Sincronização da onda ovulatória por meio de aspiração folicular e tratamento com o GnRH
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2020 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFRGS |
Texto Completo: | http://hdl.handle.net/10183/219710 |
Resumo: | O objetivo deste estudo foi avaliar um protocolo de manipulação do desenvolvimento folicular ovariano em equinos, pela sincronização física da onda folicular e indução hormonal de codominância folicular, para aplicação em biotécnicas da reprodução em equinos. No Experimento 1, após a sincronização do ciclo estral e a determinação da ovulação, buscou-se caracterizar por ultrassonografia transretal a dinâmica folicular ovariana de nove éguas cíclicas após ablação folicular, realizada por ultrassonografia transvaginal entre os dias 9 e 12 pós-ovulação, com a avaliação da taxa de sincronização da onda folicular ovariana pós-ablação. No Experimento 2, repetiu-se o protocolo experimental do Experimento 1, com a determinação do efeito da administração sequencial de análogo sintético de GnRH (acetato de deslorelina) após a sincronização da onda folicular pós-ablação folicular no diestro sobre as taxas de desenvolvimento folicular e a dinâmica folicular ovariana de 16 éguas cíclicas. No Experimento 1, após análise quantitativa e qualitativa da população ovariana de folículos >5 mm e posterior ablação folicular (d0), a dinâmica folicular revelou um padrão coletivo repetível da onda de desenvolvimento folicular entre as fêmeas, com períodos previsíveis de emergência/recrutamento (d3), divergência folicular (d6-d7), dominância folicular (d9-d11) e ovulação (d11-d13), com o restabelecimento de uma nova onda folicular a partir do d12. No Experimento 2, após as ablações foliculares (d0), as éguas foram distribuídas em três grupos experimentais, sendo o grupo Controle (n=6), sem tratamento hormonal, e grupos tratamento GnRH 3-6 e GnRH 2-6, com fêmeas submetidas a duas doses diárias de 125 μg de GnRH do d3 ao d6 (GnRH 3-6, n=5) ou do d2 ao d6 (GnRH 2-6, n=4) pós-ablação (d0). Um grupo de fêmeas dos grupos Controle e GnRH 3-6 foram submetidas à OPU no d6 para a produção in vitro de embriões por partenogênese, não havendo diferenças entre os grupos quanto às taxas de recuperação e viabilidade oocitárias, e maturação in vitro e clivagem embrionária, com o desenvolvimento in vitro de um blastocisto no grupo Controle. O padrão de desenvolvimento e dinâmica folicular observado no Experimento 1 se mostrou repetível e previsível no grupo Controle do Experimento 2. Também pôde-se observar que o tratamento com GnRH após a ablação determinou um atraso no crescimento folicular nos grupos GnRH 3-6 e GnRH 2-6, com aumento na proporção de folículos de tamanhos intermediários (até 23 mm) relativos ao Controle até o d6, havendo maior atraso no crescimento diário no grupo GnRH 2-6 a partir do d4 pós-ablação. Possivelmente, o tratamento com GnRH determinou a ocorrência do fenômeno de downregulation de FSH, atrasando o recrutamento de uma nova onda folicular. Em resumo, a ablação folicular em éguas determinou uma sincronização previsível de uma nova onda folicular até a ovulação, podendo ser útil como ferramenta na aplicação em biotécnicas da reprodução em equinos. Já a utilização de doses repetidas de GnRH na fase de emergência folicular após a ablação folicular determinou um retardo na progressão da nova onda folicular. Entretanto, houve uma maior proporção de folículos com maior potencial de recuperação e competência oocitária após a OPU em fêmeas tratadas com GnRH, o que pode favorecer a eficiência da PIV de embriões em equinos. |
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Maciel, Juliana TorrianiBertolini, Marcelo2021-04-09T04:24:58Z2020http://hdl.handle.net/10183/219710001123913O objetivo deste estudo foi avaliar um protocolo de manipulação do desenvolvimento folicular ovariano em equinos, pela sincronização física da onda folicular e indução hormonal de codominância folicular, para aplicação em biotécnicas da reprodução em equinos. No Experimento 1, após a sincronização do ciclo estral e a determinação da ovulação, buscou-se caracterizar por ultrassonografia transretal a dinâmica folicular ovariana de nove éguas cíclicas após ablação folicular, realizada por ultrassonografia transvaginal entre os dias 9 e 12 pós-ovulação, com a avaliação da taxa de sincronização da onda folicular ovariana pós-ablação. No Experimento 2, repetiu-se o protocolo experimental do Experimento 1, com a determinação do efeito da administração sequencial de análogo sintético de GnRH (acetato de deslorelina) após a sincronização da onda folicular pós-ablação folicular no diestro sobre as taxas de desenvolvimento folicular e a dinâmica folicular ovariana de 16 éguas cíclicas. No Experimento 1, após análise quantitativa e qualitativa da população ovariana de folículos >5 mm e posterior ablação folicular (d0), a dinâmica folicular revelou um padrão coletivo repetível da onda de desenvolvimento folicular entre as fêmeas, com períodos previsíveis de emergência/recrutamento (d3), divergência folicular (d6-d7), dominância