Padrões de diversidade de comunidades campestres do sudeste da América do Sul : uma abordagem filogenética

• Autor(a) principal: Streit, Helena
• Data de Publicação: 2022
• Tipo de documento: Tese
• Idioma: eng
• Título da fonte: Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFRGS
• Texto Completo: http://hdl.handle.net/10183/276264
• topic: Vegetação campestre; Diversidade vegetal; Filogenética; Phylogenetic diversity; Grassland communities

Compreender como processos ecológicos e evolutivos atuam é fundamental para entender os padrões globais de diversidade e para prever suas variações ante mudanças climáticas e processos antrópicos como invasões biológicas. Processos ecológicos envolvem a dispersão e a relação dos organismos com fatores abióticos e bióticos. Processos evolutivos influenciam a história dos organismos através das taxas de especiação/extinção e eventos geológicos. A filogenia pode ser incorporada a estudos ecológicos como uma abordagem evolutiva, fazendo uma ligação entre passado e presente que indique possíveis explicações históricas e evolutivas nos padrões observados. Nesta tese, apresento resultados de uma pesquisa em ampla escala sobre a biodiversidade dos campos do sudeste da América do Sul a partir da base de dados Transcampos, construída por um esforço conjunto de pesquisadores brasileiros, argentinos e uruguaios. No primeiro capítulo, busquei entender as relações entre diversidade filogenética alfa e as condições ecológicas do presente (fatores climáticos e edáficos), estabilidade climática histórica e impacto humano. Demonstrei que fatores ambientais do presente e do passado influenciam os padrões de diversidade filogenética de comunidades campestres da América do Sul. Áreas de maior estabilidade histórica da temperatura e áreas com menor temperatura mínima apresentaram comunidades com padrão de agrupamento filogenético. No segundo capítulo, investiguei os fatores que determinam os padrões de diversidade filogenética beta através da distribuição de clados e grupos funcionais de gramíneas. A contribuição de espécies C3 aumenta em direção sul e em áreas mais frias com maior estabilidade histórica de temperatura, refletindo linhagens que se especializaram e irradiaram em ambientes frios. As informações apresentadas nessa tese nos ajudam a entender um pouco mais da história evolutiva da vegetação campestre, mas também adicionam percepções sobre o uso de informações filogenéticas para investigar os fatores que originaram e mantiveram os padrões de diversidade observados.