Ensino de química : a inclusão de discentes surdos e os aspectos do processo de ensino-aprendizagem
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2016 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFRGS |
Texto Completo: | http://hdl.handle.net/10183/143376 |
Resumo: | A inclusão de estudantes surdos nas escolas da rede pública estadual, prevista em legislação, está crescendo e dando origem a um novo cenário educacional. A presença de tradutor/intérprete de Língua Brasileira de Sinais nas salas de aula, para auxiliar na comunicação do estudante surdo com seus professores e com os demais colegas da turma é um aspecto visível de transformação. No entanto, o que precisa ser compreendido é que o intérprete atua como intermediário no processo de ensino e aprendizagem e que, a sua presença por si só, não garante o processo de inclusão e de aprendizagem dos surdos. Isso porque a educação inclusiva é complexa e relativa, dependendo muito da atuação ética dos profissionais envolvidos com a realidade escolar e do grau de alfabetização dos surdos em LIBRAS e na escrita da Língua Portuguesa. Ter um estudante surdo no Ensino Médio Politécnico e, de imediato, poder contar com um intérprete favorece a inclusão e facilita o contato com as disciplinas. Mas quando se trata da disciplina de química, considerada abstrata e de difícil entendimento pela maioria dos estudantes de ensino médio, como o estudante surdo, o intérprete e o professor necessitam agir para conseguir dar conta da inclusão e da aprendizagem da Ciência Química, ambas complexas e distantes Essa realidade escolar experienciada pela professora-pesquisadora deste estudo instigou uma mudança de atuação docente em prol de investigações sobre a constituição do sujeito surdo, da Língua Brasileira de Sinais, do profissional intérprete de LIBRAS e, a mais importante delas, como desenvolver um ensino de química para estudantes surdos de uma maneira que despertasse o interesse dos mesmos em aprendê-la. Missão essa desafiadora e, ao mesmo tempo, propulsora de uma pesquisa de pós-graduação em nível de mestrado, a qual buscou entender e refletir um pouco mais sobre a vivência diária na educação básica. Diante disso, adotou-se a metodologia de pesquisa bibliográfica com o intuito de conhecer aspectos da cultura e da identidade surda, da Língua Brasileira de Sinais e das legislações que norteiam a educação inclusiva para entender como ocorre a inserção do sujeito surdo nas escolas da rede pública estadual. Também, utilizando uma adaptação da proposta de situação de estudo, elaborou-se um projeto de pesquisa com atividades práticas que visam relacionar conceitos químicos com o cotidiano dos estudantes surdos. Para desenvolver essa metodologia escolheu-se a temática da adulteração do leite, situação problema presente na comunidade escolar investigada e rica em conceitos químicos. |
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Machado, Raquel BruscoSouza, Diogo Onofre Gomes de2016-07-08T02:17:16Z2016http://hdl.handle.net/10183/143376000996881A inclusão de estudantes surdos nas escolas da rede pública estadual, prevista em legislação, está crescendo e dando origem a um novo cenário educacional. A presença de tradutor/intérprete de Língua Brasileira de Sinais nas salas de aula, para auxiliar na comunicação do estudante surdo com seus professores e com os demais colegas da turma é um aspecto visível de transformação. No entanto, o que precisa ser compreendido é que o intérprete atua como intermediário no processo de ensino e aprendizagem e que, a sua presença por si só, não garante o processo de inclusão e de aprendizagem dos surdos. Isso porque a educação inclusiva é complexa e relativa, dependendo muito da atuação ética dos profissionais envolvidos com a realidade escolar e do grau de alfabetização dos surdos em LIBRAS e na escrita da Língua Portuguesa. Ter um estudante surdo no Ensino Médio Politécnico e, de imediato, poder contar com um intérprete favorece a inclusão e facilita o contato com as disciplinas. Mas quando se trata da disciplina de química, considerada abstrata e de difícil entendimento pela maioria dos estudantes de ensino médio, como o estudante surdo, o intérprete e o professor necessitam agir para conseguir dar conta da inclusão e da aprendizagem da Ciência Química, ambas complexas e distantes Essa realidade escolar experienciada pela professora-pesquisadora deste estudo instigou uma mudança de atuação docente em prol de investigações sobre a constituição do sujeito surdo, da Língua Brasileira de Sinais, do profissional intérprete de LIBRAS e, a mais importante delas, como desenvolver um ensino de química para estudantes surdos de uma maneira que despertasse o interesse dos mesmos em aprendê-la. Missão essa desafiadora e, ao mesmo tempo, propulsora de uma pesquisa de pós-graduação em nível de mestrado, a qual buscou entender e refletir um pouco mais sobre a vivência diária na educação básica. Diante