Avaliação cognitiva em pacientes alcoolistas abstinentes
Autor(a) principal: | |
---|---|
Data de Publicação: | 1996 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFRGS |
Texto Completo: | http://hdl.handle.net/10183/198930 |
Resumo: | Ao alcoolismo são atribuídos danos no sistema nervoso central, cuJas conseqüências podem comprometer a vida de relação do indivíduo. O tratamento destes pacientes após a desintoxicação supõe a integridade de suas funções cognitivas. Com o objetivo de avaliar o desempenho cognitivo de pacientes alcoolistas no 7° e 60° dia de abstinência delineou-se este estudo de coorte. A amostra foi constituída de alcoolistas selecionados a partir de um ambulatório específico para atendimento destes pacientes num hospital geral cuja clientela principal é de baixa renda. Foram afastados aqueles indivíduos que apresentavam más condições gerais, evidência de hepatopatia crônica, evidência ou história de doença psiquiátrica e/ou neurológica, uso de outras drogas, desnutrição, doença renal, hipo ou hipertireoidismo, diabete mélito, doença pulmonar obstrutiva crônica, hipertensão arterial severa e, idade superior a 65 anos. A seleção incluiu aqueles pacientes que se encontravam em 1 a consulta, preenchendo os critérios para diagnóstico de alcoolismo (DSM III-R) ou história pregressa de síndrome de abstinência do álcool (CID 291.80) ou delirium de abstinência ao álcool (CID 291-00), dependência de álcool (CID 303-90) ou abuso de álcool (CID 305-00), com a ressalva de fazerem uso diário de álcool. Para a primeira avaliação foram incluídos 32 pacientes, dos quais 20 retomaram para a segunda testagem. Uma bateria composta de 13 testes neuropsicológicos foi aplicada aos pacientes nas datas previstas para as avaliações. Além da avaliação clínica inicial, também realizaram exames laboratoriais (função hepática, renal e de metabolismo) e cintilografia hepática. Observou-se que os testes mais alterados foram os que avaliaram as funções de atenção. Entre os pacientes que não retomaram para a 2a avaliação (perdas do estudo) encontravam-se aqueles que apresentaram maior déficit cognitivo na avaliação inicial. Quando comparamos os resultados da primeira e segunda avaliações, observamos que não houve modificação significativa no desempenho e que os escores obtidos não apresentaram relação com o tempo de uso de álcool, ressalvando que neste estudo o tempo mínimo de uso foi de 12 anos. A autora sugere que para se planejar estratégias de atendimento a alcoolistas levese em conta o desempenho cognitivo, especialmente de atenção, e que para os pacientes com este déficit a abordagem deve considerar a utilização de recursos familiares, ambientais e comportamentais. |
id |
URGS_b5032b2be49d9b1ba08ae5b0a20f0a16 |
---|---|
oai_identifier_str |
oai:www.lume.ufrgs.br:10183/198930 |
network_acronym_str |
URGS |
network_name_str |
Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFRGS |
repository_id_str |
1853 |
spelling |
Rossa, IrmaChaves, Marcia Lorena Fagundes2019-09-07T02:33:20Z1996http://hdl.handle.net/10183/198930000602106Ao alcoolismo são atribuídos danos no sistema nervoso central, cuJas conseqüências podem comprometer a vida de relação do indivíduo. O tratamento destes pacientes após a desintoxicação supõe a integridade de suas funções cognitivas. Com o objetivo de avaliar o desempenho cognitivo de pacientes alcoolistas no 7° e 60° dia de abstinência delineou-se este estudo de coorte. A amostra foi constituída de alcoolistas selecionados a partir de um ambulatório específico para atendimento destes pacientes num hospital geral cuja clientela principal é de baixa renda. Foram afastados aqueles indivíduos que apresentavam más condições gerais, evidência de hepatopatia crônica, evidência ou história de doença psiquiátrica e/ou neurológica, uso de outras drogas, desnutrição, doença renal, hipo ou hipertireoidismo, diabete mélito, doença pulmonar obstrutiva crônica, hipertensão arterial severa e, idade superior a 65 anos. A seleção