Polimorfismo no gene da interleucina 10 (IL10) em mulheres infectadas pelo papilomavírus humano (HPV)

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Tonini, Gabriela
Data de Publicação: 2009
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFRGS
Texto Completo: http://hdl.handle.net/10183/19086
Resumo: A infecção pelo Papilomavírus Humano (HPV) é um fator associado com o desenvolvimento do câncer de colo de útero. A freqüência de mulheres com infecção genital pelo HPV é consideravelmente mais elevada que o número de mulheres com câncer cervical. Este fato torna relevante a busca de um entendimento maior deste processo, como por exemplo, a predisposição imunológica do hospedeiro. Este estudo tem como objetivo avaliar a freqüência do polimorfismo presente na região promotora (-1082) do gene da IL10 e sua associação com a infecção genital pelo HPV. Trata-se de um estudo de casos e controles, sendo os casos, 84 mulheres com infecção genital por HPV e resultado anatomopatológico alterado. Os controles corresponderam a 211 mulheres HPV-DNA negativas e com exame citopatológico sem alterações. Ambos, casos e controles, são oriundos da população participante de um estudo coorte conduzido previamente. A técnica de amplificação refratária de mutações (ARMS-PCR) foi utilizada para a identificação do polimorfismo presente na região promotora (-1082) do gene da IL10. O cálculo de Equilíbrio de Hardy-Weinberg foi utilizado para verificar se as freqüências genotípicas observadas estão de acordo com as esperadas na população em estudo. O método de Regressão logística múltipla foi utilizado para verificar a associação das variáveis estudadas com o desfecho (infecção genital pelo HPV). A freqüência genotípica observada em mulheres com a infecção foi de 12,0% (AA), 29,0% (AG) e 59,0% (GG). No grupo controle, foi de 22,8% (AA), 48,8% (AG) e 28,4% (GG). Houve diferença significativa entre os grupos estudados (p<0,001). Entre as mulheres com infecção, as lesões de baixo grau (LSIL), predominantes nessa amostra (73,8%), a freqüência do genótipo GG foi 62,9 %. Nos casos com lesões de alto grau (HSIL) (26,2%), o genótipo AG foi observado em 36,4%. Não houve diferença estatisticamente significativa na distribuição dos genótipos em lesões de alto e baixo grau (p=0,59). Além disso, foi observada diferença de significância limítrofe entre a distribuição da freqüência dos genótipos comparando mulheres com HPV oncogênicos em relação a mulheres HPV negativas (p=0,05). Observou-se que o grupo etário (RC=5,00; IC95%:2,33 – 10,75), e o genótipo GG (RC=4,41; IC95%:1,87 – 10,42) apresentaram-se independentemente associados ao desfecho (infecção genital pelo HPV). As variáveis, escolaridade (RC=3,28; 1,00 – 11,18) e coinfecção por HIV (RC=10,64; 1,00-111,11) apresentaram significância limítrofe. Com estes resultados, é possível sugerir que a predisposição determinada geneticamente para a produção de altos níveis de IL10 (GG) parece estar associada à infecção genital pelo HPV, mostrando a importância da resposta imunológica do hospedeiro no processo de infecção e na progressão das lesões cervicais pelo HPV.
