Setores de relações internacionais em instituições de educação superior no Brasil : estruturas, práticas e razões subjacentes

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Guerra, Lizângela
Data de Publicação: 2021
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFRGS
Texto Completo: http://hdl.handle.net/10183/231591
Resumo: Desde os anos 1990, o tema da internacionalização da educação superior tem ganhado destaque em pesquisas acadêmicas e na prática de gestão universitária. Nas primeiras décadas do século XXI, muitas instituições de educação superior (IESs) brasileiras tiveram seus setores de relações internacionais (SRIs) criados ou expandidos. Neste contexto de expansão, muitos aspectos relativos à internacionalização permanecem vagos, começando pela própria definição do termo. Além disso, há uma multiplicidade de razões, de práticas e de iniciativas regionais, nem sempre conectadas entre si. Muitas vezes, são adotadas práticas definidas em outros países que não necessariamente se ajustam às necessidades locais. O presente trabalho teve por objetivo geral investigar como se estruturam os SRIs das IESs brasileiras, examinando as razões que motivam o processo de internacionalização nas IESs na perspectiva dos gestores dos SRIs, as práticas coordenadas e executadas pelos setores e suas estruturas funcionais. Para atingir os objetivos, foi desenvolvido um instrumento do tipo survey, encaminhado às IESs-membros da Associação Brasileira de Educação Internacional (FAUBAI). O estudo comparou os SRIs de IESs públicas (federais e estaduais) e privadas (com e sem fins lucrativos), com algumas diferenças apontadas entre os quatro segmentos. Entre os principais achados, a dissertação concluiu que as razões para a internacionalização são múltiplas, com destaque para as razões acadêmicas, institucionais e socioculturais. Razões seguidamente encontradas na literatura, como a produção de receita ou a pontuação em rankings internacionais não são prevalentes no Brasil. Quanto às práticas, a maioria dos SRIs trabalha com a assessoria direta do gestor máximo da IES e atua em associações nacionais e internacionais. As estruturas dos SRIs são bastante enxutas. Os pontos críticos são os escassos recursos orçamentários e o tamanho reduzido das equipes. Em resumo, este estudo mostra que a atividade de gestão nos setores é definida mais por práticas preestabelecidas, programas de associações ou decisões políticas dos gestores máximos da IES e do SRI, que pela identificação de razões não ambíguas, explícitas e específicas de uma estratégia institucional local. Não foram identificadas relações evidentes entre as razões para a internacionalização mencionadas pelos respondentes e as práticas dos SRIs.
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O presente trabalho teve por objetivo geral investigar como se estruturam os SRIs das IESs brasileiras, examinando as razões que motivam o processo de internacionalização nas IESs na perspectiva dos gestores dos SRIs, as práticas coordenadas e executadas pelos setores e suas estruturas funcionais. Para atingir os objetivos, foi desenvolvido um instrumento do tipo survey, encaminhado às IESs-membros da Associação Brasileira de Educação Internacional (FAUBAI). O estudo comparou os SRIs de IESs públicas (federais e estaduais) e privadas (com e sem fins lucrativos), com algumas diferenças apontadas entre os quatro segmentos. Entre os principais achados, a dissertação concluiu que as razões para a internacionalização são múltiplas, com destaque para as razões acadêmicas, institucionais e socioculturais. Razões seguidamente encontradas na literatura, como a produção de receita ou a pontuação em rankings internacionais não são prevalentes no Brasil. Quanto às práticas, a maioria dos SRIs trabalha com a assessoria direta do gestor máximo da IES e atua em associações nacionais e internacionais. As estruturas dos SRIs são bastante enxutas. Os pontos críticos são os escassos recursos orçamentários e o tamanho reduzido das equipes. Em resumo, este estudo mostra que a atividade de gestão nos setores é definida mais por práticas preestabelecidas, programas de associações ou decisões políticas dos gestores máximos da IES e do SRI, que pela identificação de razões não ambíguas, explícitas e específicas de uma estratégia institucional local. Não foram identificadas relações evidentes entre as razões para a internacionalização mencionadas pelos respondentes e as práticas dos SRIs.Internationalization of higher education has gained importance in academic research and in university management since the 1990s. In the first decades of the 21st century, many Brazilian higher education institutions (HEIs) created or expanded their international offices (IOs). Despite the expansion, many aspects related to internationalization remain unclear, starting with the very definition of the term. Furthermore, there is a multiplicity of rationales, practices and regional initiatives, not always connected to each other. Often, practices defined in other countries are adopted, even if they are not necessarily connected to local needs. The objectives of this research were to investigate how the IOs of Brazilian HEIs are structured, to examine the rationales that motivate the internationalization process in HEIs from the perspective of IO managers, to identify the practices coordinated and executed by the offices and to describe their functional structures. To achieve the objectives, a survey has been developed and sent to the member HEIs of the Brazilian Association of International Education (FAUBAI). The study compared the IOs of public (federal and state) and private (profit and non-profit) HEIs, with some differences identified among the four segments. Among the main findings, the research concluded that the rationales for internationalization are multiple in Brazil, with emphasis on academic, institutional and sociocultural ones. Rationales often found in the literature, such as revenue production or scoring in international rankings, are not prevalent in Brazil. As to the practices, most IOs act as assistants of the Rector’s office and in national and international associations. The structures of the IOs are very small. The critical points are the scarce budget resources and the reduced size of the teams. To sum up, this study shows that the management activity in the IOs is rather defined by pre-established practices, by programs led by associations of universities, or by the political decisions of the top managers of the HEI and IO, than by the identification of unambiguous, explicit and specific reasons for an institutional local strategy. No clear relationships have been identified between the rationales for internationalization mentioned by respondents and the practices coordinated and executed by the IOs.application/pdfporInternacionalização da educaçãoInstituições de ensino superiorSetores de relações internacionais em instituições de educação superior no Brasil : estruturas, práticas e razões subjacentesinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisUniversidade Federal do Rio Grande do SulEscola de EngenhariaPrograma de Pós-Graduação em Engenharia de Produção e TransportesPorto Alegre, BR-RS2021mestrado profissionalinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFRGSinstname:Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)instacron:UFRGSTEXT001131894.pdf.txt001131894.pdf.txtExtracted Texttext/plain309713http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/231591/2/001131894.pdf.txt81e8c9332eccaa6d64633985d5772b50MD52ORIGINAL001131894.pdfTexto completoapplication/pdf3136117http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/231591/1/001131894.pdf89f3e4ad2f2aa0eb1a281304bb53363dMD5110183/2315912021-11-20 06:17:15.693315oai:www.lume.ufrgs.br:10183/231591Biblioteca Digital de Teses e Dissertaçõeshttps://lume.ufrgs.br/handle/10183/2PUBhttps://lume.ufrgs.br/oai/requestlume@ufrgs.br||lume@ufrgs.bropendoar:18532021-11-20T08:17:15Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFRGS - Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)false
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