Situação da violência autoprovocada entre jovens, na área rural, no estado do Rio Grande do Sul : análise dos dados do Sistema de Informação de Agravos de Notificação (SINAN) de 2014 a 2018

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Faresin, Odaísa Cristiane
Data de Publicação: 2020
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFRGS
Texto Completo: http://hdl.handle.net/10183/224459
Resumo: Introdução: A violência, em todas as suas tipologias, é uma questão sensível de saúde pública no Brasil e no mundo. A violência autoprovocada é considerada uma lesão em que a pessoa inflige a si mesma, e pode ocorrer como comportamento suicida ou autoagressão. A Organização Mundial da Saúde indica que o suicídio é segunda causa de morte no mundo e a quarta causa de morte no Brasil, na faixa etária juvenil. Objetivo: analisar a situação de violência autoprovocada meio rural e urbano, na faixa etária entre 15 e 29 anos, no estado do Rio Grande do Sul (RS). Metodologia: trata-se de um estudo descritivo, que analisou as variáveis relacionadas ao ano de notificação, idade, sexo, município de residência, raça/cor, escolaridade, situação conjugal, orientação sexual, identidade de gênero, local de ocorrência, violência de repetição, meio de agressão, níveis de atenção e a classificação do IBGE 2017 das tipologias dos espaços: rural adjacente, rural remoto, intermediário adjacente e intermediário remoto. No período compreendido entre 2014 a 2018 no estado do RS. Resultados: foram identificadas 25.114 notificações de violência autoprovocada, e destas, 10.206 (40%) na faixa etária entre 15 a 29 anos. Identificou-se que nos municípios enquadrados na tipologia urbana há necessidade de avançar na identificação e no registro da violência entre jovens, tendo em vista que a captura do fenômeno prepondera na atenção terciária e permanece quase que invisível na atenção primária. Em consonância, os municípios na tipologia rural demonstram a importância da notificação de violência na atenção primária e da qualidade do registro. Urge nesse sentido a necessidade de sensibilizar as escolas e espaços de vivência cotidiana dos jovens como indispensáveis na rede de cuidado e de enfrentamento da violência autoprovocada. Conclusão: Entende-se que este estudo possa reforçar as abordagens de enfrentamento da violência no estado e dar subsídios para as políticas públicas vigentes, nas diferentes áreas envolvidas como saúde, assistência social, educação e segurança e que seja fomentador de debates e de análises tanto na comunidade acadêmica como na sociedade civil, e desta forma, contribuir na melhoria do processo de vigilância em saúde e educação em saúde e, por fim, na promoção da cultura de paz.
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Metodologia: trata-se de um estudo descritivo, que analisou as variáveis relacionadas ao ano de notificação, idade, sexo, município de residência, raça/cor, escolaridade, situação conjugal, orientação sexual, identidade de gênero, local de ocorrência, violência de repetição, meio de agressão, níveis de atenção e a classificação do IBGE 2017 das tipologias dos espaços: rural adjacente, rural remoto, intermediário adjacente e intermediário remoto. No período compreendido entre 2014 a 2018 no estado do RS. Resultados: foram identificadas 25.114 notificações de violência autoprovocada, e destas, 10.206 (40%) na faixa etária entre 15 a 29 anos. Identificou-se que nos municípios enquadrados na tipologia urbana há necessidade de avançar na identificação e no registro da violência entre jovens, tendo em vista que a captura do fenômeno prepondera na atenção terciária e permanece quase que invisível na atenção primária. Em consonância, os municípios na tipologia rural demonstram a importância da notificação de violência na atenção primária e da qualidade do registro. Urge nesse sentido a necessidade de sensibilizar as escolas e espaços de vivência cotidiana dos jovens como indispensáveis na rede de cuidado e de enfrentamento da violência autoprovocada. Conclusão: Entende-se que este estudo possa reforçar as abordagens de enfrentamento da violência no estado e dar subsídios para as políticas públicas vigentes, nas diferentes áreas envolvidas como saúde, assistência social, educação e segurança e que seja fomentador de debates e de análises tanto na comunidade acadêmica como na sociedade civil, e desta forma, contribuir na melhoria do processo de vigilância em saúde e educação em saúde e, por fim, na promoção da cultura de paz.Introduction: Violence, in all its types, is a sensitive public health issue in Brazil and worldwide. Self-inflicted violence is considered an injury in which the person inflicts himself, and can occur as suicidal behavior or self-harm. The World Health Organization indicates that suicide is the second leading cause of death in the world and the fourth leading cause of death in Brazil, in the youth age group. Objective: to analyze the situation of self-provoked violence in rural and urban areas, aged between 15 and 29 years, in the state of Rio Grande do Sul (RS). Methodology: this is a descriptive study, which analyzed the variables related to the year of notification, age, sex, municipality of residence, race / color, education, marital status, sexual orientation, gender identity, place of occurrence, violence of repetition, means of aggression, levels of attention and the IBGE 2017 classification of the types of spaces: adjacent rural, remote rural, adjacent intermediate and remote intermediate. In the period from 2014 to 2018 in the state of RS. Results: 25,114 notifications of self-inflicted violence were identified, and of these, 10,206 (40%) in the age group between 15 and 29 years. It was identified that in the municipalities framed in the urban typology there is a need to advance in the identification and registration of violence among young people, considering that the capture of the phenomenon predominates in tertiary care and remains almost invisible in primary care. Accordingly, municipalities in rural typology demonstrate the importance of reporting violence in primary care and the quality of the record. In this sense, there is an urgent need to sensitize schools and spaces for the daily experience of young people as indispensable in the care network and in facing self-harm. Conclusion: It is understood that this study can reinforce the approaches to confront violence in the state and provide subsidies for current public policies, in the different areas involved such as health, social assistance, education and security and that it is a stimulator of debates and analyzes both in the academic community as well as in civil society, and thus contribute to improving the health surveillance and health education process and, finally, promoting a culture of peace.application/pdfporViolênciaSaúde da população ruralSaúde da população urbanaSaúde do adolescenteViolenceRural healthUrban healthAdolescent healthSituação da violência autoprovocada entre jovens, na área rural, no estado do Rio Grande do Sul : análise dos dados do Sistema de Informação de Agravos de Notificação (SINAN) de 2014 a 2018Situation of self-inflicted violence among young people in rural areas in the state of Rio Grande do Sul : analysis of data from the Notifiable Diseases Information System (SINAN) from 2014 to 2018info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisUniversidade Federal do Rio Grande do SulEscola de EnfermagemPrograma de Pós-Graduação em Saúde ColetivaPorto Alegre, BR-RS2020mestradoinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFRGSinstname:Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)instacron:UFRGSTEXT001128943.pdf.txt001128943.pdf.txtExtracted Texttext/plain103560http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/224459/2/001128943.pdf.txt6d4d542b9aa876d7e9250d8d1ec4dc2eMD52ORIGINAL001128943.pdfTexto completoapplication/pdf2080276http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/224459/1/001128943.pdffa7981a63f38f3770d5902b80ce375f9MD5110183/2244592023-08-20 03:41:01.786914oai:www.lume.ufrgs.br:10183/224459Biblioteca Digital de Teses e Dissertaçõeshttps://lume.ufrgs.br/handle/10183/2PUBhttps://lume.ufrgs.br/oai/requestlume@ufrgs.br||lume@ufrgs.bropendoar:18532023-08-20T06:41:01Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFRGS - Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)false
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