O que há na escrita chinesa que nos oriente acerca da instância da letra
Autor(a) principal: | |
---|---|
Data de Publicação: | 2018 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFRGS |
Texto Completo: | http://hdl.handle.net/10183/186083 |
Resumo: | A presente dissertação aborda as relações entre a escrita chinesa e a instância da letra no inconsciente. O estudo aqui compartilhado se propôs a investigar que recursos a escrita chinesa pode oferecer ao psicanalista a fim de aguçar sua prática de leitura da "letra". Para tal, aprofundamos uma rede de conceitos imbricados que suportam essa questão: escrita, significante, letra, lalangue, semblante, poesia. A pesquisa realizada partiu da experiência de análise da pesquisadora, tocada pelos modos de intervenção em uma análise lacaniana. E se acentuou com a leitura d'O Seminário 24 (Lacan, 1976-7) onde consta a proposição lacaniana de que os analistas fossem à escrita poética dos chineses da dinastia Tang, indicando que neste sistema de escrita e no uso que os poetas fazem das letras chinesas haveria algo que pudesse interessar à psicanálise para sua práxis. A fim de cercar nosso objeto a escrita chinesa, vivenciamos a tentativa de aprendizado do mandarim, construímos uma interlocução direta com uma intercambista chinesa no Brasil, e estudamos a obra “L'écriture poétique chinoise”, de François Cheng, indicada por Lacan no “L’insu que sait de l’une-bévue s’aile à mourre” (1976). No que diz respeito ao laço desta pesquisa teórica com a clínica, trouxemos recortes de análises de sonhos e de falas no contexto de situação analítica. Tal percurso nos apontou que, ao escutar um sujeito em análise, além da escuta de seus significantes, deve-se estar atento à dimensão do que é letra, inclusive na sua dimensão visual, para então, quiçá, transpor algo disto para o simbólico. |
id |
URGS_5a1a2b3d37aa740926d10ebda51f8116 |
---|---|
oai_identifier_str |
oai:www.lume.ufrgs.br:10183/186083 |
network_acronym_str |
URGS |
network_name_str |
Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFRGS |
repository_id_str |
1853 |
spelling |
Xavier, Maria Jacinta Freire de FreitasDe Conti, Luciane2018-12-11T02:38:06Z2018http://hdl.handle.net/10183/186083001079630A presente dissertação aborda as relações entre a escrita chinesa e a instância da letra no inconsciente. O estudo aqui compartilhado se propôs a investigar que recursos a escrita chinesa pode oferecer ao psicanalista a fim de aguçar sua prática de leitura da "letra". Para tal, aprofundamos uma rede de conceitos imbricados que suportam essa questão: escrita, significante, letra, lalangue, semblante, poesia. A pesquisa realizada partiu da experiência de análise da pesquisadora, tocada pelos modos de intervenção em uma análise lacaniana. E se acentuou com a leitura d'O Seminário 24 (Lacan, 1976-7) onde consta a proposição lacaniana de que os analistas fossem à escrita poética dos chineses da dinastia Tang, indicando que neste sistema de escrita e no uso que os poetas fazem das letras chinesas haveria algo que pudesse interessar à psicanálise para sua práxis. A fim de cercar nosso objeto a escrita chinesa, vivenciamos a tentativa de aprendizado do mandarim, construímos uma interlocução direta com uma intercambista chinesa no Brasil, e estudamos a obra “L'écriture poétique chinoise”, de François Cheng, indicada por Lacan no “L’insu que sait de l’une-bévue s’aile à mourre” (1976). No que diz respeito ao laço desta pesquisa teórica com a clínica, trouxemos recortes de análises de sonhos e de falas no contexto de situação analítica. Tal percurso nos apontou que, ao escutar um sujeito em análise, além da escuta de seus significantes, deve-se estar atento à dimensão do que é letra, inclusive na sua dimensão visual, para então, quiçá, transpor algo disto para o simbólico.The present dissertation deals with the relations between the chinese writting and the instance of the letter in the unconscious. The study shared here set out to investigate what resources the Chinese writing can offer to the analyst in order to increase his practice of reading of the “letter”. For this, we developed a network of interwoven concepts that support this issue: writing, signifier, letter, lalangue, semblant, poetry. The research started from the analysis experience of the researcher, influenced by the intervention modes in lacanian analysis and was accentuated reading the Seminar XXIV (Lacan, 1976-7), where is presented the lacanian proposition that the analyst should go to the Chinese poetic writing from the Tang Dynasty, indicating that in this writing system and on the use that the poets do of the Chinese writting would be found something that would interest to psychoanalysis for its praxis. In order to surround our object, we experience the attempt of Mandarin learning, as well as established a direct interaction with a Chinese exchange student in Brazil, and we studied the work “L'écriture poétique chinoise” (1977) of Francois Cheng, indicated by Lacan in “L’insu que sait de l’une-bévue s’aile à mourre” (1976). Concerning to the bond of this theoretical research with the clinic, we bring fragments of dream analysis, and speeches in the context of analytical situation. This way show to us that while listening to a subject in analysis, in addition to its significant listening we must be aware of the dimension of what is the letter, including its visual dimension, so than, perhaps, transpose something of it to the symbolic.application/pdfporEscutaPsicanáliseEscritaPoesiaPsychoanalysisPoetryWritingSinogramLetterO que há na escrita chinesa que nos oriente acerca da instância da letrainfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisUniversidade Federal do Rio