A segregação urbana por um viés configuracional : copresença de grupos de renda nos espaços públicos, Santa Maria - RS
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2019 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFRGS |
Texto Completo: | http://hdl.handle.net/10183/202149 |
Resumo: | A segregação urbana é um fenômeno inerente das cidades, mas que se torna um problema ao excluir, ou dificultar, o acesso de certos grupos populacionais a serviços, atividades e espaços. Compreender a segregação é de vital importância para o planejamento e gestão das cidades. O presente trabalho tem como foco a segregação urbana de origem socioeconômica, mas com uma mudança na ênfase dos tradicionais estudos de segregação através da localização das residências, para um estudo de segregação como restrição de interações entre grupos populacionais, incluindo, assim, outras facetas do fenômeno da segregação que ainda não tenham sido exploradas e buscando novos métodos de como medir e analisar essa segregação. Para tal, consideramos que as interações sociais que ocorrem entre indivíduos de diferentes grupos populacionais (no caso deste trabalho, divididos por renda) nos espaços públicos permitem que as populações vejam e sejam vistas pelos “outros”, de modo que a copresença nos espaços públicos passa a ser considerada fundamental para mitigar os efeitos negativos da segregação. O trabalho é aplicado à cidade de Santa Maria (RS) e é desenvolvido a partir de uma abordagem configuracional, entendendo que o espaço urbano pode ser considerado como um sistema de células conectadas entre si que permite a hierarquização dos espaços através de medidas de centralidade. A pesquisa identifica a atração relativa dos espaços e, através da medida de polaridade, simula os prováveis deslocamentos de cada grupo analisado ao desempenharem suas atividades cotidianas. Após são construídas comparações entre os resultados para cada grupo populacional, o que permite apontar os potenciais de copresença como maiores ou menores. Também através da comparação dos resultados de atração relativa dos espaços, a metodologia permite identificar os espaços mais segregados, aqueles por onde apenas um grupo populacional se desloca. O trabalho também discute de forma mais detalhada as diferenças e potenciais específicos dos espaços com maior potencial de copresença (vias e praças). Os resultados demonstram que a metodologia tem capacidade de identificar e medir os potenciais de copresença entre diferentes indivíduos, e, com isso, identificar os espaços que são segregados nos deslocamentos na malha urbana. |
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Machado, Ana Luisa MaffiniMaraschin, Clarice2019-11-28T03:59:02Z2019http://hdl.handle.net/10183/202149001106772A segregação urbana é um fenômeno inerente das cidades, mas que se torna um problema ao excluir, ou dificultar, o acesso de certos grupos populacionais a serviços, atividades e espaços. Compreender a segregação é de vital importância para o planejamento e gestão das cidades. O presente trabalho tem como foco a segregação urbana de origem socioeconômica, mas com uma mudança na ênfase dos tradicionais estudos de segregação através da localização das residências, para um estudo de segregação como restrição de interações entre grupos populacionais, incluindo, assim, outras facetas do fenômeno da segregação que ainda não tenham sido exploradas e buscando novos métodos de como medir e analisar essa segregação. Para tal, consideramos que as interações sociais que ocorrem entre indivíduos de diferentes grupos populacionais (no caso deste trabalho, divididos por renda) nos espaços públicos permitem que as populações vejam e sejam vistas pelos “outros”, de modo que a copresença nos espaços públicos passa a ser considerada fundamental para mitigar os efeitos negativos da segregação. O trabalho é aplicado à cidade de Santa Maria (RS) e é desenvolvido a partir de uma abordagem configuracional, entendendo que o espaço urbano pode ser considerado como um sistema de células conectadas entre si que permite a hierarquização dos espaços através de medidas de centralidade. A pesquisa identifica a atração relativa dos espaços e, através da medida de polaridade, simula os prováveis deslocamentos de cada grupo analisado ao desempenharem suas atividades cotidianas. Após são construídas comparações entre os resultados para cada grupo populacional, o que permite apontar os potenciais de copresença como maiores ou menores. Também através da comparação dos resultados de atração relativa dos espaços, a metodologia permite identificar os espaços mais segregados, aqueles por onde apenas um grupo populacional se desloca. O trabalho também discute de forma mais detalhada as diferenças e potenciais específicos dos espaços com maior potencial de copresença (vias e praças). Os resultados demonstram que a metodologia tem capacidade de identificar e medir os potenciais de copresença entre diferentes indivíduos, e, com isso, identificar os espaços que são segregados nos deslocamentos na malha urbana.Urban segregation is an inherent phenomenon of cities, but it becomes a problem when it excludes or hinders access from certain population groups to services, activities and spaces. Understanding segregation is of vitally important for city planning and management. The present work focuses on urban segregation of socioeconomic origin, but with a shift in emphasis from traditional segregation studies through location of residences to a segregation study as a constraint on interactions