Concordância entre os métodos não-invasivos e a histologia hepática em pacientes com doença hepática gordurosa não alcoólica submetidos à cirurgia bariátrica no Hospital de Clínicas de Porto Alegre

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Pereira, Pedro Funari
Data de Publicação: 2019
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFRGS
Texto Completo: http://hdl.handle.net/10183/206571
Resumo: Introdução: A doença hepática gordurosa não-alcóolica (DHGNA) representa uma das principais comorbidades associadas à obesidade. A avaliação hepática de pacientes obesos pode ser feita de forma não-invasiva. A elastografia transitória tecidual (ETT) por Fibroscan pode estimar o grau de fibrose hepática, porém existem limitações do método, relacionadas ao índice de massa corporal (IMC) dos pacientes. Objetivos: Comparar os resultados da avaliação da fibrose hepática através de métodos não-invasivos com a biópsia hepática. Métodos: Estudo transversal com coleta de dados, realização da ETT e biopsia hepática, 1 ano após a realização da cirurgia bariátrica (CBA). Resultados: Dos 94 pacientes selecionados, 30 submeteram-se à ETT e a biópisa hepática. A média de peso dos pacientes foi de 84,4 ± 15,4 kg. A média do aspartate aminotransferase to platelet ratio index (APRI) foi 0,2 ± 0,1, sendo que 36 (97,3%) dos pacientes foram classificados com F0 - F1. A média do NAFLD Fibrosis Score (NFS) foi de -2,0 ± 1,0, sendo que 25 (67%) pacientes foram classificados como F0 - F1 e que 12 (32,4%) pacientes foram classificados com F2. A concordância entre o Fibroscan e a biópsia hepática foi de 80,0%. Houve regressão histológica das alterações inflamatórias em todos os pacientes - 26 (72,2%) apresentavam algum grau de esteato-hepatite não alcoólica (EHNA) (NAS≥5) e após a cirurgia nenhum paciente apresentou inflamação à biópsia. Na cirurgia, 9 (24,3%) pacientes apresentavam fibrose. No pós-operatório, 2 (5,4%) pacientes ainda apresentavam fibrose (p<0,008). Conclusão: Os métodos não-invasivos de estimativa da fibrose hepática comparam-se à biópsia em pacientes após a CBA. A biópsia seria reservada para os casos identificados como de maior risco pelos métodos não-invasivos. Introduction: Non-alcoholic fatty liver disease (NAFLD) represents one of the main comorbidities associated with obesity. Liver evaluation of obese patients can be done noninvasively. A Transient tissue elastography (TTE) may estimate the degree of liver fibrosis, but there are method limitations related to patients' body mass index (BMI). Objectives: To compare the results of the evaluation of liver fibrosis by noninvasive methods and liver biopsy. Methods: Cross-sectional study with data collection, TTE and liver biopsy, 1 year after bariatric surgery (BS). Results: Of 94 selected patients, 30 underwent TTE and liver biopsy. The average weight of the patients was 84.4 ± 15.4 kg. The mean aspartate aminotransferase to platelet ratio index (APRI) was 0.2 ± 0.1, and 36 (97.3%) patients were classified as F0 - F1. The mean NAFLD Fibrosis Score (NFS) was -2.0 ± 1.0, with 25 (67%) patients classified as F0 - F1 and 12 (32.4%) patients classified with F2. The agreement between Fibroscan and liver biopsy was 80.0%. There was histological regression of inflammatory changes in all patients - 26 (72.2%) had some degree of non-alcoholic steatohepatitis (NASH) (NAS≥5) and after surgery no patient presented inflammation in the biopsy. At surgery, 9 (24.3%) patients had fibrosis. Postoperatively, 2 (5.4%) patients still had fibrosis (p <0.008). Conclusion: Noninvasive methods for estimating liver fibrosis are compared to biopsy in patients after BS. A biopsy would be used for cases at increased risk selected by noninvasive methods.
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