Gordas, gordinhas, gorduchas : a potência cênica dos corpos insurgentes

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Metz, Márcia Teresinha
Data de Publicação: 2019
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFRGS
Texto Completo: http://hdl.handle.net/10183/202038
Resumo: A presente pesquisa reflete acerca das atrizes gordas que atuam na cena teatral na cidade de Porto Alegre. O estudo inicia pelo questionamento sobre a nomenclatura correta para designar as mulheres de corpos fartos: gordas, gordinhas ou gorduchas. Propõe-se demonstrar como é difícil fazer definições precisas quanto aos corpos com relação ao seu peso. Também se apresenta um referencial teórico que discorre sobre os conceitos de potência e insurgente. Ao longo da história, o corpo das mulheres sofreu opressões e regulações específicas, assim como os corpos das gordas e os corpos das mulheres artistas. Identificar isso nos auxilia a entender o padrão de beleza vigente. Para verificar se esse padrão se perpetua no teatro foram assistidos 38 espetáculos e anotadas as características físicas de 72 atrizes. Com caráter qualitativo, três atrizes porto-alegrenses com mais de trinta anos de carreira, sendo uma ex-gorda e duas autodeclaradas gordas, foram entrevistadas. Uma cena em formato de palestra foi realizada pela pesquisadora para questionar a associação da gordura à doença e, após a apresentação, seguiu-se uma roda de conversa composta por atrizes. As transcrições das entrevistas e da conversa coletiva estão entrelaçadas pelos referenciais teóricos. Pôde-se perceber que os pontos que mais se repetiram nos relatos estão relacionados, evidenciando preconceitos e dificuldades que as atrizes gordas ou com soprepeso enfrentam na profissão. Porém, ao mesmo tempo, notou-se que elas atuam com regularidade. A pesquisa busca auxiliar na construção de uma nova perspectiva sobre as atrizes gordas e, consequentemente, sobre todas as pessoas que têm corpos que fogem ao padrão de beleza calcado na magreza, juventude e branquitude. Como forma de adequação da linguagem, o trabalho utiliza o termo corpa ao invés de corpo.
id URGS_5823e690eeb44127fa0fc72a0f12a5b6
oai_identifier_str oai:www.lume.ufrgs.br:10183/202038
network_acronym_str URGS
network_name_str Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFRGS
repository_id_str 1853
spelling Metz, Márcia TeresinhaNunes, Silvia Balestreri2019-11-26T03:53:29Z2019http://hdl.handle.net/10183/202038001107123A presente pesquisa reflete acerca das atrizes gordas que atuam na cena teatral na cidade de Porto Alegre. O estudo inicia pelo questionamento sobre a nomenclatura correta para designar as mulheres de corpos fartos: gordas, gordinhas ou gorduchas. Propõe-se demonstrar como é difícil fazer definições precisas quanto aos corpos com relação ao seu peso. Também se apresenta um referencial teórico que discorre sobre os conceitos de potência e insurgente. Ao longo da história, o corpo das mulheres sofreu opressões e regulações específicas, assim como os corpos das gordas e os corpos das mulheres artistas. Identificar isso nos auxilia a entender o padrão de beleza vigente. Para verificar se esse padrão se perpetua no teatro foram assistidos 38 espetáculos e anotadas as características físicas de 72 atrizes. Com caráter qualitativo, três atrizes porto-alegrenses com mais de trinta anos de carreira, sendo uma ex-gorda e duas autodeclaradas gordas, foram entrevistadas. Uma cena em formato de palestra foi realizada pela pesquisadora para questionar a associação da gordura à doença e, após a apresentação, seguiu-se uma roda de conversa composta por atrizes. As transcrições das entrevistas e da conversa coletiva estão entrelaçadas pelos referenciais teóricos. Pôde-se perceber que os pontos que mais se repetiram nos relatos estão relacionados, evidenciando preconceitos e dificuldades que as atrizes gordas ou com soprepeso enfrentam na profissão. Porém, ao mesmo tempo, notou-se que elas atuam com regularidade. A pesquisa busca auxiliar na construção de uma nova