do estudo. Observou-se estabilidade clínica em todos pacientes estudados, não tendo nenhum necessitado de ventilação mecânica. A medicação foi bem tolerada por todos os que a receberam, não tendo sido observados efeitos colaterais. Não houve diferenças estatisticamente significativas entre os 3 grupos quanto a ganho de peso, comprimento e perímetro cefálico ao longo do estudo. Os aportes hídrico, calórico e protéico foram semelhantes entre os grupos. As médias dos valores hematológicos: hematócrito, hemoglobina, plaquetas, reticulócitos, leucócitos totais e ferritina, no início do acompanhamento dos pacientes, foram semelhantes nos 3 grupos. A análise das médias dos valores das plaquetas, leucócitos totais e ferritina, ao término do estudo, não evidenciou diferença estatisticamente significativa entre os grupos. Já a média final do hematócrito e da hemoglobina dos pacientes que não receberam eritropoetina foi significativamente menor em relação à daqueles que receberam a medicação, sendo os valores de p, respectivamente, 0,025 e 0,011. A média da contagem absoluta de reticulócitos, no final da segunda semana de tratamento, foi significativamente maior nos pacientes que receberam a medicação, quando comparadas à dos que não utilizaram eritropoetina (p = 0,0001), mas que ao final do estudo foram iguais. Não houve diferença estatisticamente significativa quanto ao volume de sangue retirado para testes laboratoriais entre os grupos (p = 0,839). Houve correlação negativa significativa do volume de sangue retirado para testes laboratoriais com o peso de nascimento e com a idade gestacional. Foi encontrada correlação significativa e positiva entre o volume de sangue transfundido e o volume retirado para exames, bem como entre este último e o número de transfusões sangüíneas por pacientes entre os grupos (p = 0,091). Os grupos 1 e 2 foram menos transfundidos excessivamente (2 ou mais) que o grupo 3. Esta diferença foi significativa (p = 0,043). Estas diferenças não foram encontradas quando comparou-se os dois regimes de tratamentos. Conclusões: A administração de eritropoetina, na dose de 700 kg/ semana, diminui, de forma significativa o número de transfusões excessivas. Estas diferenças não foram encontradas quando comparou-se os dois regimes de tratamento. O uso de eritropoetina não influenciou no ganho de peso, crescimento (aumento do perímetro cefálico e comprimento) e tempo de internação dos pacientes. Conclui-se também que, quanto menor a idade gestacional e o peso de nascimento, maior a quantidade de sangue retirado para exames laboratoriais e que, quanto maior é a quantidade de sangue retirado para testes de laboratório, maiores são o volume e o número de transfusões sangüíneas realizadas. A eritropoetina mostrou-se um medicamento seguro, bem tolerado e sem paraefeitos a curto prazo.Objectives: The goal of this study was to prove the efficacy of erythropoietin in the treatment of anemia of prematurity and to compare two different therapeutic regimens: daily use versus twice-weekly use of the same drug dose very low birth weight neonates. Design of the study: Randomized, controlled clinical trial. Methods: Forty-five premature newborns admitted to the Neonatology Unit of Hospital de Clínicas de Porto Alegre were included in this study. They were born with up to 33 weeks gestational age, weighed up to 1.550 g, had from 10 to 35 days of life and clinically stable. They were all clinically stable. The newborns were randomized into three groups: patients in group 1 received seven daily doses of 100 U/kg erythropoietin per week, patients in group 2 received two 350 U/kg erythropoietin doses per week, and patients in group 3 did not receive the drug. Upon entry in the study, a protocol with identification data, birth weight and gestational age was filled out for each patient. Baseline hemogram, platelet count, reticulocyte count and ferritin levels were obtained and the same tests were repeated weekly except for ferritin levels, which were measured every 15 days. The volumes of all blood collections and transfusions were recorded throughout the study. All patients were examined daily and had their vital signs, hydration balance, caloric intake and weight recorded. Length and occipitofrontal circumference were recorded once a week. The patients were followed up to attaining a weight of 2 kg or up to hospital discharge (whenever this happened before the newborn attained a weight of 2 kg). In the patients of groups 1 and 2, ferrous sulfate at a dose of 3 mg/kg/day was administered after the second week of life. In the patients of group 3 the iron supplementation