O método de prova da dedução transcendental e sua aplicação na crítica da faculdade de juízo teleológico
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2018 |
Tipo de documento: | Tese |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFRGS |
Texto Completo: | http://hdl.handle.net/10183/193034 |
Resumo: | Este trabalho possui duas partes. A primeira parte é dedicada a defender uma interpretação da Dedução Transcendental (DT) das Categorias do entendimento humano da Crítica da Razão Pura (CRP) de Immanuel Kant. A interpretação defendida é discutida com as interpretações de Karl Ameriks e Peter Strawson e inspirada na correspondência de Kant com Salomon Maimon. O argumento da DT é entendido como partindo de uma definição geral de experiência, a qual é chamada de endoxa pelo fato de poder ser compartilhada com a tradição filosófica, especialmente por um interlocutor cético, como David Hume, o qual é entendido como interlocutor privilegiado de Kant no argumento da DT. A prova consiste em explicar o meio através do qual as faculdades cognitivas humanas, supostas ao longo da CRP, são aptas a satisfazer os requisitos sine qua non da definição de experiência da qual se partiu. A conclusão do argumento da DT seria que aquela definição de experiência é instanciável, isto é, que a experiência é passível de ser alcançada, caso os poderes cognitivos humanos sejam os supostos pelas CRP. A segunda parte do trabalho consiste em uma proposta interpretativa do texto da Crítica da Faculdade do Juízo Teleológico (CFJT) segundo a qual esse texto de Kant possui um mesmo tipo de argumento que a DT das Categorias Diante disso, foi proposta uma análise do texto e uma estrutura argumentativa. O ponto de partida da argumentação de Kant, na CFJT, seria uma definição de natureza como uma experiência toda unificada em um sistema de leis empíricas. A partir dessa definição seria desenvolvido o argumento segundo o qual essa natureza deve ser pensada em harmonia com nossas faculdades, como se nossas faculdades e a natureza tivessem sido criadas por um entendimento (não humano) para que pudéssemos conhecer essas leis estivéssemos aptos a sistematizá-las de forma ordenada. Essa proposta de leitura do texto da CFJT se propõe a ser uma contribuição à literatura no sentido de ser uma continuidade dos trabalhos de McLaughlin (2014) e Horstmann (1989) que discutem a questão da ideia de uma DT na CFJT. |
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Teles, AlexandreAltmann, Silvia2019-04-17T02:36:16Z2018http://hdl.handle.net/10183/193034001088815Este trabalho possui duas partes. A primeira parte é dedicada a defender uma interpretação da Dedução Transcendental (DT) das Categorias do entendimento humano da Crítica da Razão Pura (CRP) de Immanuel Kant. A interpretação defendida é discutida com as interpretações de Karl Ameriks e Peter Strawson e inspirada na correspondência de Kant com Salomon Maimon. O argumento da DT é entendido como partindo de uma definição geral de experiência, a qual é chamada de endoxa pelo fato de poder ser compartilhada com a tradição filosófica, especialmente por um interlocutor cético, como David Hume, o qual é entendido como interlocutor privilegiado de Kant no argumento da DT. A prova consiste em explicar o meio através do qual as faculdades cognitivas humanas, supostas ao longo da CRP, são aptas a satisfazer os requisitos sine qua non da definição de experiência da qual se partiu. A conclusão do argumento da DT seria que aquela definição de experiência é instanciável, isto é, que a experiência é passível de ser alcançada, caso os poderes cognitivos humanos sejam os supostos pelas CRP. A segunda parte do trabalho consiste em uma proposta interpretativa do texto da Crítica da Faculdade do Juízo Teleológico (CFJT) segundo a qual esse texto de Kant possui um mesmo tipo de argumento que a DT das Categorias Diante disso, foi proposta uma análise do texto e uma estrutura argumentativa. O ponto de partida da argumentação de Kant, na CFJT, seria uma definição de natureza como uma experiência toda unificada em um sistema de leis empíricas. A partir dessa definição seria desenvolvido o argumento segundo o qual essa natureza deve ser pensada em harmonia com nossas faculdades, como se nossas faculdades e a natureza tivessem sido criadas por um entendimento (não humano) para que pudéssemos conhecer essas leis estivéssemos aptos a sistematizá-las de forma ordenada. Essa proposta de leitura do texto da CFJT se propõe a ser uma contribuição à literatura no sentido de ser uma continuidade dos trabalhos de McLaughlin (2014) e Horstmann (1989) que discutem a questão da ideia de uma DT na CFJT.This dissertation has two parts. The first part defends an interpretation of Immanuel Kant's Transcendental Deduction (TD) of Categories of human understanding in the Critic of Pure Reason (CPR). The interpretation is presented in contrast with the interpretations of Karl Ameriks and Peter Strawson, and is inspired by Kant’s correspondence with Salomon Maimon. The argument of the TD is understood as starting from a general definition of experience, which is called endoxa due the fact that it can be shared with the philosophical tradition, especially by a skeptic like David Hume, who is understood as Kant's privileged interlocutor in TD's argument. The proof is interpreted as aiming to explain the way in which the human cognitive faculties assumed throughout the CPR are able to satisfy the sine qua non requirements of this definition. The conclusion of the argumento of the TD would be that this definition of experience can be instanciated, that is, that experience is achievable if human cognitive powers are those assumed by CPR. The second part of the work consists of an interpretative proposal of the text of the Critique of the Power of the Teleological Judgment (CPTJ) The interpretations defended is that this text has the same type of argument that we found on TD of the Categories. In fact, an analysis of the text and an argumentative structure was proposed. The starting point of Kant's argument in CPTJ would be a definition of nature as an unified experience in a system of empirical laws. From this definition would be developed the argument that this nature should be thought in harmony with our faculties, as if our faculties and nature had been created by an understanding (not human) so that, only through this way, we could know these laws and be able to systematize them, in an orderly manner. This proposal to read the text of the CPTJ aims to be a contribution to literature in order to be a continuity of the works of McLaughlin (2014) and Horstmann (1989) that discuss the question of the idea of a DT in the CPTJ.application/pdfporKant, Immanuel, 1724-1804Maimon, Salomon, 1754-1800Dedução transcendentalFilosofia da naturezaArgumento transcendentalFilosofiaTranscendental deductionPhilosophy of natureTranscendental argumentO método de prova da dedução transcendental e sua aplicação na crítica da faculdade de juízo teleológicoinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/doctoralThesisUniversidade Federal do Rio Grande do SulInstituto de Filosofia e Ciências HumanasPrograma de Pós-Graduação em FilosofiaPorto Alegre, BR-RS2018doutoradoinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFRGSinstname:Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)instacron:UFRGSTEXT001088815.pdf.txt001088815.pdf.txtExtracted Texttext/plain474306http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/193034/2/001088815.pdf.txtd375e14b1d4b947ed6e9f5c9d14aa6deMD52ORIGINAL001088815.pdfTexto completoapplication/pdf1255306http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/193034/1/001088815.pdf3857c942c39d84b32959f33390221484MD5110183/1930342020-08-27 03:37:06.133396oai:www.lume.ufrgs.br:10183/193034Biblioteca Digital de Teses e Dissertaçõeshttps://lume.ufrgs.br/handle/10183/2PUBhttps://lume.ufrgs.br/oai/requestlume@ufrgs.br||lume@ufrgs.bropendoar:18532020-08-27T06:37:06Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFRGS - Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)false |
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