Sobrevida e recuperação renal após a alta hospitalar em pacientes criticamente enfermos submetidos a diálise

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Balbinotto, Antonio
Data de Publicação: 2012
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFRGS
Texto Completo: http://hdl.handle.net/10183/66681
Resumo: Introdução: Nos últimos anos, a literatura médica tem se interessado pelas consequências no longo prazo da insuficiência renal aguda (IRA), sobretudo sua relação com a doença renal crônica (DRC) e maior risco de mortalidade. Objetivo: Determinar a sobrevida tardia (após a alta hospitalar) e a recuperação da função renal (retirada do tratamento dialítico) nos pacientes criticamente enfermos sobreviventes que foram submetidos a terapia renal substitutiva (TRS) por IRA severa e analisar os fatores prognósticos envolvidos. Método: Estudo de coorte prospectivo de pacientes criticamente enfermos com IRA severa que foram seguidos após a alta hospitalar para analisar os fatores prognósticos associados com mortalidade e com dependência de TRS. Resultados: Após excluir pacientes submetidos a transplante renal e hemodiálise crônica, 408 pacientes submetidos a TRS na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) foram incluídos. Na amostra, 99 (24,3%) pacientes apresentaram doença renal crônica prévia (DRCp), definida como creatinina sérica basal ≥ 1.5 mg/dL. A taxa de fatalidade foi 69% na UTI e 74% no hospital e 107 pacientes tiveram alta hospitalar. Após um seguimento médio de 287±192 dias, 80 pacientes (77%) estavam vivos e 69 deles fora de tratamento dialítico. As variáveis associadas com a mortalidade foram a DRCp (p=0.007), a idade (p=0.003) e a presença de sepse na UTI (p=0.003). As variáveis independentemente associadas com a permanência em diálise foram a DRCp (p=0.029) e a idade (p=0.023). Os sobreviventes de um episódio de IRA sem apresentar DRCp têm uma baixa probabilidade de permanecer em terapia dialítica (<1%). Conclusões: Os pacientes criticamente enfermos, com IRA severa e que necessitaram de TRS, têm uma mortalidade após a alta hospitalar associada com a DRCp, com a sepse e com a idade. Devido à gravidade destes pacientes e pelo risco de perda de função renal com necessidade de TRS, nós sugerimos que eles devam ter um seguimento estruturado com uma equipe multidisciplinar para continuamente monitorar a função renal após a alta hospitalar.
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