Atividade antibacteriana de desinfetantes convencionais e de extrações de Achyrocline satureioides (Lam.) DC. (Asteraceae) (“macela”) sobre Staphylococcus aureus meticilina resistentes (MRSA)
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2014 |
Tipo de documento: | Tese |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFRGS |
Texto Completo: | http://hdl.handle.net/10183/105080 |
Resumo: | O Staphylococcus aureus é bactéria espécie não específica que, além de potencial patogenicidade, evoluiu em mecanismos de resistência a antimicrobianos. O S. aureus meticilina resistente (MRSA) antes restrito a infecções nosocomiais, dispersou-se na comunidade e nos animais de companhia e para produção de alimento. Na conduta para o controle da transmissão, além do uso de antibióticos, a ação sobre os agentes causais nas fontes de contaminação exige atenção, sendo decisiva e crítica a escolha de desinfetantes e antisépticos. A busca por recursos frente a agentes patogênicos resistentes a antimicrobianos convencionais e a demanda por insumos sanitários aplicáveis em modelos sustentáveis de produção agropecuária, motivam a investigação de extrações vegetais que apresentem atividade antibacteriana. O objetivo deste estudo foi avaliar a atividade bactericida de desinfetantes convencionais sobre isolados MRSA, testar a hipótese da possibilidade de resistência cruzada entre grupos químicos antibióticos (beta-lactâmicos) e desinfetantes e também avaliar a atividade bactericida de extrações das inflorescências de Achyrocline satureioides (Lam.) DC. (Asteraceae) (“macela”), planta medicinal, de uso popular e tradicional, nativa na região sul do Brasil, sobre os mesmos inóculos. A técnica de referência foi o “Teste de Suspensão na Avaliação Quantitativa da Atividade Bactericida de Desinfetantes e Antissépticos Químicos”. Nos testes com os desinfetantes hipoclorito de sódio (HS), iodofór (I) e quaternário de amônio (QAC - cloreto de cetil trimetilamônio), quatro concentrações de cada grupo químico foram confrontadas com 21 MRSA, em tempos de contato de cinco, 15 e 30 minutos e densidade populacional inicial dos inóculos de 107UFC/mL. Observou-se que os grupos químicos nas menores concentrações HS 25 ppm, I 12,5 ppm e QAC 125 ppm, apresentaram atividade bactericida frente a todos os isolados no menor tempo de contato. A proporção usada da A. satureioides foi de 5 g:100 mL de solvente e as densidades iniciais dos inóculos confrontados foram 107, 106 e 105 UFC/mL. A atividade da forma decocto foi verificada frente a 51 isolados MRSA, em tempos de contato de uma, oito e 24 h. Vinte e um deles também foram submetidos ao extrato hidroetanólico hidratado (EH), obtido de maceração hidroetanólica 70º GL, desalcoolizada e hidratada ao volume inicial, nos tempos de contato de cinco e 30 minutos e de uma até quatro horas. Por Cromatografia Liquida de Alta Eficiência (CLAE) foi confirmada, no acesso da planta, a presença dos marcadores fitoquímicos quercetina, luteolina e 3-Ometilquercetina. As extrações da A. satureioides apresentaram atividade antibacteriana frente a todos os isolados MRSA. O EH mostrou atividade de inativação em menor tempo. Tomando como exemplo a 1 h de contato, na maior densidade do inóculo, 19% dos isolados estavam inativados, enquanto que no decocto não foi observada inativação. Em 4 horas de contato com o EH 85,7% dos isolados, na maior densidade desafio, estavam inativados e 100% dos isolados sofreram redução da densidade populacional. O decocto demonstrou maior atividade bactericida entre 8h e 24 horas, inativando 100% dos isolados até as 24 h. Concluiu-se que, controlados os conhecidos fatores limitantes da atividade bactericida, o hipoclorito de sódio o iodofor e o quaternário de amônio são adequados para controlar os MRSA nas fontes de contaminação em ambientes de saúde humana ou nos de saúde e de produção animal. Para os isolados resistentes aos antibióticos beta-lactâmicos confrontados não foi observada relação de resistência com os desinfetantes. A atividade bactericida das soluções de Achyrocline satureioides frente aos isolados MRSA e ao microrganismo de referência Staphylococcus aureus ATCC 6538 sugere seu potencial uso, diretamente nas formas avaliadas ou em formulações, em procedimentos de higiene, tanto nas fontes de infecção de ambientes de saúde humana quanto nos de saúde e de produção animal. |