was started according to the assistant physician’s routine (usually after 30 days of life). All newborns that were included in this study received vitamin A (2.000 U/day), C (35 mg/day), D (400 U/day) and E (20 U/day). Results: A total of 42 premature newborns was studied: 15 in group 1, 14 in group 2, and 13 in group 3. The patients in the three groups had a similar characteristics in terms of birth weight, gestational age, and weight, length, OFC and post-natal age by the time of enrollment in the study. All patients remained clinically stable throughout the study, and no one required ventilatory support. The medication was well tolerated by all patients in groups 1 and 2 , and no adverse effects were observed. There was no statistically significant difference regarding weight gain, length and occipito-frontal circumference among the 3 groups throughout the study, the p values being, respectively, 0.492, 0.347 and 0.981. All three groups had similar water, protein and calory intakes. At baseline, the average of the measurements of hematologic parameters (hematocrit, hemoglobin, patelets, reticulocyte count, white blood cell count and ferritin levels) were similar in all three groups. Similarly, at the end of the study, no significant difference was observed in the average of the measurements of the platelet count, white blood cell count and ferritin levels among the three groups studied. However, the final average of hematocrit and hemoglobin of the patients that did not receive erythropoietin was significantly lower that those of the patients who received the drug, with p values of 0.025 and 0.011, respectively. The average of the absolute reticulocyte count was significantly higher in the patients who received erythropoietin after two weeks of treatment when compared to those patients who did not receive the drug (p = 0.0001). There was no statistically significant difference among the total blood volume collected for routine blood tests among patients in the three groups (p = 0.839). There was a significant negative correlation between the total blood volume collected and the birth weight and gestational age. There was a significant positive correlation between the total volume of transfused blood and the volume of blood collected for laboratory tests, as well as between the latter and the number of blood transfusions per patient, among the three groups (p = 0.091). Patients in groups 1 and 2 received less excessive transfusions (2 or more) than patients in group 3. This difference was significant (p = 0.043). Conclusions: The administration of 700 U/kg/week erythropoietin significantly reduces the number of excessive blood transfusions producing a increase of the measurement of hematocrit, hemoglobin and reticulocyte. There is no significant difference in the volume of blood transfused between patients that received erythropoietin daily compared to those who received the drug twice-weekly. The use of erythropoietin did not influence weight gain, growth (measured as length and occipito-frontal circumference) and the total time of hospital stay. It can also be concluded that the smaller the weight at birth and gestational age, the more blood is collected for laboratory tests. Also, the more blood is collected for laboratory tests, the greater was the number of blood transfusions. Erythropoietin showed to be a safe and well tolerated medication, with no obvious short-term side effects in the group of patients studied.application/pdfporAnemiaRecém-nascido prematuroEritropoetinaEritropoetina humana recombinante na anemia de prematuridade : ensaio clínico randomizadoinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisUniversidade Federal do Rio Grande do SulFaculdade de MedicinaPrograma de Pós-Graduação em Ciências Médicas: Pediatria (até jan. 2009)Porto Alegre, BR-RS2000mestradoinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFRGSinstname:Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)instacron:UFRGSORIGINAL000571320.pdf000571320.pdfTexto completoapplication/pdf438200http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/8226/1/000571320.pdf08e16bf1b2e56cc9db0f7640f5586f96MD51TEXT000571320.pdf.txt000571320.pdf.txtExtracted Texttext/plain231439http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/8226/2/000571320.pdf.txt48fe7aa9bba92d28d4a89f20bde8e048MD52THUMBNAIL000571320.pdf.jpg000571320.pdf.jpgGenerated Thumbnailimage/jpeg1305http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/8226/3/000571320.pdf.jpged920d6573b3283305886e46575c88d9MD5310183/82262023-08-11 03:53:40.65353oai:www.lume.ufrgs.br:10183/8226Biblioteca Digital de Teses e Dissertaçõeshttps://lume.ufrgs.br/handle/10183/2PUBhttps://lume.ufrgs.br/oai/requestlume@ufrgs.br||lume@ufrgs.bropendoar:18532023-08-11T06:53:40Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFRGS - Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)false |
