Da paternidade responsável à paternidade participativa? representações de paternidade na Política Nacional de Atenção Integral à Saúde do Homem (PNAISH)
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2015 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFRGS |
Texto Completo: | http://hdl.handle.net/10183/132926 |
Resumo: | Nesta dissertação, problematizo as representações de paternidade veiculadas, atualizadas e (re)produzidas na Política Nacional de Atenção Integral à Saúde do Homem (PNAISH), política pública atual do governo federal brasileiro que tem como objetivo promover a melhoria da saúde de homens, facilitando o acesso aos serviços de assistência integral à saúde. O estudo inscreve-se no referencial teórico-metodológico dos Estudos de Gênero e dos Estudos Culturais, situando-se no campo da Saúde Coletiva. Utilizo a pesquisa documental para reunir o conjunto de materiais examinados na perspectiva da análise cultural, a fim de descrever e analisar os ensinamentos da política aos homens-pais, operando com os conceitos de gênero, representação, cultura, poder, política pública, saúde e saúde coletiva. Analiso como os homens passam a ser convocados a participar e integrar as rotinas de cuidado com os/as filhos/as e como os profissionais de saúde, no âmbito do SUS, buscando-se promover e/ou incluir a participação dos homens-pais nos espaços de saúde. A PNAISH atua como um artefato cultural que incide sobre representações de paternidade, envolvendo-se com a nomeação, a classificação e a socialização dos homens-pais em meio às disputas travadas desde a construção, implantação e implementação de tal política. Discuto outros significados atribuídos à paternidade no âmbito da PNAISH, indicando um deslizamento analítico que permite uma provável ampliação de uma “Paternidade Responsável” para uma “Paternidade Participativa”. Desse modo, a investigação realizada permite-me argumentar que o direcionamento dado aos homens-pais, por meio dos materiais da política, busca consolidar a representação de um pai participativo, que necessita integrar-se às rotinas cotidianas dos/as filhos/as, compartilhando responsabilidades e assumindo atribuições, a fim de posicioná-lo como um sujeito integrante do processo de cuidado. Assim, os sentidos atribuídos à participação dos homens-pais vão sendo reconstruídos em redes de significados que reafirmam, atualizam e deslocam representações de paternidade vigentes no Brasil contemporâneo. |
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Pereira, Jamile PeixotoMeyer, Dagmar Elisabeth EstermannKlein, Carin2016-02-25T02:07:07Z2015http://hdl.handle.net/10183/132926000984767Nesta dissertação, problematizo as representações de paternidade veiculadas, atualizadas e (re)produzidas na Política Nacional de Atenção Integral à Saúde do Homem (PNAISH), política pública atual do governo federal brasileiro que tem como objetivo promover a melhoria da saúde de homens, facilitando o acesso aos serviços de assistência integral à saúde. O estudo inscreve-se no referencial teórico-metodológico dos Estudos de Gênero e dos Estudos Culturais, situando-se no campo da Saúde Coletiva. Utilizo a pesquisa documental para reunir o conjunto de materiais examinados na perspectiva da análise cultural, a fim de descrever e analisar os ensinamentos da política aos homens-pais, operando com os conceitos de gênero, representação, cultura, poder, política pública, saúde e saúde coletiva. Analiso como os homens passam a ser convocados a participar e integrar as rotinas de cuidado com os/as filhos/as e como os profissionais de saúde, no âmbito do SUS, buscando-se promover e/ou incluir a participação dos homens-pais nos espaços de saúde. A PNAISH atua como um artefato cultural que incide sobre representações de paternidade, envolvendo-se com a nomeação, a classificação e a socialização dos homens-pais em meio às disputas travadas desde a construção, implantação e implementação de tal política. Discuto outros significados atribuídos à paternidade no âmbito da PNAISH, indicando um deslizamento analítico que permite uma provável ampliação de uma “Paternidade Responsável” para uma “Paternidade Participativa”. Desse modo, a investigação realizada permite-me argumentar que o direcionamento dado aos homens-pais, por meio dos materiais da política, busca consolidar a representação de um pai participativo, que necessita integrar-se às rotinas cotidianas dos/as filhos/as, compartilhando responsabilidades e assumindo atribuições, a fim de posicioná-lo como um sujeito integrante do processo de cuidado. Assim, os sentidos atribuídos à participação dos homens-pais vão sendo reconstruídos em redes de significados que reafirmam, atualizam e deslocam representações de paternidade vigentes no Brasil contemporâneo.In this essay I problematize the paternity representations transmitted, updated and (re) produced in the National Policy of Integral Attention to Men's Health - PNAISH, current public policy of the Brazilian federal government that aims to encourage improvements in the health of the male population, facilitating access to comprehensive health care services. The study is part of the referential theoretical methodological of Gender Studies and Cultural Studies, situated in the field of Collective Health. I use the documentary