folicular (d9-d11) e ovulação (d11-d13), com o restabelecimento de uma nova onda folicular a partir do d12. No Experimento 2, após as ablações foliculares (d0), as éguas foram distribuídas em três grupos experimentais, sendo o grupo Controle (n=6), sem tratamento hormonal, e grupos tratamento GnRH 3-6 e GnRH 2-6, com fêmeas submetidas a duas doses diárias de 125 μg de GnRH do d3 ao d6 (GnRH 3-6, n=5) ou do d2 ao d6 (GnRH 2-6, n=4) pós-ablação (d0). Um grupo de fêmeas dos grupos Controle e GnRH 3-6 foram submetidas à OPU no d6 para a produção in vitro de embriões por partenogênese, não havendo diferenças entre os grupos quanto às taxas de recuperação e viabilidade oocitárias, e maturação in vitro e clivagem embrionária, com o desenvolvimento in vitro de um blastocisto no grupo Controle. O padrão de desenvolvimento e dinâmica folicular observado no Experimento 1 se mostrou repetível e previsível no grupo Controle do Experimento 2. Também pôde-se observar que o tratamento com GnRH após a ablação determinou um atraso no crescimento folicular nos grupos GnRH 3-6 e GnRH 2-6, com aumento na proporção de folículos de tamanhos intermediários (até 23 mm) relativos ao Controle até o d6, havendo maior atraso no crescimento diário no grupo GnRH 2-6 a partir do d4 pós-ablação. Possivelmente, o tratamento com GnRH determinou a ocorrência do fenômeno de downregulation de FSH, atrasando o recrutamento de uma nova onda folicular. Em resumo, a ablação folicular em éguas determinou uma sincronização previsível de uma nova onda folicular até a ovulação, podendo ser útil como ferramenta na aplicação em biotécnicas da reprodução em equinos. Já a utilização de doses repetidas de GnRH na fase de emergência folicular após a ablação folicular determinou um retardo na progressão da nova onda folicular. Entretanto, houve uma maior proporção de folículos com maior potencial de recuperação e competência oocitária após a OPU em fêmeas tratadas com GnRH, o que pode favorecer a eficiência da PIV de embriões em equinos.The aim of this study was to evaluate a protocol for manipulating ovarian follicular development in mares, by physical synchronization of follicular wave and hormonal induction of follicular codominance, for application in reproductive technologies in horses. In Experiment 1, after synchronization of the estrous cycle and determination of ovulation, the ovarian follicular dynamics of nine cyclic mares was characterized by transretal ultrasonography after ovarian follicular ablation, performed transvaginally by ultrasonography between days 9 and 12 after ovulation, with the evaluation of the synchronization rate of the ovarian follicular wave post-ablation. In Experiment 2, the experimental protocol of Experiment 1 was repeated, with the determination of the effect of sequential administration of a synthetic GnRH analog (deslorelin acetate) after synchronization of the ovarian follicular wave by follicular ablation, on the rates of follicular development and ovarian follicular dynamics in 16 cyclic mares. In Experiment 1, after quantitative and qualitative analysis of the >5 mm ovarian follicle population after follicular ablation (d0), the follicular dynamics revealed a repeatable pattern of follicular waves between females, with predictable periods of emergence/recruitment (d3), follicular divergence (d6-d7), follicular dominance (d9-d11) and ovulation (d11-d13), with the reestablishment of a new follicular wave after d12. In Experiment 2, after follicular ablation (d0), mares were segregated into three experimental groups: Control group (n=6), with no exogenous hormone treatment; and GnRH 3-6 and GnRH 2-6 treatment groups, with females subjected to two 125-μg daily doses of GnRH from d3 to d6 (GnRH 3-6, n=5) or from d2 to d6 (GnRH 2-6, n=4) post-ablation (d0). A group of females from Control and GnRH 3-6 groups were submitted to OPU procedures on d6 for the in vitro production of embryos by parthenogenesis, with no differences between groups regarding oocyte recovery and viability rates, and in vitro maturation and cleavage rates, with the in vitro development of a blastocyst stage embryo in the Control group. The pattern of follicular development and dynamics observed in Experiment 1 was repeatable and predictable in the Control group of the Experiment 2. In addition, the GnRH treatment after ablation determined a delay in follicular growth in both the GnRH 3-6 and GnRH 2-6 groups, with an increase in the proportion of follicles of intermediate sizes (up to 23 mm) relative to controls until d6, with a greater delay in daily growth in the GnRH 2-6 group from d4 post-ablation. Possibly, the GnRH treatment determined the occurrence of the phenomenon known as FSH downregulation, as already reported, causing a delay in the recruitment of a new follicular wave. In summary, follicular ablation in mares determined a predictable synchronization of a new follicular wave through ovulation, which can be a useful tool for the application in reproductive technologies in horses. Also, the use of repeated doses of GnRH in the follicular emergency phase