"Haunted by humans" : the uncanny narrator in Markus Zusak's The book thief

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Oliveira, Débora Almeida de
Data de Publicação: 2017
Tipo de documento: Tese
Idioma: eng
Título da fonte: Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFRGS
Texto Completo: http://hdl.handle.net/10183/159109
Resumo: O objetivo da tese é estudar o narrador do romance A Menina que Roubava Livros, publicado em 2005 pelo autor australiano Markus Zusak. A história enfoca Liesel Meminger, uma menina de nove anos adotada por um casal alemão que, não sendo entusiasta do regime Nazista, esconde um Judeu em seu porão durante a Segunda Guerra Mundial. A imagem da morte como narrador é a principal característica da obra de Zusak, que apresenta uma entidade coletora de almas que observa as experiências de Liesel e tece comentáros sobre os seres humanos. A fim de analisar tal narrador, esta dissertação se apóia em estudos de Carl Gustav Jung, Gilbert Durand e, em certa medida, em Sigmund Freud. Também utiliza premissas teóricas do campo da narratologia, tendo Gérard Genette e Mieke Bal como principais vozes representativas. A dissertação está dividida em três capítulos. O capítulo 1 oferece um panorama acerca da construção da morte enquanto imagem arquetípica, enquanto personificação e enquanto narrador. Nesse capítulo, as perspectivas teóricas de Jung, Durand, Genette e Bal são prevalentes. O objetivo é entender como a morte é representada como ideia e como imagem. O capítulo 2 foca nas implicações da morte. Assim, analiso a morte de indivíduos, a pulsão de morte (que toma de assalto muitas das personagens), a morte em massa e a morte social como uma consequência direta da guerra. O objetivo desse capítulo é visualizar a morte como um tema. Para tanto, são aplicados alguns conceitos freudianos, como pulsão de morte e melancolia. O capítulo 3 oferece uma leitura narratológica do romance, ao relacionar a morte aos aspectos de focalização, tempo e espaço. O obejtivo do último capítulo é analisar como a morte se posiciona enquanto observador dos fatos narrados. Na conclusão, apresento minhas considerações finais acerca da utilização desse peculiar narrador em A Menina que Roubava Livros e seu papel na construção do romance e na formulação do tom da narrativa.
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O capítulo 1 oferece um panorama acerca da construção da morte enquanto imagem arquetípica, enquanto personificação e enquanto narrador. Nesse capítulo, as perspectivas teóricas de Jung, Durand, Genette e Bal são prevalentes. O objetivo é entender como a morte é representada como ideia e como imagem. O capítulo 2 foca nas implicações da morte. Assim, analiso a morte de indivíduos, a pulsão de morte (que toma de assalto muitas das personagens), a morte em massa e a morte social como uma consequência direta da guerra. O objetivo desse capítulo é visualizar a morte como um tema. Para tanto, são aplicados alguns conceitos freudianos, como pulsão de morte e melancolia. O capítulo 3 oferece uma leitura narratológica do romance, ao relacionar a morte aos aspectos de focalização, tempo e espaço. O obejtivo do último capítulo é analisar como a morte se posiciona enquanto observador dos fatos narrados. Na conclusão, apresento minhas considerações finais acerca da utilização desse peculiar narrador em A Menina que Roubava Livros e seu papel na construção do romance e na formulação do tom da narrativa.The aim of this dissertation is to study the narrator of the novel The Book Thief, published in 2005 by the Australian author Markus Zusak. The story centers upon Liesel Meminger, a nine-year old girl fostered by a German couple who are not enthusiasts of the Nazi regime and hide a Jewish man in their basement during World War II. The image of death as the narrator is the main feature in Zusak’s novel, which presents a soul collecting entity who observes Liesel’s experiences and makes comments about the human beings. In order to analyze such narrator, the dissertation relies on studies by Carl Gustav Jung and Gilbert Durand and, to some extent, to Sigmund Freud. The dissertation also borrows theoretical assumptions from the narratological field, having Gérard Genette and Mieke Bal as its main representatives. The dissertation is divided in three chapters. Chapter 1 offers an overview about the construction of death as an archetypal image, as a personification and as a narrator. In this chapter, the theoretical perspectives of Jung, Durand, Genette and Bal are prevalent. The objective here is to try to understand how death is represented as an idea and as an image. Chapter 2 focuses on the implications of death through the book. Hence, I analyze the death of individuals, the death drive (which assaults many of the characters), mass death and social death as a direct consequence of war. The objective of this chapter is to view death as a theme. In order to do that, some concepts from Freud, such as death drive and melancholia, are applied. Chapter 3 offers a narratological reading of the novel through the link of death to focalization, time and space. The objective in this last chapter is to analyze how death positions himself as an observer of the facts narrated. In the conclusion, I present my final considerations about the use of such peculiar narrator in The Book Thief and its role for the construction of the novel and the setting of the tone for the narrative.application/pdfengZusak, Markus. 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