O deserto de uma metassemântica esconde tamareiras em flor : o legado translinguístico de Émile Benveniste
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2010 |
Tipo de documento: | Tese |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFRGS |
Texto Completo: | http://hdl.handle.net/10183/26726 |
Resumo: | A presente pesquisa tem como fundamento epistemológico a Teoria da Enunciação de Émile Benveniste e visa à elaboração de uma metassemântica. Esta noção é nomeada no texto Semiologia da língua, quando Benveniste concebe a ultrapassagem do signo saussuriano como princípio único por duas vias: na análise intralinguística, pelo discurso, o semântico; na análise translinguística, pela elaboração de uma metassemântica que se construirá sobre a semântica da enunciação e será uma semiologia de segunda geração. O método de análise define a partir do estudo intrateórico de Problèmes de linguistique générale, 1, e Problèmes de linguistique générale, 2, seis princípios que possibilitam a análise translinguística no campo metassemântico. São: 1- A metassemântica é uma semiologia de segunda geração: tem como objeto o estudo das relações que se estabelecem entre sistemas semióticos linguísticos e não linguísticos. 2- A metassemântica é a análise das formas complexas do discurso: é a análise de qualquer fato humano, em que seja possível construir a relação entre o método global de apreensão do sentido e o método analítico, tendo por base a semântica da enunciação. 3- A metassemântica tem forma e sentido: sentido e forma são as necessárias faces do importante problema da significação, são noções gêmeas. 4- A metassemântica tem níveis de análise: a noção de nível permite que se reconheça, na complexidade das formas, a arquitetura singular das partes e do todo. 5- A metassemântica possibilita a construção de diversos aparelhos de enunciação: sistemas semióticos não linguísticos estabelecem relações que se definem por enunciações não linguísticas. 6- A metassemântica é sempre uma interpretação parcial do analista: o analista tem uma condição espaço-temporal diferente da condição espaçotemporal de seu objeto de análise. A pesquisa conclui que foi elaborada a metassemântica da metassemântica. |
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Bressan, Nilvia Thaís WeigertFlores, Valdir do Nascimento2010-11-11T04:20:19Z2010http://hdl.handle.net/10183/26726000759684A presente pesquisa tem como fundamento epistemológico a Teoria da Enunciação de Émile Benveniste e visa à elaboração de uma metassemântica. Esta noção é nomeada no texto Semiologia da língua, quando Benveniste concebe a ultrapassagem do signo saussuriano como princípio único por duas vias: na análise intralinguística, pelo discurso, o semântico; na análise translinguística, pela elaboração de uma metassemântica que se construirá sobre a semântica da enunciação e será uma semiologia de segunda geração. O método de análise define a partir do estudo intrateórico de Problèmes de linguistique générale, 1, e Problèmes de linguistique générale, 2, seis princípios que possibilitam a análise translinguística no campo metassemântico. São: 1- A metassemântica é uma semiologia de segunda geração: tem como objeto o estudo das relações que se estabelecem entre sistemas semióticos linguísticos e não linguísticos. 2- A metassemântica é a análise das formas complexas do discurso: é a análise de qualquer fato humano, em que seja possível construir a relação entre o método global de apreensão do sentido e o método analítico, tendo por base a semântica da enunciação. 3- A metassemântica tem forma e sentido: sentido e forma são as necessárias faces do importante problema da significação, são noções gêmeas. 4- A metassemântica tem níveis de análise: a noção de nível permite que se reconheça, na complexidade das formas, a arquitetura singular das partes e do todo. 5- A metassemântica possibilita a construção de diversos aparelhos de enunciação: sistemas semióticos não linguísticos estabelecem relações que se definem por enunciações não linguísticas. 6- A metassemântica é sempre uma interpretação parcial do analista: o analista tem uma condição espaço-temporal diferente da condição espaçotemporal de seu objeto de análise. A pesquisa conclui que foi elaborada a metassemântica da metassemântica.This research is epistemologically based on the Enunciation Theory of Émile Benveniste and proposes to achieve a metasemantics. This notion appears in the text Semiology of the language, when Benveniste conceives two ways to overthrown Saussurian sign as the only principle. Firstly, in the intralinguistic analysis, the discourse, the semantics. Secondly, in the translinguistic analysis by the elaboration of a metasemantics that will be built on the enunciation semantics and it will be a second generation semiology. The method of analysis defines, through an intratheorical study of Problèmes de linguistique générale 1, and Problèmes de linguistique générale 2, six principles that allow the translinguistc analysis in the metasemantics field. They are: 1- Metasemantics is a second generation semiology: its object of study is the relationship between linguistic and non-linguistic semiotic systems. 2- Metasemantics is the analysis of complex forms of discourse: it is the analysis of any human fact in which it is possible to reconstruct the relation between the global method of capturing the meaning and the analytical method based on the enunciation semantics. 3- Metasemantics has form and meaning: meaning and form are the two faces of signification, two twinned notions. 4- Metasemantics presents levels of analysis: this concept is the condition to recognize unique architectures of complex forms partially or as a whole. 5- Metasemantics is the possibility of the construction of several apparatus of enunciation: non-linguistic semiotic systems establish relations capable to allow non-linguistic enunciations. 6- Metasemantics is always a partial interpretation of the analyst: the space-time of the analyst is not the same space-time of his/her object. As conclusion, this research has developed the metasemantics of the metasemantics.application/pdfporTeoria da enunciaçãoMetassemânticaSemiologiaTranslinguísticaTeorias do textoLingüística geralAnálise do discursoBenveniste, Emile, 1902-1976MetasemanticsEnunciationTranslinguisticSecond generation semiologyO deserto de uma metassemântica esconde tamareiras em flor : o legado translinguístico de Émile Benvenisteinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/doctoralThesisUniversidade Federal do Rio Grande do SulInstituto de LetrasPrograma de Pós-Graduação em LetrasPorto Alegre, BR-RS2010doutoradoinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFRGSinstname:Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)instacron:UFRGSTEXT000759684.pdf.txt000759684.pdf.txtExtracted Texttext/plain278266http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/26726/2/000759684.pdf.txt0807db687f5f1d763f637c9b31610d11MD52ORIGINAL000759684.pdf000759684.pdfTexto completoapplication/pdf818044http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/26726/1/000759684.pdf3c6d59c4a0f1aa7d62fdb35ef4aec798MD51THUMBNAIL000759684.pdf.jpg000759684.pdf.jpgGenerated Thumbnailimage/jpeg962http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/26726/3/000759684.pdf.jpg459cb218f5bb8f6ada2c0e5248678069MD5310183/267262018-10-19 10:25:45.247oai:www.lume.ufrgs.br:10183/26726Biblioteca Digital de Teses e Dissertaçõeshttps://lume.ufrgs.br/handle/10183/2PUBhttps://lume.ufrgs.br/oai/requestlume@ufrgs.br||lume@ufrgs.bropendoar:18532018-10-19T13:25:45Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFRGS - Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)false |
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