after follicular ablation determined a delay in the progression of the new follicular wave. However, the higher proportion of follicles with greater potential for oocyte recovery and competence after OPU in GnRH-treated females may favor the efficiency of IVP procedures in horses.application/pdfporFolículo ovariano : Crescimento & desenvolvimentoHormônio liberador de gonadotropinaTécnicas de ablaçãoEquinosFollicular wave synchronizationOvarian superstimulationDeslorelin acetateFollicular ablationHorsesSincronização da onda ovulatória por meio de aspiração folicular e tratamento com o GnRHinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisUniversidade Federal do Rio Grande do SulFaculdade de VeterináriaPrograma de Pós-Graduação em Ciências VeterináriasPorto Alegre, BR-RS2020mestradoinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFRGSinstname:Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)instacron:UFRGSTEXT001123913.pdf.txt001123913.pdf.txtExtracted Texttext/plain156997http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/219710/2/001123913.pdf.txt7c0859b9982d4d80a491edaa0d4715ddMD52ORIGINAL001123913.pdfTexto completoapplication/pdf1714378http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/219710/1/001123913.pdf4d92fb24cf40beade1d699d5388b7638MD5110183/2197102021-05-07 04:57:35.5632oai:www.lume.ufrgs.br:10183/219710Biblioteca Digital de Teses e Dissertaçõeshttps://lume.ufrgs.br/handle/10183/2PUBhttps://lume.ufrgs.br/oai/requestlume@ufrgs.br||lume@ufrgs.bropendoar:18532021-05-07T07:57:35Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFRGS - Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)false |
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O objetivo deste estudo foi avaliar um protocolo de manipulação do desenvolvimento folicular ovariano em equinos, pela sincronização física da onda folicular e indução hormonal de codominância folicular, para aplicação em biotécnicas da reprodução em equinos. No Experimento 1, após a sincronização do ciclo estral e a determinação da ovulação, buscou-se caracterizar por ultrassonografia transretal a dinâmica folicular ovariana de nove éguas cíclicas após ablação folicular, realizada por ultrassonografia transvaginal entre os dias 9 e 12 pós-ovulação, com a avaliação da taxa de sincronização da onda folicular ovariana pós-ablação. No Experimento 2, repetiu-se o protocolo experimental do Experimento 1, com a determinação do efeito da administração sequencial de análogo sintético de GnRH (acetato de deslorelina) após a sincronização da onda folicular pós-ablação folicular no diestro sobre as taxas de desenvolvimento folicular e a dinâmica folicular ovariana de 16 éguas cíclicas. No Experimento 1, após análise quantitativa e qualitativa da população ovariana de folículos >5 mm e posterior ablação folicular (d0), a dinâmica folicular revelou um padrão coletivo repetível da onda de desenvolvimento folicular entre as fêmeas, com períodos previsíveis de emergência/recrutamento (d3), divergência folicular (d6-d7), dominância folicular (d9-d11) e ovulação (d11-d13), com o restabelecimento de uma nova onda folicular a partir do d12. No Experimento 2, após as ablações foliculares (d0), as éguas foram distribuídas em três grupos experimentais, sendo o grupo Controle (n=6), sem tratamento hormonal, e grupos tratamento GnRH 3-6 e GnRH 2-6, com fêmeas submetidas a duas doses diárias de 125 μg de GnRH do d3 ao d6 (GnRH 3-6, n=5) ou do d2 ao d6 (GnRH 2-6, n=4) pós-ablação (d0). Um grupo de fêmeas dos grupos Controle e GnRH 3-6 foram submetidas à OPU no d6 para a produção in vitro de embriões por partenogênese, não havendo diferenças entre os grupos quanto às taxas de recuperação e viabilidade oocitárias, e maturação in vitro e clivagem embrionária, com o desenvolvimento in vitro de um blastocisto no grupo Controle. O padrão de desenvolvimento e dinâmica folicular observado no Experimento 1 se mostrou repetível e previsível no grupo Controle do Experimento 2. Também pôde-se observar que o tratamento com GnRH após a ablação determinou um atraso no crescimento folicular nos grupos GnRH 3-6 e GnRH 2-6, com aumento na proporção de folículos de tamanhos intermediários (até 23 mm) relativos ao Controle até o d6, havendo maior atraso no crescimento diário no grupo GnRH 2-6 a partir do d4 pós-ablação. Possivelmente, o tratamento com GnRH determinou a ocorrência do fenômeno de downregulation de FSH, atrasando o recrutamento de uma nova onda folicular. Em resumo, a ablação folicular em éguas determinou uma sincronização previsível de uma nova onda folicular até a ovulação, podendo ser útil como ferramenta na aplicação em biotécnicas da reprodução em equinos. Já a utilização de doses repetidas de GnRH na fase de emergência folicular após a ablação folicular determinou um retardo na progressão da nova onda folicular. Entretanto, houve uma maior proporção de folículos com maior potencial de recuperação e competência oocitária após a OPU em fêmeas tratadas com GnRH, o que pode favorecer a eficiência da PIV de embriões em equinos. |
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