research to gather all materials examined from the perspective of cultural analysis in order to describe and analyze the lessons of politics men parents, operating with the concepts of gender, representation, culture, power, public policy, health and collective health. I analyze how men come to be called to participate and integrate care routines with the children and how health professionals, within the "SUS", seek to promote and / or include the participation of men parents in health space. The PNAISH acts as a cultural artifact that focuses on parenting representations, involving the nomination, classification and socialization of men parents among the disputes waged since its construction, deployment and implementation. I discuss other meanings attributed to paternity within the PNAISH, indicating an analytical slip that allows a likely extension of a "Responsible Parenthood" to a "Participatory Parenthood." Thus, the investigation allows me to argue that the direction given to men parents, through political materials, seeks to strengthen the representation of a participatory father, who needs to integrate the daily routines of the children, sharing responsibilities and assuming powers in order to position him as an integrant member of the care process. Therefore, the meanings attributed to the participation of men parents are being reconstructed in networks of meanings that reaffirm, update and move paternity representations prevailing in contemporary Brazil.application/pdfporGêneroPaternidadePolíticas públicasSaúde coletivaGenderPaternitiesPublic policiesNational policy of integral attention to men's healthCollective healthDa paternidade responsável à paternidade participativa? representações de paternidade na Política Nacional de Atenção Integral à Saúde do Homem (PNAISH)info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisUniversidade Federal do Rio Grande do SulEscola de EnfermagemPrograma de Pós-Graduação em Saúde ColetivaPorto Alegre, BR-RS2015mestradoinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFRGSinstname:Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)instacron:UFRGSORIGINAL000984767.pdf000984767.pdfTexto completoapplication/pdf1180963http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/132926/1/000984767.pdfabe29e9471a3e86caa64c12545f14829MD51TEXT000984767.pdf.txt000984767.pdf.txtExtracted Texttext/plain270224http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/132926/2/000984767.pdf.txt4f5bacae58acc41e77a1201bb6b187e7MD52THUMBNAIL000984767.pdf.jpg000984767.pdf.jpgGenerated Thumbnailimage/jpeg1128http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/132926/3/000984767.pdf.jpg68b4b79822e63754a80eb1b4fc4dccf5MD5310183/1329262018-10-26 09:50:15.306oai:www.lume.ufrgs.br:10183/132926Biblioteca Digital de Teses e Dissertaçõeshttps://lume.ufrgs.br/handle/10183/2PUBhttps://lume.ufrgs.br/oai/requestlume@ufrgs.br||lume@ufrgs.bropendoar:18532018-10-26T12:50:15Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFRGS - Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)false |
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Nesta dissertação, problematizo as representações de paternidade veiculadas, atualizadas e (re)produzidas na Política Nacional de Atenção Integral à Saúde do Homem (PNAISH), política pública atual do governo federal brasileiro que tem como objetivo promover a melhoria da saúde de homens, facilitando o acesso aos serviços de assistência integral à saúde. O estudo inscreve-se no referencial teórico-metodológico dos Estudos de Gênero e dos Estudos Culturais, situando-se no campo da Saúde Coletiva. Utilizo a pesquisa documental para reunir o conjunto de materiais examinados na perspectiva da análise cultural, a fim de descrever e analisar os ensinamentos da política aos homens-pais, operando com os conceitos de gênero, representação, cultura, poder, política pública, saúde e saúde coletiva. Analiso como os homens passam a ser convocados a participar e integrar as rotinas de cuidado com os/as filhos/as e como os profissionais de saúde, no âmbito do SUS, buscando-se promover e/ou incluir a participação dos homens-pais nos espaços de saúde. A PNAISH atua como um artefato cultural que incide sobre representações de paternidade, envolvendo-se com a nomeação, a classificação e a socialização dos homens-pais em meio às disputas travadas desde a construção, implantação e implementação de tal política. Discuto outros significados atribuídos à paternidade no âmbito da PNAISH, indicando um deslizamento analítico que permite uma provável ampliação de uma “Paternidade Responsável” para uma “Paternidade Participativa”. Desse modo, a investigação realizada permite-me argumentar que o direcionamento dado aos homens-pais, por meio dos materiais da política, busca consolidar a representação de um pai participativo, que necessita integrar-se às rotinas cotidianas dos/as filhos/as, compartilhando responsabilidades e assumindo atribuições, a fim de posicioná-lo como um sujeito integrante do processo de cuidado. Assim, os sentidos atribuídos à participação dos homens-pais vão sendo reconstruídos em redes de significados que reafirmam, atualizam e deslocam representações de paternidade vigentes no Brasil contemporâneo. |
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