incluiu aqueles pacientes que se encontravam em 1 a consulta, preenchendo os critérios para diagnóstico de alcoolismo (DSM III-R) ou história pregressa de síndrome de abstinência do álcool (CID 291.80) ou delirium de abstinência ao álcool (CID 291-00), dependência de álcool (CID 303-90) ou abuso de álcool (CID 305-00), com a ressalva de fazerem uso diário de álcool. Para a primeira avaliação foram incluídos 32 pacientes, dos quais 20 retomaram para a segunda testagem. Uma bateria composta de 13 testes neuropsicológicos foi aplicada aos pacientes nas datas previstas para as avaliações. Além da avaliação clínica inicial, também realizaram exames laboratoriais (função hepática, renal e de metabolismo) e cintilografia hepática. Observou-se que os testes mais alterados foram os que avaliaram as funções de atenção. Entre os pacientes que não retomaram para a 2a avaliação (perdas do estudo) encontravam-se aqueles que apresentaram maior déficit cognitivo na avaliação inicial. Quando comparamos os resultados da primeira e segunda avaliações, observamos que não houve modificação significativa no desempenho e que os escores obtidos não apresentaram relação com o tempo de uso de álcool, ressalvando que neste estudo o tempo mínimo de uso foi de 12 anos. A autora sugere que para se planejar estratégias de atendimento a alcoolistas levese em conta o desempenho cognitivo, especialmente de atenção, e que para os pacientes com este déficit a abordagem deve considerar a utilização de recursos familiares, ambientais e comportamentais.application/pdfporTranstornos cognitivosEpidemiologiaAlcoolismoAvaliação cognitiva em pacientes alcoolistas abstinentesinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisUniversidade Federal do Rio Grande do SulFaculdade de MedicinaCurso de Pós-Graduação em Medicina: Clínica MédicaPorto Alegre, BR-RS1996mestradoinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFRGSinstname:Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)instacron:UFRGSTEXT000602106.pdf.txt000602106.pdf.txtExtracted Texttext/plain136240http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/198930/2/000602106.pdf.txtfed2462a8e6be1c89294531b78953043MD52ORIGINAL000602106.pdfTexto completoapplication/pdf5691004http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/198930/1/000602106.pdfca255af659ce7e2881cfca857049063dMD5110183/1989302019-09-08 02:31:06.789808oai:www.lume.ufrgs.br:10183/198930Biblioteca Digital de Teses e Dissertaçõeshttps://lume.ufrgs.br/handle/10183/2PUBhttps://lume.ufrgs.br/oai/requestlume@ufrgs.br||lume@ufrgs.bropendoar:18532019-09-08T05:31:06Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFRGS - Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)false |
dc.title.pt_BR.fl_str_mv |
Avaliação cognitiva em pacientes alcoolistas abstinentes |
title |
Avaliação cognitiva em pacientes alcoolistas abstinentes |
spellingShingle |
Avaliação cognitiva em pacientes alcoolistas abstinentes Rossa, Irma Transtornos cognitivos Epidemiologia Alcoolismo |
title_short |
Avaliação cognitiva em pacientes alcoolistas abstinentes |
title_full |
Avaliação cognitiva em pacientes alcoolistas abstinentes |
title_fullStr |
Avaliação cognitiva em pacientes alcoolistas abstinentes |
title_full_unstemmed |
Avaliação cognitiva em pacientes alcoolistas abstinentes |
title_sort |
Avaliação cognitiva em pacientes alcoolistas abstinentes |
author |
Rossa, Irma |
author_facet |
Rossa, Irma |
author_role |
author |
dc.contributor.author.fl_str_mv |
Rossa, Irma |
dc.contributor.advisor1.fl_str_mv |
Chaves, Marcia Lorena Fagundes |
contributor_str_mv |
Chaves, Marcia Lorena Fagundes |
dc.subject.por.fl_str_mv |
Transtornos cognitivos Epidemiologia Alcoolismo |
topic |
Transtornos cognitivos Epidemiologia Alcoolismo |
description |