perspectiva sobre as atrizes gordas e, consequentemente, sobre todas as pessoas que têm corpos que fogem ao padrão de beleza calcado na magreza, juventude e branquitude. Como forma de adequação da linguagem, o trabalho utiliza o termo corpa ao invés de corpo.This research reflects on the fat actresses who perform in the theatrical scene in the city of Porto Alegre. The study begins by questioning the correct nomenclature to designate women with full bodies: fat, chubby or heavy. It is proposed to demonstrate how difficult it is to make precise definitions of bodies in relation to their weight. It also presents a theoretical framework that discusses the concepts of power and insurgent. Throughout history, women's bodies have suffered specific oppression and regulation, as have the bodies of the fat and the bodies of female artists. Identifying this helps us understand the prevailing beauty standard. To verify if this pattern is perpetuated in the theater, 38 performances were watched and the physical characteristics of 72 actresses were noted. With qualitative character, three Porto Alegre actresses with more than thirty years of career, one ex-fat and two self-declared fat, were interviewed. A scene in a lecture format was performed by the researcher to question the association of fat with illness and, after the presentation, followed by a conversation in the form of a circle composed of actresses. The transcripts of the interviews and the collective conversation are intertwined by the theoretical references. It can be noticed that the most repeated points in the reports are related, showing prejudices and difficulties faced by fat or overweight actresses in the profession. However, at the same time, it was noted that they act regularly. The research seeks to assist in the construction of a new perspective on fat actresses and, consequently, on all people who have bodies that escape the standard of beauty based on thinness, youth, and whiteness. As a form of language adaptation, the work uses the term corpa instead of body.application/pdfporTeatroAtrizesObesidade : MulheresFat actressesBeauty patternScenic powerInsurgent bodiesCorpaGordas, gordinhas, gorduchas : a potência cênica dos corpos insurgentesinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisUniversidade Federal do Rio Grande do SulInstituto de ArtesPrograma de Pós-Graduação em Artes CênicasPorto Alegre, BR-RS2019mestradoinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFRGSinstname:Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)instacron:UFRGSTEXT001107123.pdf.txt001107123.pdf.txtExtracted Texttext/plain332166http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/202038/2/001107123.pdf.txt2403c8c0c076e0f96b0d801729ae5738MD52ORIGINAL001107123.pdfTexto completoapplication/pdf5542875http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/202038/1/001107123.pdf54dbb9b4c151f1b80f21d5e83987b83dMD5110183/2020382019-11-27 05:01:44.105754oai:www.lume.ufrgs.br:10183/202038Biblioteca Digital de Teses e Dissertaçõeshttps://lume.ufrgs.br/handle/10183/2PUBhttps://lume.ufrgs.br/oai/requestlume@ufrgs.br||lume@ufrgs.bropendoar:18532019-11-27T07:01:44Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFRGS - Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)false
dc.title.pt_BR.fl_str_mv Gordas, gordinhas, gorduchas : a potência cênica dos corpos insurgentes
title Gordas, gordinhas, gorduchas : a potência cênica dos corpos insurgentes
spellingShingle Gordas, gordinhas, gorduchas : a potência cênica dos corpos insurgentes
Metz, Márcia Teresinha
Teatro
Atrizes
Obesidade : Mulheres
Fat actresses
Beauty pattern
Scenic power
Insurgent bodies
Corpa
title_short Gordas, gordinhas, gorduchas : a potência cênica dos corpos insurgentes
title_full Gordas, gordinhas, gorduchas : a potência cênica dos corpos insurgentes
title_fullStr Gordas, gordinhas, gorduchas : a potência cênica dos corpos insurgentes
title_full_unstemmed Gordas, gordinhas, gorduchas : a potência cênica dos corpos insurgentes