disso, adotou-se a metodologia de pesquisa bibliográfica com o intuito de conhecer aspectos da cultura e da identidade surda, da Língua Brasileira de Sinais e das legislações que norteiam a educação inclusiva para entender como ocorre a inserção do sujeito surdo nas escolas da rede pública estadual. Também, utilizando uma adaptação da proposta de situação de estudo, elaborou-se um projeto de pesquisa com atividades práticas que visam relacionar conceitos químicos com o cotidiano dos estudantes surdos. Para desenvolver essa metodologia escolheu-se a temática da adulteração do leite, situação problema presente na comunidade escolar investigada e rica em conceitos químicos.The inclusion of deaf students in state public schools, foreseen in law, is growing and giving rise to a new educational scene. The presence of a translator/interpreter of Brazilian Sign Language in the classroom to assist in communication of the deaf students with their teachers and with other classmates is a visible aspect of transformation. However, what needs to be understood is that the interpreter acts as an intermediary in the process of teaching and learning and that his presence alone doesn‟t guarantee the inclusion process and learning of deaf students. This is because the inclusive education is complex and relative, depending largely on ethical performance of professionals involved with the school reality and level of literacy of the deaf in LIBRAS and writing of the Portuguese language. Having a deaf student at the Polytechnic High School and, immediately, able to rely on an interpreter promotes the inclusion and facilitates contact with the subjects. But when it is the subject of Chemistry, considered abstract and hard to understand by most of high school students, how the deaf student, the interpreter and the teacher need to act to get to realize the inclusion and Chemical Science learning, both complex and distant This school reality, experienced by the teacherresearcher of this study, instigate a change in teaching practice for the benefit of investigations of the constitution of the deaf person, the Brazilian Sign Language, the LIBRAS professional interpreter and, the most important of them, how to develop a teaching chemistry for deaf students in a way that arouses the interest of the same in learning it. This mission is challenging and the same time, driving a post-graduate research at the master's level, which aimed to understand and reflect a little more about the daily life in basic education. Therefore, we adopted the bibliographical research methodology in order to know aspects of culture and deaf identity, the Brazilian Sign Language and of the laws that guide inclusive education to understand how the insertion of the deaf subject occurs in the state public schools. Also, using an adaptation of the proposed study situation, a research project was created with practical activities that aim at relating chemical concepts to the daily lives of deaf students. To develop this methodology was chosen the theme of milk adulteration, this problem situation in the school community investigated and rich in chemical concepts. To develop this methodology was chosen the theme of milk adulteration, present problem situation in the school community investigated and rich in chemical concepts.application/pdfporEnsino de ciênciasEducação de pessoas com deficiência auditivaInclusão socialEnsino e aprendizagemEnsino médioDeaf inclusionChemical scienceTeaching methodologiesEnsino de química : a inclusão de discentes surdos e os aspectos do processo de ensino-aprendizageminfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisUniversidade Federal do Rio Grande do SulInstituto de Ciências Básicas da SaúdePrograma de Pós-Graduação em Educação em Ciências: Química da Vida e SaúdePorto Alegre, BR-RS2016mestradoinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFRGSinstname:Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)instacron:UFRGSORIGINAL000996881.pdf000996881.pdfTexto completoapplication/pdf499648http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/143376/1/000996881.pdf2ffe8e0f51eb2a5ad135eb41c8005dfdMD51TEXT000996881.pdf.txt000996881.pdf.txtExtracted Texttext/plain196216http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/143376/2/000996881.pdf.txtf997a42d3634d1787b3370837953870aMD52THUMBNAIL000996881.pdf.jpg000996881.pdf.jpgGenerated Thumbnailimage/jpeg1114http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/143376/3/000996881.pdf.jpgfecf0929788ac099763a37d310081790MD5310183/1433762018-10-26 10:12:49.661oai:www.lume.ufrgs.br:10183/143376Biblioteca Digital de Teses e Dissertaçõeshttps://lume.ufrgs.br/handle/10183/2PUBhttps://lume.ufrgs.br/oai/requestlume@ufrgs.br||lume@ufrgs.bropendoar:18532018-10-26T13:12:49Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFRGS - Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)false |
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