Associação da proteína ARCP30 (Adiponectina) com síndrome metabólica em pacientes esquizofrênicos em uso de clozapina

• Autor(a) principal: Moreno, Dolores Maria Benites
• Data de Publicação: 2009
• Tipo de documento: Dissertação
• Idioma: por
• Título da fonte: Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFRGS
• Texto Completo: http://hdl.handle.net/10183/197129
• topic: Esquizofrenia; Doenças metabólicas; Obesidade; Adiponectina; Clozapina; Adiponectin; Clozapine; Body composition; Metabolic syndrome; Obesity; Schizophrenia

Introdução: Nos últimos anos, muitos estudos têm demonstrado uma prevalência aumentada de obesidade e alterações metabólicas em pacientes com esquizofrenia, especialmente em uso de antipsicóticos atípicos, como a clozapina. Recentemente, a proteína secretada pelo tecido adiposo, denominada adiponectina, vem se destacando por demonstrar importantes efeitos sobre o metabolismo. Objetivos: O presente estudo tem por objetivo comparar os níveis séricos da proteína ARCP30 (Adiponectina) e medidas metabólicas e antropométricas em pacientes esquizofrênicos com um grupo de voluntários saudáveis e avaliar a associação da síndrome metabólica e níveis de adiponectina. Materiais e Métodos: Foram selecionados 26 pacientes com esquizofrenia de acordo com critério do DSMIV, no uso do sistema de diagnóstico: "Operational Criteria Checklist for Psychotic Disorders"- OPCRIT e 26 controles ajustados para as variáveis: sexo, idade e IMC. Resultados: Os pacientes apresentaram diferença significativa na composição corporal, havendo aumento na circunferência abdominal e percentual de gordura, em relação aos controles. Não houve diferenças significativas nos níveis séricos de adiponectina em pacientes e controles (p>0.05; Wilcoxon-Mann-Whitney). Pacientes esquizofrênicos com síndrome metabólica tiveram níveis reduzidos de adiponectina ao comparar com pacientes sem síndrome metabólica (p<0.001; Wilcoxon-Mann-Whitney). Conclusão: Os pacientes esquizofrênicos têm uma diferença na composição corporal, em relação aos controles com o mesmo IMC, porém não houve diferença nos níveis séricos de adiponectina, e sim na presença ou não de síndrome metabólica.