title_sort Gordas, gordinhas, gorduchas : a potência cênica dos corpos insurgentes
author Metz, Márcia Teresinha
author_facet Metz, Márcia Teresinha
author_role author
dc.contributor.author.fl_str_mv Metz, Márcia Teresinha
dc.contributor.advisor1.fl_str_mv Nunes, Silvia Balestreri
contributor_str_mv Nunes, Silvia Balestreri
dc.subject.por.fl_str_mv Teatro
Atrizes
Obesidade : Mulheres
topic Teatro
Atrizes
Obesidade : Mulheres
Fat actresses
Beauty pattern
Scenic power
Insurgent bodies
Corpa
dc.subject.eng.fl_str_mv Fat actresses
Beauty pattern
Scenic power
Insurgent bodies
Corpa
description A presente pesquisa reflete acerca das atrizes gordas que atuam na cena teatral na cidade de Porto Alegre. O estudo inicia pelo questionamento sobre a nomenclatura correta para designar as mulheres de corpos fartos: gordas, gordinhas ou gorduchas. Propõe-se demonstrar como é difícil fazer definições precisas quanto aos corpos com relação ao seu peso. Também se apresenta um referencial teórico que discorre sobre os conceitos de potência e insurgente. Ao longo da história, o corpo das mulheres sofreu opressões e regulações específicas, assim como os corpos das gordas e os corpos das mulheres artistas. Identificar isso nos auxilia a entender o padrão de beleza vigente. Para verificar se esse padrão se perpetua no teatro foram assistidos 38 espetáculos e anotadas as características físicas de 72 atrizes. Com caráter qualitativo, três atrizes porto-alegrenses com mais de trinta anos de carreira, sendo uma ex-gorda e duas autodeclaradas gordas, foram entrevistadas. Uma cena em formato de palestra foi realizada pela pesquisadora para questionar a associação da gordura à doença e, após a apresentação, seguiu-se uma roda de conversa composta por atrizes. As transcrições das entrevistas e da conversa coletiva estão entrelaçadas pelos referenciais teóricos. Pôde-se perceber que os pontos que mais se repetiram nos relatos estão relacionados, evidenciando preconceitos e dificuldades que as atrizes gordas ou com soprepeso enfrentam na profissão. Porém, ao mesmo tempo, notou-se que elas atuam com regularidade. A pesquisa busca auxiliar na construção de uma nova perspectiva sobre as atrizes gordas e, consequentemente, sobre todas as pessoas que têm corpos que fogem ao padrão de beleza calcado na magreza, juventude e branquitude. Como forma de adequação da linguagem, o trabalho utiliza o termo corpa ao invés de corpo.
publishDate 2019
dc.date.accessioned.fl_str_mv 2019-11-26T03:53:29Z
dc.date.issued.fl_str_mv 2019
dc.type.status.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/publishedVersion
dc.type.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/masterThesis
format masterThesis
status_str publishedVersion
dc.identifier.uri.fl_str_mv http://hdl.handle.net/10183/202038
dc.identifier.nrb.pt_BR.fl_str_mv 001107123
url http://hdl.handle.net/10183/202038
identifier_str_mv 001107123
dc.language.iso.fl_str_mv por
language por
dc.rights.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/openAccess
eu_rights_str_mv openAccess
dc.format.none.fl_str_mv application/pdf
dc.source.none.fl_str_mv reponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFRGS
instname:Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)
instacron:UFRGS
instname_str Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)
instacron_str UFRGS
institution UFRGS
reponame_str Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFRGS
collection Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFRGS
bitstream.url.fl_str_mv http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/202038/2/001107123.pdf.txt
http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/202038/1/001107123.pdf
bitstream.checksum.fl_str_mv 2403c8c0c076e0f96b0d801729ae5738
54dbb9b4c151f1b80f21d5e83987b83d
bitstream.checksumAlgorithm.fl_str_mv MD5
MD5
repository.name.fl_str_mv Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFRGS - Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)
repository.mail.fl_str_mv lume@ufrgs.br||lume@ufrgs.br
_version_ 1800309157021089792