Tornar-se pai : a experiência subjetiva da paternidade no sexto mês e ao final do segundo ano de vida do bebê

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Cherer, Evandro de Quadros
Data de Publicação: 2014
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFRGS
Texto Completo: http://hdl.handle.net/10183/258772
Resumo: Este estudo teve como objetivo investigar a experiência subjetiva da paternidade em dois momentos do desenvolvimento do bebê, no sexto mês e ao final do segundo ano de vida da criança. Participaram do estudo três pais primíparos (30, 36 e 45 anos), com ensino superior completo. Foi utilizado um delineamento de estudo de caso coletivo, de caráter longitudinal, sendo que os pais responderam a entrevistas estruturadas realizadas de forma semidirigida no sexto mês e ao final do segundo ano de vida de seus filhos. As entrevistas realizadas nesses momentos foram analisadas por meio da análise dos conteúdos manifestos e subjacentes com base na teoria psicanalítica, a partir de quatro categorias derivadas da literatura: O pai e a experiência subjetiva da paternidade, O bebê e a experiência subjetiva da paternidade, A esposa e a experiência subjetiva da paternidade e As figuras parentais e a experiência subjetiva da paternidade. Os resultados indicaram que a paternidade levou a um complexo trabalho psíquico que reorganizou os posicionamentos subjetivos dos pais, enquanto homens, na relação com o filho, com a companheira e com as figuras parentais. Tornar-se pai esteve associado à inscrição subjetiva da finitude da existência e à castração, exigindo renúncias e lutos dos pais, processo que permitiu o bebê ser tomado como objeto de desejo paterno. Além disso, a experiência subjetiva da paternidade envolveu uma reconstituição psíquica, na medida em que resgatou elementos da história constitutiva de cada participante em relação com o novo contexto da paternidade.
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