A comunicação na interação bebê-educadora nos primeiros dois anos de vida
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2006 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFRGS |
Texto Completo: | http://hdl.handle.net/10183/8819 |
Resumo: | O presente estudo teve como principal objetivo investigar a comunicação verbal e não-verbal na interação educadora-bebê, nos primeiros dois anos de vida. Participaram da pesquisa 4 bebês, com idades entre 5 e 14 meses, que freqüentam o berçário de uma Escola de Educação Infantil e a educadora responsável pelo atendimento a esta turma. Foi realizado um estudo observacional (filmagem) em dois contextos de interação: diádico (troca de fraldas) e grupal (sala de aula), em uma instituição de ensino particular, localizada em um bairro de nível socioeconômico médio-alto, na cidade de Porto Alegre. Os filmes foram transcritos e pontuados conforme protocolos construídos para este estudo. A análise das descrições gerou três principais categorias de comportamento das crianças (choro, exploração/jogo social e conflito/disputa por atenção). Do ponto de vista da educadora, foram observados comportamentos verbais distribuídos em quatro categorias: Perguntas, Comentários, Comandos e Outros Comportamentos verbais. Os comportamentos não verbais foram classificados em três tipos gerais: Contato Físico, Relação com Objetos e Ausência de Interação. Os dados deste estudo sugerem que o papel da educadora do berçário envolve a capacidade de acolher demandas de crianças que ainda não têm condições de verbalizar, mas que, através de suas atitudes, indicam suas necessidades. Sendo assim, além de realizar atividades mais voltadas ao cuidado e assistência, desenvolver as potencialidades cognitivas e físicas do bebê, o trabalho com bebês também envolve atenção especial às necessidades emocionais da criança. Os resultados deste estudo sugerem que mesmo antes da emergência da linguagem, a criança desenvolve, nos primeiros dois anos de vida, uma incrível capacidade comunicativa. Estas interações iniciais com o ambiente já configuram formas simbólicas de expressão que não se restringem à fala, mas são formas não verbais de comunicação. Seu desenvolvimento depende da capacidade dos cuidadores de perceber e traduzir estas diferentes formas de linguagem. |
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Bressani, Maria Cristina LemesBosa, Cleonice AlvesLopes, Rita de Cassia Sobreira2007-06-06T19:19:21Z2006http://hdl.handle.net/10183/8819000589549O presente estudo teve como principal objetivo investigar a comunicação verbal e não-verbal na interação educadora-bebê, nos primeiros dois anos de vida. Participaram da pesquisa 4 bebês, com idades entre 5 e 14 meses, que freqüentam o berçário de uma Escola de Educação Infantil e a educadora responsável pelo atendimento a esta turma. Foi realizado um estudo observacional (filmagem) em dois contextos de interação: diádico (troca de fraldas) e grupal (sala de aula), em uma instituição de ensino particular, localizada em um bairro de nível socioeconômico médio-alto, na cidade de Porto Alegre. Os filmes foram transcritos e pontuados conforme protocolos construídos para este estudo. A análise das descrições gerou três principais categorias de comportamento das crianças (choro, exploração/jogo social e conflito/disputa por atenção). Do ponto de vista da educadora, foram observados comportamentos verbais distribuídos em quatro categorias: Perguntas, Comentários, Comandos e Outros Comportamentos verbais. Os comportamentos não verbais foram classificados em três tipos gerais: Contato Físico, Relação com Objetos e Ausência de Interação. Os dados deste estudo sugerem que o papel da educadora do berçário envolve a capacidade de acolher demandas de crianças que ainda não têm condições de verbalizar, mas que, através de suas atitudes, indicam suas necessidades. Sendo assim, além de realizar atividades mais voltadas ao cuidado e assistência, desenvolver as potencialidades cognitivas e físicas do bebê, o trabalho com bebês também envolve atenção especial às necessidades emocionais da criança. Os resultados deste estudo sugerem que mesmo antes da emergência da linguagem, a criança desenvolve, nos primeiros dois anos de vida, uma incrível capacidade comunicativa. Estas interações iniciais com o ambiente já configuram formas simbólicas de expressão que não se restringem à fala, mas são formas não verbais de comunicação. Seu desenvolvimento depende da capacidade dos cuidadores de perceber e traduzir estas diferentes formas de linguagem.The present study aimed to investigate the verbal and nonverbal communication in the educator-infant interaction, in the first two years of life. Four infants, aged 5, 9, 13 and 14 months, took part in the study, as well as the educator responsible for the class. The infants were enrolled in a private education institution, located in a medium-high class neighborhood, in the city of Porto Alegre. An observational study was conducted with both the children and the teacher