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Both, Jane Mari CorreaAvancini, Cesar Augusto Marchionatti2014-10-30T02:12:07Z2014http://hdl.handle.net/10183/105080000942238O Staphylococcus aureus é bactéria espécie não específica que, além de potencial patogenicidade, evoluiu em mecanismos de resistência a antimicrobianos. O S. aureus meticilina resistente (MRSA) antes restrito a infecções nosocomiais, dispersou-se na comunidade e nos animais de companhia e para produção de alimento. Na conduta para o controle da transmissão, além do uso de antibióticos, a ação sobre os agentes causais nas fontes de contaminação exige atenção, sendo decisiva e crítica a escolha de desinfetantes e antisépticos. A busca por recursos frente a agentes patogênicos resistentes a antimicrobianos convencionais e a demanda por insumos sanitários aplicáveis em modelos sustentáveis de produção agropecuária, motivam a investigação de extrações vegetais que apresentem atividade antibacteriana. O objetivo deste estudo foi avaliar a atividade bactericida de desinfetantes convencionais sobre isolados MRSA, testar a hipótese da possibilidade de resistência cruzada entre grupos químicos antibióticos (beta-lactâmicos) e desinfetantes e também avaliar a atividade bactericida de extrações das inflorescências de Achyrocline satureioides (Lam.) DC. (Asteraceae) (“macela”), planta medicinal, de uso popular e tradicional, nativa na região sul do Brasil, sobre os mesmos inóculos. A técnica de referência foi o “Teste de Suspensão na Avaliação Quantitativa da Atividade Bactericida de Desinfetantes e Antissépticos Químicos”. Nos testes com os desinfetantes hipoclorito de sódio (HS), iodofór (I) e quaternário de amônio (QAC - cloreto de cetil trimetilamônio), quatro concentrações de cada grupo químico foram confrontadas com 21 MRSA, em tempos de contato de cinco, 15 e 30 minutos e densidade populacional inicial dos inóculos de 107UFC/mL. Observou-se que os grupos químicos nas menores concentrações HS 25 ppm, I 12,5 ppm e QAC 125 ppm, apresentaram atividade bactericida frente a todos os isolados no menor tempo de contato. A proporção usada da A. satureioides foi de 5 g:100 mL de solvente e as densidades iniciais dos inóculos confrontados foram 107, 106 e 105 UFC/mL. A atividade da forma decocto foi verificada frente a 51 isolados MRSA, em tempos de contato de uma, oito e 24 h. Vinte e um deles também foram submetidos ao extrato hidroetanólico hidratado (EH), obtido de maceração hidroetanólica 70º GL, desalcoolizada e hidratada ao volume inicial, nos tempos de contato de cinco e 30 minutos e de uma até quatro horas. Por Cromatografia Liquida de Alta Eficiência (CLAE) foi confirmada, no acesso da planta, a presença dos marcadores fitoquímicos quercetina, luteolina e 3-Ometilquercetina. As extrações da A. satureioides apresentaram atividade antibacteriana frente a todos os isolados MRSA. O EH mostrou atividade de inativação em menor tempo. Tomando como exemplo a 1 h de contato, na maior densidade do inóculo, 19% dos isolados estavam inativados, enquanto que no decocto não foi observada inativação. Em 4 horas de contato com o EH 85,7% dos isolados, na maior densidade desafio, estavam inativados e 100% dos isolados sofreram redução da densidade populacional. O decocto demonstrou maior atividade bactericida entre 8h e 24 horas, inativando 100% dos isolados até as 24 h. Concluiu-se que, controlados os conhecidos fatores limitantes da atividade bactericida, o hipoclorito de sódio o iodofor e o quaternário de amônio são adequados para controlar os MRSA nas fontes de contaminação em ambientes de saúde humana ou nos de saúde e de produção animal. Para os isolados resistentes aos antibióticos beta-lactâmicos confrontados não foi observada relação de resistência com os desinfetantes. A atividade bactericida das soluções de Achyrocline satureioides frente aos isolados MRSA e ao microrganismo de referência Staphylococcus aureus ATCC 6538 sugere seu potencial uso, diretamente nas formas avaliadas ou em formulações, em procedimentos de higiene, tanto nas fontes de infecção de ambientes de saúde humana quanto nos de saúde e de produção animal.The bacterium Staphylococcus aureus is a speciea not specific and potential pathogenicity, which has evolved mechanisms for antimicrobial resistance. S. aureus methicillin resistant (MRSA) once restricted to nosocomial infections, dispersed in the community and in companion animals and production. In order to control the transmission, besides the use of antibiotics, the action on the causative agents in the sources of contamination requires attention, being decisive and critical the choice of disinfectants and antiseptics. The search for resources against pathogens resistant to conventional antibiotics and the demand for health inputs applicable in sustainable agriculture production motivated the investigation of plant extractions that have antibacterial activity. The aim of this study was to evaluate the bactericidal activity of conventional disinfectants on MRSA isolates, testing the hypothesis of the possibility of cross-resistance