Ecografia pulmonar em pacientes com insuficiência cardíaca com fração de ejeção reduzida estáveis

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Bridi, Leonardo Hennig
Data de Publicação: 2018
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFRGS
Texto Completo: http://hdl.handle.net/10183/188730
Resumo: A insuficiência cardíaca com fração de ejeção reduzida (ICFER) tem como um importante alvo terapêutico o controle da congestão pulmonar. Entretanto, o exame físico muitas vezes falha em detectar adequadamente congestão nos pacientes ambulatoriais. Desta forma, a ecografia pulmonar é uma ferramenta útil para a detecção de congestão e pode facilitar o manejo clínico desses pacientes. No presente trabalho, tivemos por objetivo avaliar o uso da ecografia pulmonar para a detecção de congestão pulmonar em pacientes com ICFER e compará-la com outras medidas de congestão. Para isto, foi realizada ecografia pulmonar e outros métodos de detecção de congestão e de performance física em pacientes estáveis ambulatoriais com ICFER e sem evidência clínica de congestão. O número de linhas B na ecografia pulmonar foi comparada com os outros métodos e com desfechos clínicos. Foram incluídos 52 pacientes com ICFER (60±14anos; 77% masculinos) entre 2015 e 2018. A mediana de linhas B foi 5(2.75 10.00) e a mediana de NT-proBNP foi 649(277; 1604). Sete pacientes (13.5%) foram definidos como congestos somente pela ecografia pulmonar. Houve relação significativa entre o número de linhas B e a medida de NT-proBNP, escore clínico de congestão e o teste de caminhada de 6 minutos. Não houve diferença significativa no número de linhas B entre os grupos de pacientes com necessidade de uso adicional de furosemida. Em vista destes achados, em pacientes com ICFER estáveis, a ecografia pulmonar detectou congestão em pacientes que clinicamente não estavam congestos, e se correlacionou com outros métodos de avaliação de congestão, principalmente o NT-proBNP. A avaliação da congestão subclínica com diferentes métodos pode auxiliar o manejo clínico desses pacientes, e seu papel na avaliação prognóstica deve ser avaliado em estudos futuros.
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