being filmed in two interactive contexts: dyadic and group. The videos were coded by two independent coders based on the child´s and teacher´s behaviours. Three main child´s categories were generated: crying, exploration/play and conflict/dispute of attention. The teacher´s verbal categories were: questions, commentaries, commands and other verbal behaviours. The nonverbal behaviours were: physical contact, relations with objects and absence of interaction. The analysis of the observations also showed a rich spectrum of verbal and nonverbal behaviors, on the part of the educator, associated to the child's basic needs. Even the most operational activities (feeding, changing diapers, containing, etc) were taken by the educator as an educational moment, since they were constantly accompanied by dialogues, conversations, descriptions, comments or questions. The results of this study suggest that even before the emergency of language, the child shows, in their first two years of life, an incredible communicative capacity. These initial interactions with the environment already represent symbolic forms of expression which are not limited to the speech, but are forms of nonverbal communication. His/her development depends on the caretaker’s capacity to notice and translate these different language forms.application/pdfporBebêDesenvolvimento infantilCrecheComunicação não verbalComunicação verbalInteração socialEducação infantilPsychologyEducationChild developmentInfantChildren day care centersNonverbal communicationA comunicação na interação bebê-educadora nos primeiros dois anos de vidainfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisUniversidade Federal do Rio Grande do SulInstituto de PsicologiaCurso de Pós-Graduação em Psicologia do DesenvolvimentoPorto Alegre, BR-RS2006mestradoinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFRGSinstname:Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)instacron:UFRGSORIGINAL000589549.pdf000589549.pdfTexto completoapplication/pdf310490http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/8819/1/000589549.pdf70e139f97b34c77fef67547307399e0fMD51TEXT000589549.pdf.txt000589549.pdf.txtExtracted Texttext/plain183280http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/8819/2/000589549.pdf.txtbad65b2019acc05b3db35da464e32e81MD52THUMBNAIL000589549.pdf.jpg000589549.pdf.jpgGenerated Thumbnailimage/jpeg1012http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/8819/3/000589549.pdf.jpg02b398d42d3ede11385967097180b368MD5310183/88192018-10-16 08:23:43.769oai:www.lume.ufrgs.br:10183/8819Biblioteca Digital de Teses e Dissertaçõeshttps://lume.ufrgs.br/handle/10183/2PUBhttps://lume.ufrgs.br/oai/requestlume@ufrgs.br||lume@ufrgs.bropendoar:18532018-10-16T11:23:43Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFRGS - Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)false |
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O presente estudo teve como principal objetivo investigar a comunicação verbal e não-verbal na interação educadora-bebê, nos primeiros dois anos de vida. Participaram da pesquisa 4 bebês, com idades entre 5 e 14 meses, que freqüentam o berçário de uma Escola de Educação Infantil e a educadora responsável pelo atendimento a esta turma. Foi realizado um estudo observacional (filmagem) em dois contextos de interação: diádico (troca de fraldas) e grupal (sala de aula), em uma instituição de ensino particular, localizada em um bairro de nível socioeconômico médio-alto, na cidade de Porto Alegre. Os filmes foram transcritos e pontuados conforme protocolos construídos para este estudo. A análise das descrições gerou três principais categorias de comportamento das crianças (choro, exploração/jogo social e conflito/disputa por atenção). Do ponto de vista da educadora, foram observados comportamentos verbais distribuídos em quatro categorias: Perguntas, Comentários, Comandos e Outros Comportamentos verbais. Os comportamentos não verbais foram classificados em três tipos gerais: Contato Físico, Relação com Objetos e Ausência de Interação. Os dados deste estudo sugerem que o papel da educadora do berçário envolve a capacidade de acolher demandas de crianças que ainda não têm condições de verbalizar, mas que, através de suas atitudes, indicam suas necessidades. Sendo assim, além de realizar atividades mais voltadas ao cuidado e assistência, desenvolver as potencialidades cognitivas e físicas do bebê, o trabalho com bebês também envolve atenção especial às necessidades emocionais da criança. Os resultados deste estudo sugerem que mesmo antes da emergência da linguagem, a criança desenvolve, nos primeiros dois anos de vida, uma incrível capacidade comunicativa. Estas interações iniciais com o ambiente já configuram formas simbólicas de expressão que não se restringem à fala, mas são formas não verbais de comunicação. Seu desenvolvimento depende da capacidade dos cuidadores de perceber e traduzir estas diferentes formas de linguagem. |
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