“Maria da Vila matilde” e “Marido da orgia” formas de dizer/cantar sobre a violência contra mulheres : a canção popular brasileira no ensino de História

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Brum, Letícia Morales
Data de Publicação: 2020
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFRGS
Texto Completo: http://hdl.handle.net/10183/218576
Resumo: O presente trabalho busca desenvolver uma reflexão sobre a canção popular brasileira como recurso didático e seu uso como documento ou fonte na sala de aula, por meio de oficina didática para o Ensino Médio, através da qual estudantes consigam problematizar temas sensíveis por meio de uma abordagem temporalizada (permanência, mudanças e “o que fazer”). A música, por ser produção cultural, pode ser utilizada como fonte histórica, pois seus compositores e intérpretes carregam o registro da sua época. Sendo assim, a canção é um instrumento didático potente, pois colabora nos debates e na problematização sobre temas sensíveis no Ensino de História, por exemplo, a violência de gênero. Ancorado no referencial teórico decolonial das autoras María Lugones e Rita Segato para pensar sobre violência e gênero no microcosmos escolar, este trabalho conta, também, com o aporte da autora Miriam Hermeto sobre Ensino de História e Canção, a reflexão de Luis Tatit sobre a canção enquanto narrativa que tematiza sobre dilemas e angustias da sociedade brasileira, as ideias de Pauline Oliveros sobre a Escuta Profunda e, enlaçando a construção da oficina, as ideias de Paulo Freire que referenciam os aspectos dialógicos oportunizados no tripé: sentir-pensar-agir . Na oficina proponho a escuta de duas canções compostas em contextos distintos, mas com a mesma temática para pensar a dimensão histórica. “Maria da Vila Matilde” (2015) interpretada por Elza Soares e “Marido da Orgia” interpretada por Aracy de Almeida (1937) que, analisadas em conjunto com outras fontes, (plataforma “Relógios da Violência”, Código Penal de 1940, leis 11.304/06 (Maria da Penha) e 13.104/15 (feminicídio), Atlas da Violência) conduzem os educandos a aprenderem a lidar com documentos, a refletir sobre conceitos históricos, a perguntar sobre o porquê da necessidade de leis exclusivas para mulheres e por que o Brasil ocupa a quinta posição mundial em assassinatos de mulheres. A investigação ancorou-se na etnografia escolar através de diários de campo e de documentos de autoria dos e das estudantes compondo o corpus da pesquisa. Palavras-chave: Ensino de História. Canção Popular Brasileira. Violência contra Mulheres. Aracy de Almeida. Elza Soares.
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Ancorado no referencial teórico decolonial das autoras María Lugones e Rita Segato para pensar sobre violência e gênero no microcosmos escolar, este trabalho conta, também, com o aporte da autora Miriam Hermeto sobre Ensino de História e Canção, a reflexão de Luis Tatit sobre a canção enquanto narrativa que tematiza sobre dilemas e angustias da sociedade brasileira, as ideias de Pauline Oliveros sobre a Escuta Profunda e, enlaçando a construção da oficina, as ideias de Paulo Freire que referenciam os aspectos dialógicos oportunizados no tripé: sentir-pensar-agir . Na oficina proponho a escuta de duas canções compostas em contextos distintos, mas com a mesma temática para pensar a dimensão histórica. “Maria da Vila Matilde” (2015) interpretada por Elza Soares e “Marido da Orgia” interpretada por Aracy de Almeida (1937) que, analisadas em conjunto com outras fontes, (plataforma “Relógios da Violência”, Código Penal de 1940, leis 11.304/06 (Maria da Penha) e 13.104/15 (feminicídio), Atlas da Violência) conduzem os educandos a aprenderem a lidar com documentos, a refletir sobre conceitos históricos, a perguntar sobre o porquê da necessidade de leis exclusivas para mulheres e por que o Brasil ocupa a quinta posição mundial em assassinatos de mulheres. A investigação ancorou-se na etnografia escolar através de diários de campo e de documentos de autoria dos e das estudantes compondo o corpus da pesquisa. Palavras-chave: Ensino de História. Canção Popular Brasileira. Violência contra Mulheres. Aracy de Almeida. Elza Soares.The work seeks to develop a reflexion on popular brazilian music as a didactic resource and its use as a document or source in the classroom through the didactic workshop for highschool, in which students will be able to problematize sensitive themes using an temporalized approach (permanence, changes and “what to do”) . The music being a cultural production, can be utilized as an historic source because its composers and performers carry the registers of their time. Therefore, the song is a potent didactic instrument because it colaborates on debates and the problematization of sensitive topics on historic teaching, for instance: gender-based violence. Anchored in the theoretical framework of the decolonial authors María Lugones and Rita Segato, to think about violence and gender in the school microcosm, this work also counts with the contribution of Miriam Hermeto about the teaching of History and Song, the reflections of Luis Tatit about the song as a narrative that thematizes dilemmas and anguishes of the brazillian society, the ideas of Pauline Oliveros about Deep Listening and, linking the construction of the workshop, the ideas of Paulo Freire that reference dialogic aspects provided on the tripod: feel-think-act. In the workshop I propose the listening of two songs “Maria da Vila Matilde” (2015) interpreted by Elza Soares and “Marido da Orgia” interpreted by Aracy de Almeida (1973) that, analized in in conjunction with other sources (plataform “Relógios da Violência”, penal code of 1940, laws 11.304/06 (Maria da Penha) and 13.104/15 (feminicide), Atlas da Violência) allow the students to learn to Interact with documents, reflect on historic concepts, question the necessity of laws exclusive to women and why Brazil occupies the fifth world position on feminicide. The investigation anchores itself on the school ethnography through the field diaries and documents authored by students composing the research corpus.application/pdfporAlmeida, Aracy deSoares, Elza, 1937-Ensino de históriaCanção popularViolência domésticaHistóriaTeaching of HistoryPopular Brazilian MusicViolence against Women“Maria da Vila matilde” e “Marido da orgia” formas de dizer/cantar sobre a violência contra mulheres : a canção popular brasileira no ensino de Históriainfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisUniversidade Federal do Rio Grande do SulInstituto de Filosofia e Ciências HumanasPrograma de Pós-Graduação em Ensino de HistóriaPorto Alegre, BR-RS2020mestradoinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFRGSinstname:Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)instacron:UFRGSTEXT001123319.pdf.txt001123319.pdf.txtExtracted Texttext/plain355852http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/218576/2/001123319.pdf.txt94bd3f7652d925d31255d96154c9fc0bMD52ORIGINAL001123319.pdfTexto completoapplication/pdf3735907http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/218576/1/001123319.pdf32206681867da025ff22e79dce724ff6MD5110183/2185762021-05-07 04:34:51.377884oai:www.lume.ufrgs.br:10183/218576Biblioteca Digital de Teses e Dissertaçõeshttps://lume.ufrgs.br/handle/10183/2PUBhttps://lume.ufrgs.br/oai/requestlume@ufrgs.br||lume@ufrgs.bropendoar:18532021-05-07T07:34:51Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFRGS - Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)false
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