between population groups, thus including other facets of phenomenon of segregation that has not yet been explored, and seeking new methods of measuring and analyzing segregation. To this end, we consider that the social interactions that occur between individuals from different population groups (in this case, divided by income) in public spaces allow populations to see and be seen by “others”, so that co-presence in public spaces becomes fundamental to mitigate the negative effects of segregation. The present work is applied to the city of Santa Maria (Brazil) and it is developed from a configurational approach, understanding that urban space can be considered as a system of connected cells that allows a hierarchy of spaces through measures of centrality. The research identifies the relative attraction of the spaces and, through the polarity measurement, simulates the probable displacements of each analyzed group when performing their daily activities. Afterwards, comparisons between the results are constructed for each population group, which allows pointing out the co-presence potentials as larger or smaller. Also, by comparing the results of relative attraction of spaces, the methodology allows identifying the most segregated spaces, those where only one population group travels. The paper also discussed in more detail the differences and specific potentials of the spaces with the greatest potential for co-presence (roads and squares). The results showed that the methodology has the capability to identify and measure the co- presence potentials between different individuals, and thus identify the spaces that are segregated in the displacements in the urban network.application/pdfporMorfologia urbanaSegregação urbanaSanta Maria (RS)SegregationCo-presenceUrban morphologyConfigurational modelA segregação urbana por um viés configuracional : copresença de grupos de renda nos espaços públicos, Santa Maria - RSUrban segregation through a configurational approach : co-presence of income groups in public spaces, Santa Maria - RSinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisUniversidade Federal do Rio Grande do SulFaculdade de ArquiteturaPrograma de Pós-Graduação em Planejamento Urbano e RegionalPorto Alegre, BR-RS2019mestradoinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFRGSinstname:Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)instacron:UFRGSTEXT001106772.pdf.txt001106772.pdf.txtExtracted Texttext/plain211823http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/202149/2/001106772.pdf.txt020eddce740bd232ebe8a7dd9b5f6ab6MD52ORIGINAL001106772.pdfTexto completoapplication/pdf14997367http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/202149/1/001106772.pdf580c39cd3a6b9f86831cf0542e9e9da0MD5110183/2021492019-11-29 05:03:25.775263oai:www.lume.ufrgs.br:10183/202149Biblioteca Digital de Teses e Dissertaçõeshttps://lume.ufrgs.br/handle/10183/2PUBhttps://lume.ufrgs.br/oai/requestlume@ufrgs.br||lume@ufrgs.bropendoar:18532019-11-29T07:03:25Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFRGS - Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)false |
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A segregação urbana é um fenômeno inerente das cidades, mas que se torna um problema ao excluir, ou dificultar, o acesso de certos grupos populacionais a serviços, atividades e espaços. Compreender a segregação é de vital importância para o planejamento e gestão das cidades. O presente trabalho tem como foco a segregação urbana de origem socioeconômica, mas com uma mudança na ênfase dos tradicionais estudos de segregação através da localização das residências, para um estudo de segregação como restrição de interações entre grupos populacionais, incluindo, assim, outras facetas do fenômeno da segregação que ainda não tenham sido exploradas e buscando novos métodos de como medir e analisar essa segregação. Para tal, consideramos que as interações sociais que ocorrem entre indivíduos de diferentes grupos populacionais (no caso deste trabalho, divididos por renda) nos espaços públicos permitem que as populações vejam e sejam vistas pelos “outros”, de modo que a copresença nos espaços públicos passa a ser considerada fundamental para mitigar os efeitos negativos da segregação. O trabalho é aplicado à cidade de Santa Maria (RS) e é desenvolvido a partir de uma abordagem configuracional, entendendo que o espaço urbano pode ser considerado como um sistema de células conectadas entre si que permite a hierarquização dos espaços através de medidas de centralidade. A pesquisa identifica a atração relativa dos espaços e, através da medida de polaridade, simula os prováveis deslocamentos de cada grupo analisado ao desempenharem suas atividades cotidianas. Após são construídas comparações entre os resultados para cada grupo populacional, o que permite apontar os potenciais de copresença como maiores ou menores. Também através da comparação dos resultados de atração relativa dos espaços, a metodologia permite identificar os espaços mais segregados, aqueles por onde apenas um grupo populacional se desloca. O trabalho também discute de forma mais detalhada as diferenças e potenciais específicos dos espaços com maior potencial de copresença (vias e praças). Os resultados demonstram que a metodologia tem capacidade de identificar e medir os potenciais de copresença entre diferentes indivíduos, e, com isso, identificar os espaços que são segregados nos deslocamentos na malha urbana. |
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