Escritura na convergência de mídias
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2008 |
Tipo de documento: | Tese |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFRGS |
Texto Completo: | http://hdl.handle.net/10183/14667 |
Resumo: | Esta tese é o resultado de uma análise sobre como um grupo de professoras em condições perceptivas distintas escreve, quando se envolvem em uma experiência de escritura na convergência de mídias. Trata-se de um estudo de natureza qualitativa que busca produzir uma análise exploratória embasado principalmente nas Teorias da Biologia do Conhecer de Humberto Maturana e na Teoria da enação de Francisco Varela, no que se referem ao modo de observar e explicar um fenômeno a partir de uma experiência de escritura. A recursividade constitutiva entre escrita e tecnologia é descrita por vários autores, demonstrando que as tecnologias se transformam em ferramentas que modulam os modos de escrever. Situamos o trabalho no campo da Antropologia da Escritura, ao mantermos um diálogo entre alguns de seus autores, dentre os quais destacamos Jack Goody, Jacques Derrida, Roger Chartier e Béatrice Fraenkel. A discussão sobre os modos de viver-conhecer no encontro com diferenças perceptivas visuais e auditivas está embasada principalmente nas obras de Bernard Mottez, Brigitte Garcia, Yves Delaporte e Zina Weygand. O principal foco da investigação foi acompanhar as modalidades de escritura que as professoras – ouvintes e videntes, no encontro com uma professora cega e uma professora surda – realizaram ao se propor a produzir um hiperdocumento coletivo. Para análise da experiência, foi produzido um mapeamento da rede de escrituras tecida pelas professoras em fóruns e salas de bate-papo em ambiente virtual. Os principais marcadores dessa análise qualitativa e exploratória foram as escritas recorrentes e, principalmente, as questões que as professoras formulavam a si e ao grupo na atividade de escrita ou de comentar sobre a escrita feita. Uma diversidade de fonte de informações compõe este mapeamento e subsidiou a análise: filmagens de oficinas organizadas durante a experiência de criação de uma escritura digital, conversações escritas em fóruns e salas de bate-papo na Internet, recortes de diferentes versões da produção de escritas para o hiperdocumento e anotações de campo. As práticas de composição escrita na Internet provocam mudanças nas coordenações de ações, permitindo o encontro entre pessoas que antes não poderiam produzir algo juntas. Estas mudanças nas coordenações de ações, ao envolver um trabalho de manipulação e edição de diferentes mídias - imagens, sons, textos e a Língua de Sinais – faz com que surja uma nova experiência de escritura, implicando em mudanças cognitivas, afetivas e estéticas. Atos de escritura coletiva e digital podem produzir uma convergência interativa na qual existem grandes possibilidades de interlocução entre pessoas com diferentes condições perceptivas, pois mudam os modos sensório-motores de acoplamento com a escrita e as coordenações de ações na rede de conversações escritas tecidas pelas professoras. |
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Demoly, Karla Rosane do AmaralMaraschin, CleciAxt, Margarete2008-11-19T04:12:59Z2008http://hdl.handle.net/10183/14667000666898Esta tese é o resultado de uma análise sobre como um grupo de professoras em condições perceptivas distintas escreve, quando se envolvem em uma experiência de escritura na convergência de mídias. Trata-se de um estudo de natureza qualitativa que busca produzir uma análise exploratória embasado principalmente nas Teorias da Biologia do Conhecer de Humberto Maturana e na Teoria da enação de Francisco Varela, no que se referem ao modo de observar e explicar um fenômeno a partir de uma experiência de escritura. A recursividade constitutiva entre escrita e tecnologia é descrita por vários autores, demonstrando que as tecnologias se transformam em ferramentas que modulam os modos de escrever. Situamos o trabalho no campo da Antropologia da Escritura, ao mantermos um diálogo entre alguns de seus autores, dentre os quais destacamos Jack Goody, Jacques Derrida, Roger Chartier e Béatrice Fraenkel. A discussão sobre os modos de viver-conhecer no encontro com diferenças perceptivas visuais e auditivas está embasada principalmente nas obras de Bernard Mottez, Brigitte