between chemical groups antibiotics (beta-lactams) and disinfectants and also assess the bactericidal activity of extractions of inflorescences Achyrocline satureioides (Lam.) Dc. (Asteraceae) ("macela"), a medicinal plant with a popular and traditional use, native from southern Brazil on the same isolates. The reference technique was the "Suspension Test in Quantitative Evaluation of Bactericidal Activity of Chemical Disinfectants and Antiseptics." In tests with disinfectant sodium hypochlorite (HS), iodophor (I) and quaternary ammonium (QAC-cetyl trimethylammonium chloride), four concentrations of each chemical group were confronted with 21 MRSA on contact time of five, 15 and 30 minutes. The population density of the initial inoculum was 107UFC/mL. It was observed that the chemical groups at lower concentrations HS 25 ppm, and 12.5 ppm I 125 ppm QAC showed bactericidal activity against all isolates in less contact time. The proportion used of A. satureioides was 5 g: 100 mL of solvent and the initial densities of the inocula confronted were 107, 106 and 105 CFU / mL. The activity of decoction form was checked against 51 MRSA isolates, in times of a contact, eight and 24 h. Twenty-one of them also underwent hydroethanolic extract hydrate (EH) obtained by maceration hydroethanol 70 º GL, dealcoholised hydrated and the initial volume, the contact time of five and 30 minutes and one to four hours. By High performance liquid chromatography (HPLC) was confirmed in the access plan, the presence of markers phytochemicals quercetin, luteolin and 3-O-methylquercetin. The extractions of A. satureioides showed antibacterial activity against all MRSA isolates. The EH showed activity inactivation in less time. Taking as an example the 1 hr of contact, the greater density of the inoculum, 19% of the isolates were inactive, whereas the decoction did not show inactivation. In 4 hours of contact with the EH 85.7% of isolates in higher density challenge were inactivated and 100% of isolates reduced population density. The decoction showed greater bactericidal activity between 8 and 24 hours, inactivating 100% of isolates until 24 h. It was concluded that, controlling for known factors affecting the bactericidal activity, the sodium hypochlorite and quaternary ammonium iodophor are suitable for controlling MRSA in the sources of contamination in healthcare environments or in human health and animal production. For the isolates resistant to beta-lactam antibiotics confronted no relationship was observed resistance to disinfectants. The bactericidal activity of solutions Achyrocline satureioides against of MRSA isolates and reference microorganism Staphylococcus aureus ATCC 6538 suggests its potential use, directly into forms or formulations evaluated in hygiene procedures, both in the sources of infection in healthcare environments as in human health and animal production.application/pdfporPlantas medicinais : Atividade antibacterianaAntissepticosStaphylococcus aureus resistente à meticilinaAchyrocline satureioidesDesinfetantes : AntissepticosEpidemiologia veterinariaAchyrocline satureioidesAntisepticBiocideCross-resistanceDisinfectantMRSAMethicillin-resistant staphylococcus aureusAtividade antibacteriana de desinfetantes convencionais e de extrações de Achyrocline satureioides (Lam.) DC. (Asteraceae) (“macela”) sobre Staphylococcus aureus meticilina resistentes (MRSA)info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/doctoralThesisUniversidade Federal do Rio Grande do SulFaculdade de VeterináriaPrograma de Pós-Graduação em Ciências VeterináriasPorto Alegre, BR-RS2014doutoradoinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFRGSinstname:Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)instacron:UFRGSORIGINAL000942238.pdf000942238.pdfTexto completoapplication/pdf2712007http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/105080/1/000942238.pdf2fece840f1948f73182f4e3c70eb2d4eMD51TEXT000942238.pdf.txt000942238.pdf.txtExtracted Texttext/plain196119http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/105080/2/000942238.pdf.txt26b0907bfd6013934880ecf05a5d8e71MD52THUMBNAIL000942238.pdf.jpg000942238.pdf.jpgGenerated Thumbnailimage/jpeg1141http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/105080/3/000942238.pdf.jpg0252dde72f1c9bbe7dc5a2cd9c494114MD5310183/1050802018-10-16 09:18:52.683oai:www.lume.ufrgs.br:10183/105080Biblioteca Digital de Teses e Dissertaçõeshttps://lume.ufrgs.br/handle/10183/2PUBhttps://lume.ufrgs.br/oai/requestlume@ufrgs.br||lume@ufrgs.bropendoar:18532018-10-16T12:18:52Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFRGS - Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)false |
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