Controle inibitório e impulsividade em universitários com dependência de internet

• Autor(a) principal: Terroso, Lauren Bulcão
• Data de Publicação: 2018
• Tipo de documento: Tese
• Idioma: por
• Título da fonte: Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFRGS
• Texto Completo: http://hdl.handle.net/10183/249061
• topic: Internet; Controle inibitório; Impulsividade; Ansiedade; Depressão; Terapia cognitivo-comportamental; Psicologia

O uso excessivo de internet tem sido cada vez mais observado nos últimos anos. Apesar de não ser categorizado como transtorno nos manuais, é evidente que sujeitos que usam a internet de forma demasiada acabam tento inúmeros prejuízos. A presente tese teve como objetivo investigar a dependência de internet (DI) e algumas variáveis associadas tais como: controle inibitório, impulsividade e agressividade em uma amostra de universitários com idades entre 18 e 24 anos. Essa tese está composta por um estudo de revisão de literatura, um estudo empírico e um capítulo de livro. No estudo empírico foram avaliados 1485 estudantes universitários, recrutados por conveniência a preencherem questões relacionadas a dados sóciodemográficos e uso de internet através de uma plataforma online. Foram utilizadas medidas psicológicas em suas versões adaptadas para o contexto brasileiro. Os universitários foram divididos em dois grupos, sendo o Grupo 1 “sem dependência” o Grupo 2 “com dependência”. As variáveis estudadas, além da presença de dependência de internet, foram: agressividade, impulsividade, sintomas de ansiedade, depressão e estresse bem como dados sóciodemográficos como sexo, idade e região do Brasil. No que se refere aos resultados deste estudo cabe salientar a associação entre a presença de dependência de internet e impulsividade, sintomas de ansiedade e de depressão assim como sexo e região. Na revisão de literatura, o objetivo foi analisar artigos dos últimos 5 anos que contemplassem a temática da dependência de internet relacionada às variáveis agressividade, impulsividade e controle inibitório. A partir deste estudo se pode concluir que a DI esteve associada à agressividade como fator preditor e, ao controle inibitório diminuído e aumento de impulsividade, tanto como fatores que predispõem o sujeito à DI quanto contribuem para manter o comportamento compulsivo. O capitulo de livro teve como objetivo descrever a DI, suas variáveis associadas e o tratamento desta problemática através da terapia cognitivo-comportamental. Portanto, no decorrer dos três estudos se pode concluir que a DI encontra-se associada a maior impulsividade, menor controle inibitório, agressividade. Além disso o tratamento de primeira escolha para esta dependência é a terapia cognitivo-comportamental.