Orgulho, vergonha e culpa e suas relações com os estilos parentais em adolescentes

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Laskoski, Lorena Maria
Data de Publicação: 2012
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFRGS
Texto Completo: http://hdl.handle.net/10183/264043
Resumo: As emoções morais habilitam as pessoas a julgarem o que a sociedade considera moral e estão no cerne das motivações e regulações de comportamentos sociais. Os pais oferecem aos seus filhos fontes ricas de informação sobre o mundo emocional através de suas próprias manifestações de afetos. Dentre as emoções morais podem-se citar Orgulho, Vergonha e Culpa. As evidências de relações dessas emoções com o ambiente familiar podem contribuir para o entendimento de como essas emoções se desenvolvem e predizer comportamentos adequados socialmente. A partir desse entendimento, este estudo teve como objetivo verificar as relações dos estilos parentais percebidos por adolescentes com orgulho, vergonha e culpa. Para esta finalidade, foram construídas e validadas escalas para mensurar orgulho, vergonha e culpa em adolescentes. Para a construção das escalas utilizou-se uma amostra de 580 adolescentes que responderam um questionário autoaplicável, média de idade 16,0 anos, 55% do sexo feminino, sendo todos estudantes do ensino médio dos Estados do Rio Grande do Sul, Paraná e Rio de Janeiro. Todas as escalas apresentaram evidências de validade e adequados índices de precisão. Para o orgulho, o instrumento afere duas dimensões: orgulho Autêntico e orgulho Arrogante; a vergonha é avaliada em uma única dimensão; já a culpa também é medida em dois fatores: culpa Reconhecimento do Erro e culpa Arrependimento. Na investigação das relações entre os estilos parentais e as emoções morais, 263 estudantes da amostra total responderam, além das escalas construídas, uma escala de responsividade e exigência parental. Foram encontradas diferenças significativas entre os quatro estilos parentais percebidos e os níveis das emoções avaliadas. O orgulho Autêntico apresentou maiores médias entre aqueles cujos estilos parentais eram formados por escores altos em responsividade. Para a vergonha o estilo parental Autoritário destacou adolescentes com maiores médias. O fator da culpa Reconhecimento do Erro mostrou-se superior entre aqueles do estilo Autoritativo. Os resultados indicaram que a forma como os adolescentes perceberam seu ambiente familiar pode influenciar a maneira como eles experienciam as emoções morais.
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Para a construção das escalas utilizou-se uma amostra de 580 adolescentes que responderam um questionário autoaplicável, média de idade 16,0 anos, 55% do sexo feminino, sendo todos estudantes do ensino médio dos Estados do Rio Grande do Sul, Paraná e Rio de Janeiro. Todas as escalas apresentaram evidências de validade e adequados índices de precisão. Para o orgulho, o instrumento afere duas dimensões: orgulho Autêntico e orgulho Arrogante; a vergonha é avaliada em uma única dimensão; já a culpa também é medida em dois fatores: culpa Reconhecimento do Erro e culpa Arrependimento. Na investigação das relações entre os estilos parentais e as emoções morais, 263 estudantes da amostra total responderam, além das escalas construídas, uma escala de responsividade e exigência parental. Foram encontradas diferenças significativas entre os quatro estilos parentais percebidos e os níveis das emoções avaliadas. O orgulho Autêntico apresentou maiores médias entre aqueles cujos estilos parentais eram formados por escores altos em responsividade. Para a vergonha o estilo parental Autoritário destacou adolescentes com maiores médias. O fator da culpa Reconhecimento do Erro mostrou-se superior entre aqueles do estilo Autoritativo. Os resultados indicaram que a forma como os adolescentes perceberam seu ambiente familiar pode influenciar a maneira como eles experienciam as emoções morais.Moral emotions permit that people judge what society considers moral and are at the core of the motivations and adjustments of social behaviors. Parents give their children rich sources of information about the emotional world through their own expressions of affection. Among the moral emotions pride, shame and guilt can be cited. Evidences of relationship between these emotions with the family environment can contribute to understanding of how these emotions develop and predict behaviors adequate socially. From this understanding, this study aimed to verify the relationship of parental styles perceived by teenagers with the levels of pride, shame and guilt. For this purpose, scales were created and validated to measure pride, shame and guilt in adolescents. For the construction of the scales a sample of 580 teenagers who answered a questionnaire was used, 55% females, and all were high school students of the states of Rio Grande do Sul, Paraná and Rio de Janeiro. All scales presented evidence for validity and appropriate reliability. For pride, the instrument gauges two dimensions: Authentic pride and Hubristic pride; shame is evaluated in a single dimension; whereas guilt also is measured in two dimensions: Guilt-Recognition of Error and Guilt-Remorse. In the research for the relationship between parental styles and moral emotions, 263 students of the total sample responded a scale of perceived parental styles besides the aforementioned scales. Significant differences were found between the four parenting styles and perceived levels of emotions evaluated. The Authentic pride showed to be higher for those whose parental styles were formed by high scores in responsiveness. For shame, the group whose parents had an Authoritarian style scored higher. The size of the guilt-Recognition of error showed to be higher among those with Authoritative style. The results indicated that the way teenagers perceived their family environment can influence the way they experience the moral emotions.application/pdfporAdolescenteVergonhaCulpaOrgulhoMoralEstilo parentalOrgulho, vergonha e culpa e suas relações com os estilos parentais em adolescentesinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisUniversidade Federal do Rio Grande do SulInstituto de PsicologiaPrograma de Pós-Graduação em PsicologiaPorto Alegre, BR-RS2012mestradoinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFRGSinstname:Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)instacron:UFRGSTEXT000897396.pdf.txt000897396.pdf.txtExtracted Texttext/plain30742http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/264043/2/000897396.pdf.txt90bc285873259e60d1027a757ca9ebf6MD52ORIGINAL000897396.pdfTexto parcialapplication/pdf355085http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/264043/1/000897396.pdfea2482ffb478211a0a6f70acd199da14MD5110183/2640432023-08-30 03:59:00.097334oai:www.lume.ufrgs.br:10183/264043Biblioteca Digital de Teses e Dissertaçõeshttps://lume.ufrgs.br/handle/10183/2PUBhttps://lume.ufrgs.br/oai/requestlume@ufrgs.br||lume@ufrgs.bropendoar:18532023-08-30T06:59Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFRGS - Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)false
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