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Ambos, casos e controles, são oriundos da população participante de um estudo coorte conduzido previamente. A técnica de amplificação refratária de mutações (ARMS-PCR) foi utilizada para a identificação do polimorfismo presente na região promotora (-1082) do gene da IL10. O cálculo de Equilíbrio de Hardy-Weinberg foi utilizado para verificar se as freqüências genotípicas observadas estão de acordo com as esperadas na população em estudo. O método de Regressão logística múltipla foi utilizado para verificar a associação das variáveis estudadas com o desfecho (infecção genital pelo HPV). A freqüência genotípica observada em mulheres com a infecção foi de 12,0% (AA), 29,0% (AG) e 59,0% (GG). No grupo controle, foi de 22,8% (AA), 48,8% (AG) e 28,4% (GG). Houve diferença significativa entre os grupos estudados (p<0,001). Entre as mulheres com infecção, as lesões de baixo grau (LSIL), predominantes nessa amostra (73,8%), a freqüência do genótipo GG foi 62,9 %. Nos casos com lesões de alto grau (HSIL) (26,2%), o genótipo AG foi observado em 36,4%. Não houve diferença estatisticamente significativa na distribuição dos genótipos em lesões de alto e baixo grau (p=0,59). Além disso, foi observada diferença de significância limítrofe entre a distribuição da freqüência dos genótipos comparando mulheres com HPV oncogênicos em relação a mulheres HPV negativas (p=0,05). Observou-se que o grupo etário (RC=5,00; IC95%:2,33 – 10,75), e o genótipo GG (RC=4,41; IC95%:1,87 – 10,42) apresentaram-se independentemente associados ao desfecho (infecção genital pelo HPV). As variáveis, escolaridade (RC=3,28; 1,00 – 11,18) e coinfecção por HIV (RC=10,64; 1,00-111,11) apresentaram significância limítrofe. Com estes resultados, é possível sugerir que a predisposição determinada geneticamente para a produção de altos níveis de IL10 (GG) parece estar associada à infecção genital pelo HPV, mostrando a importância da resposta imunológica do hospedeiro no processo de infecção e na progressão das lesões cervicais pelo HPV.Infection with Human Papillomavirus (HPV) is a necessary cause of cervical cancer. The frequency of women infected by HPV is much more elevated than the number of women who develop cervical cancer. Regarding this observation, the search for a better understanding of this process, such as the host immune predisposition, may contribute to its enlightenment. This study aims to evaluate the frequency of the polymorphism in the promoter region (-1082) of the IL10 gene and its association with HPV genital infection. This is a case-control study. A total of 84 cases and 211 controls were enrolled. Cases corresponded to women with HPV genital infection and abnormal histopathological results, and controls were HPV-DNA negatives and with normal cytologic results. The technique of amplification refractory mutation system (ARMS-PCR) was used to identify the polymorphism present at the promoter region (-1082) of the IL10 gen. The Hardy-Weinberg equilibrium was used to verify whether genotypic frequencies were in agreement with the ones expected in the studied population. Multiple logistic regression was used to verify the association between the study factors and the outcome (genital infection by HPV). The genotypic frequency distribution among cases and controls was 12.0% (AA), 29.0% (AG), 59.0% (GG), and 22.0% (AA), 49.0% (AG), 29.0% (GG), respectively. There was a significant difference between the groups (p<0.001). Among the HPV infected women, the low grade lesions (LSIL), predominant in this sample (73.8%) the GG genotype frequency was (62.9%) In those with high grade lesions (HSIL), the AG genotype was observed in (36.4%). No significant association was observed between the genotypes when comparing low and high grade lesions (26.2%). In addition, a borderline significance was observed between the genotype frequency when comparing women infected by a high risk HPV with those HPV-DNA negatives. Age group (OR=5.00; 95%CI: 2.33 – 10.75), and the GG genotype (4.41; 1.87 – 10.42) were independently associated to the outcome (HPV genital infection). The variables schooling (3.28; 1.00 – 11.18) and HIV co-infection (10.64; 1.00- 111.11) presented a borderline significance. The results suggest that a genetic predisposition to produce high levels of IL10 (GG) may be associated to the HPV genital infection, and they indicate the relevance of the host immune response in the development and progression of HPV-related cervical lesions.application/pdfporPolimorfismo genéticoInterleucina-10MulheresInfecções por papillomavirusHuman papillomavirusPolymorphisIL-10Cervical cancerPolimorfismo no gene da interleucina 10 (IL10) em mulheres infectadas pelo papilomavírus humano (HPV)info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisUniversidade Federal do Rio Grande do SulFaculdade de MedicinaPrograma de Pós-Graduação em EpidemiologiaPorto Alegre, BR-RS2009mestradoinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFRGSinstname:Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)instacron:UFRGSORIGINAL000735224.pdf000735224.pdfTexto completoapplication/pdf699160http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/19086/1/000735224.pdf892fce99c84503e1c54c2e0ec54eb4acMD51TEXT000735224.pdf.txt000735224.pdf.txtExtracted Texttext/plain175523http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/19086/2/000735224.pdf.txtd0aac2ab9195cc30d546b31b6950df0fMD52THUMBNAIL000735224.pdf.jpg000735224.pdf.jpgGenerated Thumbnailimage/jpeg1332http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/19086/3/000735224.pdf.jpg2c913ba3d6ffe55810cc9682a508c904MD5310183/190862018-10-18 07:19:33.982oai:www.lume.ufrgs.br:10183/19086Biblioteca Digital de Teses e Dissertaçõeshttps://lume.ufrgs.br/handle/10183/2PUBhttps://lume.ufrgs.br/oai/requestlume@ufrgs.br||lume@ufrgs.bropendoar:18532018-10-18T10:19:33Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFRGS - Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)false
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