Grande do SulInstituto de PsicologiaPrograma de Pós-Graduação em Psicanálise: Clínica e CulturaPorto Alegre, BR-RS2018mestradoinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFRGSinstname:Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)instacron:UFRGSTEXT001079630.pdf.txt001079630.pdf.txtExtracted Texttext/plain202721http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/186083/2/001079630.pdf.txtc40a4fa1ec58101ae2cf2063bb1f589fMD52ORIGINAL001079630.pdfTexto completoapplication/pdf788006http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/186083/1/001079630.pdff16329350472f47ebeeef3e3fe772bd3MD5110183/1860832022-02-22 05:09:28.441152oai:www.lume.ufrgs.br:10183/186083Biblioteca Digital de Teses e Dissertaçõeshttps://lume.ufrgs.br/handle/10183/2PUBhttps://lume.ufrgs.br/oai/requestlume@ufrgs.br||lume@ufrgs.bropendoar:18532022-02-22T08:09:28Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFRGS - Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)false |
dc.title.pt_BR.fl_str_mv |
O que há na escrita chinesa que nos oriente acerca da instância da letra |
title |
O que há na escrita chinesa que nos oriente acerca da instância da letra |
spellingShingle |
O que há na escrita chinesa que nos oriente acerca da instância da letra Xavier, Maria Jacinta Freire de Freitas Escuta Psicanálise Escrita Poesia Psychoanalysis Poetry Writing Sinogram Letter |
title_short |
O que há na escrita chinesa que nos oriente acerca da instância da letra |
title_full |
O que há na escrita chinesa que nos oriente acerca da instância da letra |
title_fullStr |
O que há na escrita chinesa que nos oriente acerca da instância da letra |
title_full_unstemmed |
O que há na escrita chinesa que nos oriente acerca da instância da letra |
title_sort |
O que há na escrita chinesa que nos oriente acerca da instância da letra |
author |
Xavier, Maria Jacinta Freire de Freitas |
author_facet |
Xavier, Maria Jacinta Freire de Freitas |
author_role |
author |
dc.contributor.author.fl_str_mv |
Xavier, Maria Jacinta Freire de Freitas |
dc.contributor.advisor1.fl_str_mv |
De Conti, Luciane |
contributor_str_mv |
De Conti, Luciane |
dc.subject.por.fl_str_mv |
Escuta Psicanálise Escrita Poesia |
topic |
Escuta Psicanálise Escrita Poesia Psychoanalysis Poetry Writing Sinogram Letter |
dc.subject.eng.fl_str_mv |
Psychoanalysis Poetry Writing Sinogram Letter |
description |
A presente dissertação aborda as relações entre a escrita chinesa e a instância da letra no inconsciente. O estudo aqui compartilhado se propôs a investigar que recursos a escrita chinesa pode oferecer ao psicanalista a fim de aguçar sua prática de leitura da "letra". Para tal, aprofundamos uma rede de conceitos imbricados que suportam essa questão: escrita, significante, letra, lalangue, semblante, poesia. A pesquisa realizada partiu da experiência de análise da pesquisadora, tocada pelos modos de intervenção em uma análise lacaniana. E se acentuou com a leitura d'O Seminário 24 (Lacan, 1976-7) onde consta a proposição lacaniana de que os analistas fossem à escrita poética dos chineses da dinastia Tang, indicando que neste sistema de escrita e no uso que os poetas fazem das letras chinesas haveria algo que pudesse interessar à psicanálise para sua práxis. A fim de cercar nosso objeto a escrita chinesa, vivenciamos a tentativa de aprendizado do mandarim, construímos uma interlocução direta com uma intercambista chinesa no Brasil, e estudamos a obra “L'écriture poétique chinoise”, de François Cheng, indicada por Lacan no “L’insu que sait de l’une-bévue s’aile à mourre” (1976). No que diz respeito ao laço desta pesquisa teórica com a clínica, trouxemos recortes de análises de sonhos e de falas no contexto de situação analítica. Tal percurso nos apontou que, ao escutar um sujeito em análise, além da escuta de seus significantes, deve-se estar atento à dimensão do que é letra, inclusive na sua dimensão visual, para então, quiçá, transpor algo disto para o simbólico. |
publishDate |
2018 |
dc.date.accessioned.fl_str_mv |
2018-12-11T02:38:06Z |
dc.date.issued.fl_str_mv |
2018 |
dc.type.status.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/publishedVersion |
dc.type.driver.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/masterThesis |
format |
masterThesis |
status_str |
publishedVersion |
dc.identifier.uri.fl_str_mv |
http://hdl.handle.net/10183/186083 |
dc.identifier.nrb.pt_BR.fl_str_mv |
001079630 |
url |
http://hdl.handle.net/10183/186083 |
identifier_str_mv |
001079630 |
dc.language.iso.fl_str_mv |
por |
language |
por |
dc.rights.driver.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/openAccess |
eu_rights_str_mv |
openAccess |
dc.format.none.fl_str_mv |
application/pdf |
dc.source.none.fl_str_mv |
reponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFRGS instname:Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) instacron:UFRGS |
instname_str |
Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) |
instacron_str |
UFRGS |
institution |
UFRGS |
reponame_str |
Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFRGS |
collection |
Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFRGS |
bitstream.url.fl_str_mv |
http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/186083/2/001079630.pdf.txt http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/186083/1/001079630.pdf |
bitstream.checksum.fl_str_mv |
c40a4fa1ec58101ae2cf2063bb1f589f f16329350472f47ebeeef3e3fe772bd3 |
bitstream.checksumAlgorithm.fl_str_mv |
MD5 MD5 |
repository.name.fl_str_mv |
Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFRGS - Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) |
repository.mail.fl_str_mv |
lume@ufrgs.br||lume@ufrgs.br |
_version_ |
1800309135686762496 |