Ao alcoolismo são atribuídos danos no sistema nervoso central, cuJas conseqüências podem comprometer a vida de relação do indivíduo. O tratamento destes pacientes após a desintoxicação supõe a integridade de suas funções cognitivas. Com o objetivo de avaliar o desempenho cognitivo de pacientes alcoolistas no 7° e 60° dia de abstinência delineou-se este estudo de coorte. A amostra foi constituída de alcoolistas selecionados a partir de um ambulatório específico para atendimento destes pacientes num hospital geral cuja clientela principal é de baixa renda. Foram afastados aqueles indivíduos que apresentavam más condições gerais, evidência de hepatopatia crônica, evidência ou história de doença psiquiátrica e/ou neurológica, uso de outras drogas, desnutrição, doença renal, hipo ou hipertireoidismo, diabete mélito, doença pulmonar obstrutiva crônica, hipertensão arterial severa e, idade superior a 65 anos. A seleção incluiu aqueles pacientes que se encontravam em 1 a consulta, preenchendo os critérios para diagnóstico de alcoolismo (DSM III-R) ou história pregressa de síndrome de abstinência do álcool (CID 291.80) ou delirium de abstinência ao álcool (CID 291-00), dependência de álcool (CID 303-90) ou abuso de álcool (CID 305-00), com a ressalva de fazerem uso diário de álcool. Para a primeira avaliação foram incluídos 32 pacientes, dos quais 20 retomaram para a segunda testagem. Uma bateria composta de 13 testes neuropsicológicos foi aplicada aos pacientes nas datas previstas para as avaliações. Além da avaliação clínica inicial, também realizaram exames laboratoriais (função hepática, renal e de metabolismo) e cintilografia hepática. Observou-se que os testes mais alterados foram os que avaliaram as funções de atenção. Entre os pacientes que não retomaram para a 2a avaliação (perdas do estudo) encontravam-se aqueles que apresentaram maior déficit cognitivo na avaliação inicial. Quando comparamos os resultados da primeira e segunda avaliações, observamos que não houve modificação significativa no desempenho e que os escores obtidos não apresentaram relação com o tempo de uso de álcool, ressalvando que neste estudo o tempo mínimo de uso foi de 12 anos. A autora sugere que para se planejar estratégias de atendimento a alcoolistas levese em conta o desempenho cognitivo, especialmente de atenção, e que para os pacientes com este déficit a abordagem deve considerar a utilização de recursos familiares, ambientais e comportamentais. |
publishDate |
1996 |
dc.date.issued.fl_str_mv |
1996 |
dc.date.accessioned.fl_str_mv |
2019-09-07T02:33:20Z |
dc.type.status.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/publishedVersion |
dc.type.driver.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/masterThesis |
format |
masterThesis |
status_str |
publishedVersion |
dc.identifier.uri.fl_str_mv |
http://hdl.handle.net/10183/198930 |
dc.identifier.nrb.pt_BR.fl_str_mv |
000602106 |
url |
http://hdl.handle.net/10183/198930 |
identifier_str_mv |
000602106 |
dc.language.iso.fl_str_mv |
por |
language |
por |
dc.rights.driver.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/openAccess |
eu_rights_str_mv |
openAccess |
dc.format.none.fl_str_mv |
application/pdf |
dc.source.none.fl_str_mv |
reponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFRGS instname:Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) instacron:UFRGS |
instname_str |
Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) |
instacron_str |
UFRGS |
institution |
UFRGS |
reponame_str |
Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFRGS |
collection |
Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFRGS |
bitstream.url.fl_str_mv |
http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/198930/2/000602106.pdf.txt http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/198930/1/000602106.pdf |
bitstream.checksum.fl_str_mv |
fed2462a8e6be1c89294531b78953043 ca255af659ce7e2881cfca857049063d |
bitstream.checksumAlgorithm.fl_str_mv |
MD5 MD5 |
repository.name.fl_str_mv |
Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFRGS - Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) |
repository.mail.fl_str_mv |
lume@ufrgs.br||lume@ufrgs.br |
_version_ |
1810085496054874112 |