Garcia, Yves Delaporte e Zina Weygand. O principal foco da investigação foi acompanhar as modalidades de escritura que as professoras – ouvintes e videntes, no encontro com uma professora cega e uma professora surda – realizaram ao se propor a produzir um hiperdocumento coletivo. Para análise da experiência, foi produzido um mapeamento da rede de escrituras tecida pelas professoras em fóruns e salas de bate-papo em ambiente virtual. Os principais marcadores dessa análise qualitativa e exploratória foram as escritas recorrentes e, principalmente, as questões que as professoras formulavam a si e ao grupo na atividade de escrita ou de comentar sobre a escrita feita. Uma diversidade de fonte de informações compõe este mapeamento e subsidiou a análise: filmagens de oficinas organizadas durante a experiência de criação de uma escritura digital, conversações escritas em fóruns e salas de bate-papo na Internet, recortes de diferentes versões da produção de escritas para o hiperdocumento e anotações de campo. As práticas de composição escrita na Internet provocam mudanças nas coordenações de ações, permitindo o encontro entre pessoas que antes não poderiam produzir algo juntas. Estas mudanças nas coordenações de ações, ao envolver um trabalho de manipulação e edição de diferentes mídias - imagens, sons, textos e a Língua de Sinais – faz com que surja uma nova experiência de escritura, implicando em mudanças cognitivas, afetivas e estéticas. Atos de escritura coletiva e digital podem produzir uma convergência interativa na qual existem grandes possibilidades de interlocução entre pessoas com diferentes condições perceptivas, pois mudam os modos sensório-motores de acoplamento com a escrita e as coordenações de ações na rede de conversações escritas tecidas pelas professoras.This thesis is the outcome of an analysis on how a group of teachers with distinctive perceptive conditions, write when involved in a writing experience with media convergence. It is a study of a qualitative nature and aims to produce an exploratory analysis based, especially in Humberto Maturana’s biology of knowledge and Francisco Varela’s enation theory, and the way they refer to a mode of observation to explain a phenomenon from a writing experience angle. The constituent recursivity between writing and technology is described by many authors, showing that the technologies transform it selves in tools that modulate writing procedures. We situate this work in the field study of Anthropology of Writing with the dialogue established some of its main authors, among which we highlight Jack Goody, J. Derrida, Roger Chartier and Béatrice Fraenkel. The discussion on the livingknowing modes when faced with visual-perceptive and hearing differences is based, chiefly, on the works of Bernard Mottez, Brigitte Garcia, Yves Delaporte and Zina Weygand. The main focus of the investigation was a follow through on the writing modes by which the seeing-writing teachers produced on their encounter with a blind and a deaf teachers in a cognitive hyper-document. For analytic purposes a writing net chart was created to follow the lines produced by these teachers in forums and chat rooms in a virtual ambient. The main markers of the qualitative and exploratory analysis were the recurrent writing processes and, mainly, the questions formulated by the teachers to themselves and the group about the activity of writing itself or on comments on its contents. A variety of information sources consists this charting and base the analysis. The footage of workshop activities organized during the experience of creating a digital writing, thus allowing the encounter of subjects that previously would be unable to produce something together. This shifts in actions coordination, while involving the editing of different media-image, sounds, texts and Sign Language-enable the uprising of a new form of writing, thus implying cognitive, affective and aesthetic changes. Acts of collective digital writing may produce an interactive convergence in which exists great possibilities of interlocution between people with different perceptive conditions once they change the motor-sensorial binding with writing and the action co ordinations on the conversational net weaved by the teachers.application/pdfporPercepçãoAprendizagemMídiaTecnologia educacionalEscritaHipertextoWriting actsMedia