Avaliação da prevalência e características de sintomas prolongados pós COVID-19 no município de Porto Alegre
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2023 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFRGS |
Texto Completo: | http://hdl.handle.net/10183/265217 |
Resumo: | Parte dos indivíduos acometidos pela COVID-19 persiste com uma gama de queixas multiorgânicas e heterogêneas por semanas a meses após o quadro agudo inicial. Denominadas (entre outros termos) condições pós COVID-19, tratam-se de uma entidade clínica nova cuja prevalência, características e fatores de risco variam significativamente entre estudos a respeito. Além disso, há uma escassez de dados sobre a condição em pacientes previamente vacinados e com doença causada pela variante ômicron do SARS-CoV-2. Objetivos: Estimar a prevalência e manifestações clínicas das condições pós COVID-19 em pacientes atendidos ambulatorialmente na fase aguda da doença em um serviço de atenção primária à saúde. Métodos: Coorte retrospectiva com coleta de dados por inquérito telefônico e revisão de prontuário, com amostra de pacientes atendidos por quadro de COVID-19 durante o primeiro semestre de 2022 em uma unidade básica de saúde da região central de Porto Alegre (Brasil). Resultados: De 137 participantes, 59 (43,1%) relataram que sua saúde não havia retornado a como era antes da COVID-19, e persistiam com pelo menos 1 sintoma após uma média de 268 dias. Os sintomas mais frequentemente relatados foram prejuízo na memória (61%), fadiga (47,5%), dificuldade de concentração (37,3%), raciocínio lentificado (33,9%), queda de cabelos (22%), insônia (22%), dispneia (18,6%) e cefaléia (16,9%). Após análise multivariada foi observada correlação entre a presença destes sintomas prolongados e sexo feminino (RC 3,92) bem como idade acima de 45 anos (RC 2,24). Conclusões: Apesar de suas limitações, o presente estudo demonstra que uma parcela significativa dos pacientes acometidos pela COVID-19 apresenta sintomas prolongados por mais de 9 meses após o quadro agudo, a despeito de ampla vacinação e baixa gravidade do quadro inicial. Adicionalmente, nota-se provável aumento do risco para estas condições relacionado à idade e entre indivíduos do sexo feminino. |
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Rocha, João Gabriel Flores daGonçalves, Marcelo Rodrigues2023-09-26T03:35:47Z2023http://hdl.handle.net/10183/265217001177288Parte dos indivíduos acometidos pela COVID-19 persiste com uma gama de queixas multiorgânicas e heterogêneas por semanas a meses após o quadro agudo inicial. Denominadas (entre outros termos) condições pós COVID-19, tratam-se de uma entidade clínica nova cuja prevalência, características e fatores de risco variam significativamente entre estudos a respeito. Além disso, há uma escassez de dados sobre a condição em pacientes previamente vacinados e com doença causada pela variante ômicron do SARS-CoV-2. Objetivos: Estimar a prevalência e manifestações clínicas das condições pós COVID-19 em pacientes atendidos ambulatorialmente na fase aguda da doença em um serviço de atenção primária à saúde. Métodos: Coorte retrospectiva com coleta de dados por inquérito telefônico e revisão de prontuário, com amostra de pacientes atendidos por quadro de COVID-19 durante o primeiro semestre de 2022 em uma unidade básica de saúde da região central de Porto Alegre (Brasil). Resultados: De 137 participantes, 59 (43,1%) relataram que sua saúde não havia retornado a como era antes da COVID-19, e persistiam com pelo menos 1 sintoma após uma média de 268 dias. Os sintomas mais frequentemente relatados foram prejuízo na memória (61%), fadiga (47,5%), dificuldade de concentração (37,3%), raciocínio lentificado (33,9%), queda de cabelos (22%), insônia (22%), dispneia (18,6%) e cefaléia (16,9%). Após análise multivariada foi observada correlação entre a presença destes sintomas prolongados e sexo feminino (RC 3,92) bem como idade acima de 45 anos (RC 2,24). Conclusões: Apesar de suas limitações, o presente estudo demonstra que uma parcela significativa dos pacientes acometidos pela COVID-19 apresenta sintomas prolongados por mais de 9 meses após o quadro agudo, a despeito de ampla vacinação e baixa gravidade do quadro inicial. Adicionalmente, nota-se provável aumento do risco para estas condições relacionado à idade e entre indivíduos do sexo feminino.A portion of individuals affected by COVID-19 persists with an array of multiorganic, heterogeneous complaints lasting from weeks to months after the acute phase of the disease. Designated (among other terms) post COVID-19 conditions, they constitute a novel clinical entity whose prevalence, characteristics and associated risk factors vary significantly among concerning studies. Moreover, there is a scarcity of data about this condition in previously vaccinated subjects and infections caused by the omicron variant of SARS-CoV-2. Objectives: Estimate the prevalence and clinical features of post COVID-19 conditions in individuals managed in an outpatient, primary care setting during the acute phase of the disease. Methods: Retrospective cohort with data collection through telephone interviews and medical record review, with a sample of patients treated for COVID-19 during the first semester of 2022 in a primary care center located in the central area of Porto Alegre (Brazil). Results: Among 137 participating subjects, 59 (43,1%) reported that their general health status hadn’t returned to baseline, pre-COVID-19 levels, and persisted with at least 1 symptom after a mean interval of 268 days. The most frequently reported symptoms were memory loss (61%), fatigue (47,5%), concentration impairment (37,3%), mental sluggishness (33,9%), hair loss (22%), insomnia (22%), dyspnea (18,6%) and headaches (16,9%). These conditions were associated with female sex (OR 3,92) and higher age, particularly 45 or older (OR 2,24). Conclusions: Despite its limitations, this study demonstrates that a significant portion of COVID-19 patients presents with persistent symptoms for more than 9 months after its acute phase, notwithstanding widespread vaccination and low disease severity. Additionally, older adults and female patients seem to have a higher risk for developing these conditions.application/pdfporCOVID-19Síndrome de COVID-19 pós-agudaAtenção primária à saúdePrevalênciaSinais e sintomasPorto Alegre (RS)Long COVIDPost COVID-19 conditionsPost-acute sequelae of COVID-19PASCPrimary careAvaliação da prevalência e características de sintomas prolongados pós COVID-19 no município de Porto Alegreinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisUniversidade Federal do Rio Grande do SulFaculdade de MedicinaPrograma de Pós-Graduação em EpidemiologiaPorto Alegre, BR-RS2023mestradoinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFRGSinstname:Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)instacron:UFRGSTEXT001177288.pdf.txt001177288.pdf.txtExtracted Texttext/plain82533http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/265217/2/001177288.pdf.txtaeae82c77a55f05530b9a0548242e73fMD52ORIGINAL001177288.pdfTexto parcialapplication/pdf717972http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/265217/1/001177288.pdf11dc18ca87ab1826e6c8475d19889d7aMD5110183/2652172024-08-10 06:33:29.280676oai:www.lume.ufrgs.br:10183/265217Biblioteca Digital de Teses e Dissertaçõeshttps://lume.ufrgs.br/handle/10183/2PUBhttps://lume.ufrgs.br/oai/requestlume@ufrgs.br||lume@ufrgs.bropendoar:18532024-08-10T09:33:29Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFRGS - Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)false |
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