Mulheres em transição de carreira : significados para a saída de carreiras corporativas

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Visentini, Anna Paula
Data de Publicação: 2021
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFRGS
Texto Completo: http://hdl.handle.net/10183/221592
Resumo: Os modelos contemporâneos de carreira sinalizam para a necessidade de adaptabilidade do indivíduo diante das mudanças na configuração do mercado de trabalho, marcado por maior flexibilidade e ressignificação das relações indivíduocarreira-organizações. Em paralelo às mudanças no mundo do trabalho, observa-se também mudanças sociodemográficas, como maior longevidade, redução da taxa de natalidade, ganhos de escolaridade e a maior participação feminina no mercado de trabalho. Apesar da lentidão e das barreiras na inserção das mulheres em posições de poder, observa-se um aumento da participação feminina nas corporações e nas posições de liderança. Porém, percebe-se também que algumas mulheres inseridas nesse contexto estão optando por sair de suas carreiras corporativas. Dessa forma, o objetivo da presente dissertação foi compreender como tem se dado a transição de carreira de mulheres que optaram por sair de carreiras corporativas e quais os significados dos movimentos realizados. Tendo em vista que há um número considerável de estudos abordando a saída de mulheres das carreiras corporativas em razão da maternidade, a pesquisa realizada teve o enfoque no movimento de transição realizado pelas mulheres sem filhos. Para tanto, foi realizada uma pesquisa com abordagem qualitativa utilizando-se como método a entrevista narrativa. Foram entrevistadas 20 mulheres que efetivaram uma transição de carreira e que não tinham filhos no momento em que realizaram esse movimento. Com o auxílio do software Atlas.ti foi realizada a análise do conteúdo do material gerado, e as entrevistadas foram reunidas em três grupos abordando seus perfis de acordo com suas trajetórias de vida e carreira e as motivações para a transição. Foi possível notar que os movimentos realizados na carreira abordam a necessidade de ter um tempo maior para si, a procura por conciliar o trabalho com as necessidades pessoais, a busca por um trabalho com mais propósito, a discordância com a cultura organizacional, a necessidade em ter maiores desafios no trabalho e preocupações com a saúde. Ainda, foi possível constatar que as questões de gênero permeiam a vida das mulheres entrevistadas, não estando restritas ao ambiente organizacional. Também foi possível entender o movimento de transição como um modo para a promoção da sustentabilidade da carreira a longo prazo.
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Dessa forma, o objetivo da presente dissertação foi compreender como tem se dado a transição de carreira de mulheres que optaram por sair de carreiras corporativas e quais os significados dos movimentos realizados. Tendo em vista que há um número considerável de estudos abordando a saída de mulheres das carreiras corporativas em razão da maternidade, a pesquisa realizada teve o enfoque no movimento de transição realizado pelas mulheres sem filhos. Para tanto, foi realizada uma pesquisa com abordagem qualitativa utilizando-se como método a entrevista narrativa. Foram entrevistadas 20 mulheres que efetivaram uma transição de carreira e que não tinham filhos no momento em que realizaram esse movimento. Com o auxílio do software Atlas.ti foi realizada a análise do conteúdo do material gerado, e as entrevistadas foram reunidas em três grupos abordando seus perfis de acordo com suas trajetórias de vida e carreira e as motivações para a transição. Foi possível notar que os movimentos realizados na carreira abordam a necessidade de ter um tempo maior para si, a procura por conciliar o trabalho com as necessidades pessoais, a busca por um trabalho com mais propósito, a discordância com a cultura organizacional, a necessidade em ter maiores desafios no trabalho e preocupações com a saúde. Ainda, foi possível constatar que as questões de gênero permeiam a vida das mulheres entrevistadas, não estando restritas ao ambiente organizacional. Também foi possível entender o movimento de transição como um modo para a promoção da sustentabilidade da carreira a longo prazo.Contemporary career models point to the need of the individual to adapt when facing changes in the labor market, which now features greater flexibility and a resignification of individual-career-organizations relations. In parallel with changes in the world of work, there are also sociodemographic changes, such as greater longevity, reduced birth rate, schooling gains and greater female participation in the labor market. Despite the slowness to and the barriers for women to reach positions of power, there is an increase in female participation in corporations and leadership positions. However, it is clear that some women in these contexts are choosing to leave their corporate careers. The goal of this thesis is to understand the career transition of women in corporate careers and what is the meaning of the movements involved. There is a considerable number of studies that address the departure of women from corporate careers due to motherhood, but our research focused on women who do not have children. For that, we carried out a research with a qualitative approach using the narrative interview method. We interviewed twenty women who went through career transitions and who had no children at the time they went through this transition. We analyzed the content of the generated material with the Atlas.ti software, and the interviewed women were divided in three groups, according to their profiles, to their life and career trajectories, and to the motivations for their career transitions. We noticed that the transitions addressed the need of the interviewed women to have more time for themselves, to reconcile work with personal needs, to search for a job with more purpose, to disagreement with the organizational culture, to the need to have greater challenges at work, and also due to health concerns. We also verified that gender issues permeate the lives of the interviewed women, and that they are not restricted to the organizational environment. 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