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A seguir foi coletado material para: hemograma, contagem de plaquetas e reticulócitos e nível ferritina. Os primeiros testes foram repetidos semanalmente, sendo a ferritina dosada uma vez a cada 15 dias. Todo volume de sangue retirado para testes laboratoriais, bem como o volume e o número de transfusões sangüíneas realizadas foram computados ao longo do estudo. Em todos os pacientes foram realizadas avaliações clínicas diárias, através de exame físico, controle dos sinais vitais, balanço hídrico, aporte calórico e pesagem. Semanalmente foram medidos o comprimento e o perímetro cefálico. O acompanhamento foi realizado até que os recém-nascidos completassem 2.000 g de peso ou até a alta hospitalar. Nos pacientes dos grupos 1 e 2 foram administrados 3 mg/kg/dia de sulfato ferroso, durante a primeira semana, sendo aumentada a dose para 6 mg/kg/dia, a partir da segunda semana. No grupo 3 a suplementação de ferro iniciou de acordo com a rotina do médico assistente (quando o recém-nascido atingia 30 dias de vida). Todos os recém-nascidos que participaram do estudo receberam vitaminas: A (2.000 U/dia), C (35 mg/dia), D (400 U/dia) e E (20 U/dia). Resultados: Ao todo foram avaliados 42 prematuros,15 do grupo 1, 14 do grupo 2 e 13 do grupo 3. Os três grupos apresentaram composição semelhante quanto ao peso de nascimento, idade gestacional e peso, comprimento, perímetro cefálico e idade pós-natal na entrada do estudo. Observou-se estabilidade clínica em todos pacientes estudados, não tendo nenhum necessitado de ventilação mecânica. A medicação foi bem tolerada por todos os que a receberam, não tendo sido observados efeitos colaterais. Não houve diferenças estatisticamente significativas entre os 3 grupos quanto a ganho de peso, comprimento e perímetro cefálico ao longo do estudo. Os aportes hídrico, calórico e protéico foram semelhantes entre os grupos. As médias dos valores hematológicos: hematócrito, hemoglobina, plaquetas, reticulócitos, leucócitos totais e ferritina, no início do acompanhamento dos pacientes, foram semelhantes nos 3 grupos. A análise das médias dos valores das plaquetas, leucócitos totais e ferritina, ao término do estudo, não evidenciou diferença estatisticamente significativa entre os grupos. Já a média final do hematócrito e da hemoglobina dos pacientes que não receberam eritropoetina foi significativamente menor em relação à daqueles que receberam a medicação, sendo os valores de p, respectivamente, 0,025 e 0,011. A média da contagem absoluta de reticulócitos, no final da segunda semana de tratamento, foi significativamente maior nos pacientes que receberam a medicação, quando comparadas à dos que não utilizaram eritropoetina (p = 0,0001), mas que ao final do estudo foram iguais. Não houve diferença estatisticamente significativa quanto ao volume de sangue retirado para testes laboratoriais entre os grupos (p = 0,839). Houve correlação negativa significativa do volume de sangue retirado para testes laboratoriais com o peso de nascimento e com a idade gestacional. Foi encontrada correlação significativa e positiva entre o volume de sangue transfundido e o volume retirado para exames, bem como entre este último e o número de transfusões sangüíneas por pacientes entre os grupos (p = 0,091). Os grupos 1 e 2 foram menos transfundidos excessivamente (2 ou mais) que o grupo 3. Esta diferença foi significativa (p = 0,043). Estas diferenças não foram encontradas quando comparou-se os dois regimes de tratamentos. Conclusões: A administração de eritropoetina, na dose de 700 kg/ semana, diminui, de forma significativa o número de transfusões excessivas. Estas diferenças não foram encontradas quando comparou-se os dois regimes de tratamento. O uso de eritropoetina não influenciou no ganho de peso, crescimento (aumento do perímetro cefálico e comprimento) e tempo de internação dos pacientes. Conclui-se também que, quanto menor a idade gestacional e o peso de nascimento, maior a quantidade de sangue retirado para exames laboratoriais e que, quanto maior é a quantidade de sangue retirado para testes de laboratório, maiores são o volume e o número de transfusões sangüíneas realizadas. A eritropoetina mostrou-se um medicamento seguro, bem tolerado e sem paraefeitos a curto prazo. |
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