Uma reflexão sobre as tonalidades afetivas a partir da cotidianidade de Dasein

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Rodrigues, Nathalia
Data de Publicação: 2023
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFRGS
Texto Completo: http://hdl.handle.net/10183/271618
Resumo: A presente pesquisa destaca as “tonalidades afetivas” descritas na obra do filósofo Martin Heidegger. Restringiu-se o escopo dessa investigação entre parágrafos de Ser e Tempo e Conceitos fundamentais da metafisica: mundo finitude e solidão, visto que em ambas as obras, as tonalidades afetivas possuem um lugar privilegiado dentro das discussões propostas pelo autor. Sendo que em Ser e Tempo, as tonalidades afetivas aparecem como existenciário de Dasein, o ente que pergunta pelo sentido do ser, tarefa de Ser e Tempo. No segundo texto, Conceitos fundamentais da metafisica: mundo, finitude e solidão, a tonalidade afetiva aparece para expressar o momento em que Dasein, tomado por determinada tonalidade afetiva é descaracterizado de sua temporalidade familiar. Primeiramente, ressaltamos a Befindlichkeit como o existenciário que permite as tonalidades afetivas, esta é parte constitutiva e, portanto, fundamental na estrutura ontológica de Dasein. O fenômeno chamado de “abertura” proporcionada pela Befindlichkeit permite que Dasein veja a si mesmo como ele é, e este é, entre outras coisas, ser-com-o-outro que se dá no mundo. Assim sendo, Dasein está sempre tomado por uma tonalidade afetiva, e este é, no mais das vezes, decaído no mundo, ou seja, mantem-se em sua ocupação cotidiana. E mesmo a exceção dessa decadência se dá a partir das próprias tonalidades afetivas, descritas como fundamentais que “retiram” Dasein do seu modo de ser decaído no mundo. No entanto, Heidegger não tem como objetivo debruçar-se sobre todos os aspectos ou a “influência” de todas as tonalidades afetivas nas relações cotidianas de Dasein, destacando apenas as tonalidades afetivas fundamentais. Evidencia-se a partir disso, que a fenomenologia de Heidegger, no que tange as tonalidades afetivas, nos deixa essa ampla tarefa.
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