convergencePerceptive differencesEscritura na convergência de mídiasinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/doctoralThesisUniversidade Federal do Rio Grande do SulCentro de Estudos Interdisciplinares em Novas Tecnologias da EducaçãoPrograma de Pós-Graduação em Informática na EducaçãoPorto Alegre, BR-RS2008doutoradoinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFRGSinstname:Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)instacron:UFRGSORIGINAL000666898.pdf000666898.pdfTexto completoapplication/pdf8158520http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/14667/1/000666898.pdf55f324b18adc1a7de977871d5f25024eMD51TEXT000666898.pdf.txt000666898.pdf.txtExtracted Texttext/plain498950http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/14667/2/000666898.pdf.txtd0ce8701eb110a64c480903ac782978bMD52THUMBNAIL000666898.pdf.jpg000666898.pdf.jpgGenerated Thumbnailimage/jpeg1007http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/14667/3/000666898.pdf.jpg36a5d061013b22b99e33460687f5bd88MD5310183/146672018-10-17 08:01:20.151oai:www.lume.ufrgs.br:10183/14667Biblioteca Digital de Teses e Dissertaçõeshttps://lume.ufrgs.br/handle/10183/2PUBhttps://lume.ufrgs.br/oai/requestlume@ufrgs.br||lume@ufrgs.bropendoar:18532018-10-17T11:01:20Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFRGS - Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)false |
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Esta tese é o resultado de uma análise sobre como um grupo de professoras em condições perceptivas distintas escreve, quando se envolvem em uma experiência de escritura na convergência de mídias. Trata-se de um estudo de natureza qualitativa que busca produzir uma análise exploratória embasado principalmente nas Teorias da Biologia do Conhecer de Humberto Maturana e na Teoria da enação de Francisco Varela, no que se referem ao modo de observar e explicar um fenômeno a partir de uma experiência de escritura. A recursividade constitutiva entre escrita e tecnologia é descrita por vários autores, demonstrando que as tecnologias se transformam em ferramentas que modulam os modos de escrever. Situamos o trabalho no campo da Antropologia da Escritura, ao mantermos um diálogo entre alguns de seus autores, dentre os quais destacamos Jack Goody, Jacques Derrida, Roger Chartier e Béatrice Fraenkel. A discussão sobre os modos de viver-conhecer no encontro com diferenças perceptivas visuais e auditivas está embasada principalmente nas obras de Bernard Mottez, Brigitte Garcia, Yves Delaporte e Zina Weygand. O principal foco da investigação foi acompanhar as modalidades de escritura que as professoras – ouvintes e videntes, no encontro com uma professora cega e uma professora surda – realizaram ao se propor a produzir um hiperdocumento coletivo. Para análise da experiência, foi produzido um mapeamento da rede de escrituras tecida pelas professoras em fóruns e salas de bate-papo em ambiente virtual. Os principais marcadores dessa análise qualitativa e exploratória foram as escritas recorrentes e, principalmente, as questões que as professoras formulavam a si e ao grupo na atividade de escrita ou de comentar sobre a escrita feita. Uma diversidade de fonte de informações compõe este mapeamento e subsidiou a análise: filmagens de oficinas organizadas durante a experiência de criação de uma escritura digital, conversações escritas em fóruns e salas de bate-papo na Internet, recortes de diferentes versões da produção de escritas para o hiperdocumento e anotações de campo. As práticas de composição escrita na Internet provocam mudanças nas coordenações de ações, permitindo o encontro entre pessoas que antes não poderiam produzir algo juntas. Estas mudanças nas coordenações de ações, ao envolver um trabalho de manipulação e edição de diferentes mídias - imagens, sons, textos e a Língua de Sinais – faz com que surja uma nova experiência de escritura, implicando em mudanças cognitivas, afetivas e estéticas. Atos de escritura coletiva e digital podem produzir uma convergência interativa na qual existem grandes possibilidades de interlocução entre pessoas com diferentes condições perceptivas, pois mudam os modos sensório-motores de acoplamento com a escrita e as coordenações de ações na rede de conversações escritas tecidas pelas professoras. |
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