Sobre psicologias e psicoterapias feministas no Brasil e em Portugal

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Silva, Marília Saldanha da
Data de Publicação: 2018
Tipo de documento: Tese
Idioma: por
Título da fonte: Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFRGS
Texto Completo: http://hdl.handle.net/10183/181361
Resumo: Neste estudo busquei pensar que psicologias se mesclaram com vertentes do feminismo dentro de uma perspectiva histórica para refletir sobre o que algumas autoras têm denominado psicologia feminista, bem como, psicoterapia feminista. Ajustei o foco sobre os conhecimentos produzidos no encontro dos saberes, psicologia e feminismo. Para me apropriar do campo problemático brasileiro tomei dois caminhos iniciais. O primeiro mais descritivo constituiu-se num percurso histórico para me situar sobre as ações dos movimentos feministas na relação com os centros de referência para mulheres em situação de violência e sobre os embasamentos teóricos das práticas psicológicas nestas políticas públicas. O segundo caminho foi um estudo exploratório que se baseou numa revisão não-sistemática em revistas feministas, revistas de psicologia e nas bases de dados Web of Science e Scopus para identificar se no campo acadêmico estava se produzindo artigos sobre psicologias feministas. A reflexividade que foi sendo construída até aqui conduziu à experiência do estágio doutoral no Núcleo de Pesquisa em Gênero, Diversidade e Sexualidade na Universidade do Porto. Com a imersão na realidade acadêmica portuguesa desenvolvi outro estudo exploratório sobre a posição das psicologias feministas no campo acadêmico português e das psicoterapias feministas por meio do contato com quatro pesquisadoras envolvidas com a temática. Deste modo, para poder produzir reflexões sobre o contexto brasileiro, três pesquisadoras envolvidas com psicologia feminista no Brasil também foram entrevistadas. Esta pesquisa não se constituiu num estudo comparativo e sim numa análise deste circuito, desta rede enunciativa luso-brasileira e o que dá sentido para a afirmação e/ou identificação com uma psicologia feminista respeitando as lógicas diferenciadas da Psicologia, assim como, o campo da psicologia social e da psicoterapia de cada país que são distintas. No que tange à metodologia, me apoiei na análise arquegenealógica de Michel Foucault para tomar os discursos na sua exterioridade e buscar as condições de possibilidade para a emergência de psicologias/psicoterapias feministas nos países estudados. Sem buscar verdades, psicologias ou psicoterapias mais verdadeiras que outras busquei me referir aos discursos constitutivos destas práticas enquanto produções históricas.
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O segundo caminho foi um estudo exploratório que se baseou numa revisão não-sistemática em revistas feministas, revistas de psicologia e nas bases de dados Web of Science e Scopus para identificar se no campo acadêmico estava se produzindo artigos sobre psicologias feministas. A reflexividade que foi sendo construída até aqui conduziu à experiência do estágio doutoral no Núcleo de Pesquisa em Gênero, Diversidade e Sexualidade na Universidade do Porto. Com a imersão na realidade acadêmica portuguesa desenvolvi outro estudo exploratório sobre a posição das psicologias feministas no campo acadêmico português e das psicoterapias feministas por meio do contato com quatro pesquisadoras envolvidas com a temática. Deste modo, para poder produzir reflexões sobre o contexto brasileiro, três pesquisadoras envolvidas com psicologia feminista no Brasil também foram entrevistadas. Esta pesquisa não se constituiu num estudo comparativo e sim numa análise deste circuito, desta rede enunciativa luso-brasileira e o que dá sentido para a afirmação e/ou identificação com uma psicologia feminista respeitando as lógicas diferenciadas da Psicologia, assim como, o campo da psicologia social e da psicoterapia de cada país que são distintas. No que tange à metodologia, me apoiei na análise arquegenealógica de Michel Foucault para tomar os discursos na sua exterioridade e buscar as condições de possibilidade para a emergência de psicologias/psicoterapias feministas nos países estudados. Sem buscar verdades, psicologias ou psicoterapias mais verdadeiras que outras busquei me referir aos discursos constitutivos destas práticas enquanto produções históricas.In this study I tried to think which psychologies have merged with feminist strands within a historical perspective to reflect on what some authors have called feminist psychology as well as feminist psychotherapy. I focused on the knowledge produced in the meeting of knowledge, psychology and feminism. To take ownership of the problematic Brazilian field I took two initial paths. The first was a more descriptive historical route to situate me about the actions of the feminist movements in the relation with the centers of reference for women in situation of violence and on the theoretical bases of the psychological practices in these public policies. The second path was an exploratory study that relied on a non-systematic review in feminist journals, psychology journals, and the Web of Science and Scopus databases to identify whether articles on feminist psychologies were being produced in the academic field. The reflexivity that has been built so far has led to the experience of the doctoral stage in the research group on Gender, Diversity and Sexuality at the University of Porto. With the immersion in Portuguese academic reality I developed another exploratory study on the position of feminist psychologies in the Portuguese academic field and feminist psychotherapies through the contact with four researchers involved with the subject. Thus, in order to produce reflections on the Brazilian context, three researchers involved with feminist psychology in Brazil were also interviewed. This research was not constituted in a comparative study but in an analysis of this circuit, of this enunciative Luso-Brazilian network and what gives meaning to the affirmation and / or identification with a feminist psychology respecting the differentiated logics of Psychology, as well as, the field of social psychology and psychotherapy of each country that are distinct. With regard to methodology, I relied on the archegenealogical analysis of Michel Foucault to take the discourses in their exteriority and seek the conditions of possibility for the emergence of feminist psychologies / psychotherapies in the countries studied. Without seeking truths, psychologies or psychotherapies more truthful than others, I have tried to refer to the discourses constituting these practices as historical productions.application/pdfporFeminismoMulheresPsicoterapiaGêneroPsicologiaViolênciaFeminist PsychologyViolencesWomenGenderFeminismsFeminist PsychotherapySobre psicologias e psicoterapias feministas no Brasil e em Portugalinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/doctoralThesisUniversidade Federal do Rio Grande do SulInstituto de PsicologiaPrograma de Pós-Graduação em Psicologia Social e InstitucionalPorto Alegre, BR-RS2018doutoradoinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFRGSinstname:Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)instacron:UFRGSORIGINAL001075033.pdfTexto completoapplication/pdf1397858http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/181361/1/001075033.pdfe5380459cf68ce48b21cb16c78aa73b3MD51TEXT001075033.pdf.txt001075033.pdf.txtExtracted Texttext/plain344567http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/181361/2/001075033.pdf.txt3dd67628c0abb7f905a09300418e96cfMD52THUMBNAIL001075033.pdf.jpg001075033.pdf.jpgGenerated Thumbnailimage/jpeg707http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/181361/3/001075033.pdf.jpg0b65f7994b2364804c022ae547d8505dMD5310183/1813612018-10-05 07:43:22.685oai:www.lume.ufrgs.br:10183/181361Biblioteca Digital de Teses e Dissertaçõeshttps://lume.ufrgs.br/handle/10183/2PUBhttps://lume.ufrgs.br/oai/requestlume@ufrgs.br||lume@ufrgs.bropendoar:18532018-10-05T10:43:22Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFRGS - Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)false
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