O riso nas brechas do siso
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2007 |
Tipo de documento: | Tese |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFRGS |
Texto Completo: | http://hdl.handle.net/10183/10256 |
Resumo: | A tese aborda o humor e o riso na educação, sob duas perspectivas: a primeira, os compreende como objetos da história e da filosofia conforme a tradição ocidental; a outra, na qual o bufão, valendo-se dos dispositivos do riso e da máscara, é o arquétipo que vem dialogar com o professor e acompanhar o processo pedagógico. A tese advoga por um personagem conceitual, de caráter grotesco, para tensionar a lógica dos discursos. A metodologia, embalada pelos matizes de Nietzsche quando desenha um futuro para a Gaia Ciência, potencializada por Bakhtin e a condição coletiva dos enunciados, sustentada entre a tensão da razão estética, de Chantal Maillard, e o riso sagrado, de Georges Bataille, é a da dramatização no interior do pensamento. Esse exercício permite circular por dispositivos nos quais o diálogo do pedagogo com os seus parceiros se mobiliza e abre a guarda que impede a aproximação do contra-senso, no fronteira com a lógica previsível. Desde a tradição helênica até o mundo contemporâneo, o humor e o riso vão ganhando formas de controle e adequação, e aquilo que se presta ao ridículo/risível é cercado por seus limites éticos. A pesquisa permite uma aproximação com narrativas de professores e com registros detalhados de eventos escolares, dando atenção às diferentes definições da ironia, da paródia, da sátira e do grotesco. Os textos históricos e as narrativas contemporâneas formam um panorama que evidencia, para além da manifestação sensível de um estado de ânimo, a necessidade de conhecimento do riso e de suas estratégias de sobrevivência no intervalo dos discursos monológicos ou didáticos. O humor e o riso, nesse contexto, são vistos ora como potentes catalizadores da crítica, ora como artifícios convenientes, tratados como um bálsamo para os acordos e conflitos dentro de uma comunidade. O movimento fundamental, para a dinâmica do diálogo interno entre o professor e seus duplos, se encontra na espiral, que habita o ventre do poder e está no cerne do chapéu de guizos do bufão. |
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Lulkin, Sérgio AndrésSkliar, Carlos Bernardo2007-07-25T20:10:35Z2007http://hdl.handle.net/10183/10256000595303A tese aborda o humor e o riso na educação, sob duas perspectivas: a primeira, os compreende como objetos da história e da filosofia conforme a tradição ocidental; a outra, na qual o bufão, valendo-se dos dispositivos do riso e da máscara, é o arquétipo que vem dialogar com o professor e acompanhar o processo pedagógico. A tese advoga por um personagem conceitual, de caráter grotesco, para tensionar a lógica dos discursos. A metodologia, embalada pelos matizes de Nietzsche quando desenha um futuro para a Gaia Ciência, potencializada por Bakhtin e a condição coletiva dos enunciados, sustentada entre a tensão da razão estética, de Chantal Maillard, e o riso sagrado, de Georges Bataille, é a da dramatização no interior do pensamento. Esse exercício permite circular por dispositivos nos quais o diálogo do pedagogo com os seus parceiros se mobiliza e abre a guarda que impede a aproximação do contra-senso, no fronteira com a lógica previsível. Desde a tradição helênica até o mundo contemporâneo, o humor e o riso vão ganhando formas de controle e adequação, e aquilo que se presta ao ridículo/risível é cercado por seus limites éticos. A pesquisa permite uma aproximação com narrativas de professores e com registros detalhados de eventos escolares, dando atenção às diferentes definições da ironia, da paródia, da sátira e do grotesco. Os textos históricos e as narrativas contemporâneas formam um panorama que evidencia, para além da manifestação sensível de um estado de ânimo, a necessidade de conhecimento do riso e de suas estratégias de sobrevivência no intervalo dos discursos monológicos ou didáticos. O humor e o riso, nesse contexto, são vistos ora como potentes catalizadores da crítica, ora como artifícios convenientes, tratados como um bálsamo para os acordos e conflitos dentro de uma comunidade. O movimento fundamental, para a dinâmica do diálogo interno entre o professor e seus duplos, se encontra na espiral, que habita o ventre do poder e está no cerne do chapéu de guizos do bufão.This dissertation discusses humour and laughter in education from two perspectives: the first one focusing them as objects of history and philosophy, in the Western tradition; the second one, where the buffoon, through the devices of laughter and mask, is the archetype that establishes a dialogue with the teacher and follows the pedagogical process. The thesis argues for a conceptual character, with grotesque characteristics, to strain the logic of discourse. The methodology used is dramatization within thought, inspired by Nietzsche’s hues when he designs a future for Gaya Science, potentialized by Bakhtin and the collective condition of enunciations, and balancing upon Chantal Maillard’s tension of the aesthetic reason and the sacred laughter of Georges Bataille. This exercise allows the reinvention of devices where the teacher’s dialogue with his/her humorous partners is mobilized and thus lowers the guard that prevents an approximation with nonsense, on the borders of predictable logic. From the Hellenic traditions to the contemporary world, humour and laughter are given control and adjustment, and the theme or object of ridicule is surrounded by ethical restrictions. The research allows an approximation with teachers’ narratives and detailed records of classroom events focusing on different definitions of irony, parody, satire and the grotesque. Historic texts and contemporary narratives form a panorama that make evident, beyond the sensible manifestation of a state of mind, a need for knowledge about laughter and its survival strategies in the interval of monological or didactic discourses. Humour and laughter, in this context, are seen sometimes as powerful catalysts of criticism, and other times as convenient artifices, used as a balsam for the agreements and conflicts within a community. The fundamental movement for the dynamics of the internal dialogue between the teacher and his/her doubles lies in the spiral that resides in the belly of power and is the core of the buffoon’s cap’n bells.application/pdfporHumorRisoProfessorSala de aulaTeatroEducaçãoHumourLaughterEducationTheatreO riso nas brechas do sisoinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/doctoralThesisUniversidade Federal do Rio Grande do SulFaculdade de EducaçãoPrograma de Pós-Graduação em EducaçãoPorto Alegre, BR-RS2007doutoradoinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFRGSinstname:Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)instacron:UFRGSORIGINAL000595303.pdf000595303.pdfTexto completoapplication/pdf4651543http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/10256/1/000595303.pdf7a5f7481fe232fc4e313a7da4b67e3aaMD51TEXT000595303.pdf.txt000595303.pdf.txtExtracted Texttext/plain363950http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/10256/2/000595303.pdf.txt635ff2b0b0c349d287759250684632c7MD52THUMBNAIL000595303.pdf.jpg000595303.pdf.jpgGenerated Thumbnailimage/jpeg1887http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/10256/3/000595303.pdf.jpg9c39d1443cf1aea8e02d8ab6befd824fMD5310183/102562018-10-09 08:39:01.986oai:www.lume.ufrgs.br:10183/10256Biblioteca Digital de Teses e Dissertaçõeshttps://lume.ufrgs.br/handle/10183/2PUBhttps://lume.ufrgs.br/oai/requestlume@ufrgs.br||lume@ufrgs.bropendoar:18532018-10-09T11:39:01Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFRGS - Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)false |
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