Me apoia? A construção de suportes entre jovens em situação de rua e proteção social
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2021 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFRGS |
Texto Completo: | http://hdl.handle.net/10183/234323 |
Resumo: | A presente dissertação resulta de estudo na linha de pesquisa Trabalho, Movimentos Sociais e Educação para compreender os suportes que jovens em situação de rua, idades entre 15 e 29 anos, produzem como redes de ação diversas e/ou articuladas ao instituído nos dispositivos de proteção social. Um tema recorrente, mas num esforço de novas perspectivas de análise, com novas lentes. Assim, aborda a construção de suportes dos jovens em situação de rua em Porto Alegre, num exercício de enxergar para além da vitimização, o protagonismo dos jovens em se proteger, tangenciando ou recusando a proteção social ofertada pela rede de serviços, com a utilização do verbete “apoio” como categoria do campo. Para isso, foi realizado mapeamento dos serviços de proteção oferecidos no município no campo da Assistência/Educação Social. Através da observação e de entrevistas foi possível discutir com os sujeitos juvenis que vivenciaram ou ainda vivem nas ruas, a partir do verbete “apoio”, a produção de suportes relacionados com a identificação das principais provas sociais a que estão submetidos. Buscou-se conhecer as experiências da rua em articulação com as situações juvenis produzidas, caracterizando as possibilidades ou restrições de fruição da juventude e analisar as tomadas de posição dos sujeitos em vista das medidas de proteção e da promoção ao direito à vida fomentadas pelo poder público. Está fundamentado teoricamente em vários estudos do campo da proteção social e da educação social de rua e das juventudes. As referências teóricas centrais são as contribuições de Danilo Martucelli acerca da individuação na realidade latino-americana, nas noções de suportes e provas sociais articulada às discussões sobre moratória e juventudes. Em consonância com a abordagem teórica anunciada, a metodologia da pesquisa foi de caráter qualitativo, exploratório e com interlocução com os sujeitos alvo da investigação. A estratégia de produção de dados contou com diversos recursos, tais como diário de campo, entrevistas, além de análise de cenas de rua, de fotografias, e de notícias de jornal, no contexto da pandemia causada pela COVID- 19. Os resultados finais irão indicar que jovens em situação de rua exercitam nas restrições dadas um protagonismo agêntico frente às ofertas de proteção social, de maneira a garantirem a existência e fruições juvenis nos âmbitos do trabalho precarizado, dos consumos marginais e de filiações paradoxais na sociabilidade e novos arranjos familiares. |
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Gonçalves, Paulina dos SantosPinheiro, Leandro Rogério2022-01-20T04:41:11Z2021http://hdl.handle.net/10183/234323001135387A presente dissertação resulta de estudo na linha de pesquisa Trabalho, Movimentos Sociais e Educação para compreender os suportes que jovens em situação de rua, idades entre 15 e 29 anos, produzem como redes de ação diversas e/ou articuladas ao instituído nos dispositivos de proteção social. Um tema recorrente, mas num esforço de novas perspectivas de análise, com novas lentes. Assim, aborda a construção de suportes dos jovens em situação de rua em Porto Alegre, num exercício de enxergar para além da vitimização, o protagonismo dos jovens em se proteger, tangenciando ou recusando a proteção social ofertada pela rede de serviços, com a utilização do verbete “apoio” como categoria do campo. Para isso, foi realizado mapeamento dos serviços de proteção oferecidos no município no campo da Assistência/Educação Social. Através da observação e de entrevistas foi possível discutir com os sujeitos juvenis que vivenciaram ou ainda vivem nas ruas, a partir do verbete “apoio”, a produção de suportes relacionados com a identificação das principais provas sociais a que estão submetidos. Buscou-se conhecer as experiências da rua em articulação com as situações juvenis produzidas, caracterizando as possibilidades ou restrições de fruição da juventude e analisar as tomadas de posição dos sujeitos em vista das medidas de proteção e da promoção ao direito à vida fomentadas pelo poder público. Está fundamentado teoricamente em vários estudos do campo da proteção social e da educação social de rua e das juventudes. As referências teóricas centrais são as contribuições de Danilo Martucelli acerca da individuação na realidade latino-americana, nas noções de suportes e provas sociais articulada às discussões sobre moratória e juventudes. Em consonância com a abordagem teórica anunciada, a metodologia da pesquisa foi de caráter qualitativo, exploratório e com interlocução com os sujeitos alvo da investigação. A estratégia de produção de dados contou com diversos recursos, tais como diário de campo, entrevistas, além de análise de cenas de rua, de fotografias, e de notícias de jornal, no contexto da pandemia causada pela COVID- 19. Os resultados finais irão indicar que jovens em situação de rua exercitam nas restrições dadas um protagonismo agêntico frente às ofertas de proteção social, de maneira a garantirem a existência e fruições juvenis nos âmbitos do trabalho precarizado, dos consumos marginais e de filiações paradoxais na sociabilidade e novos arranjos familiares.Esta disertación resulta de un estudio en la línea de investigación Trabajo, Movimientos Sociales y Educación para comprender los apoyos que los jóvenes sin hogar, de entre 15 y 29 años, producen como redes de acción diversas y / o articuladas al instituido en los dispositivos de protección social. Un tema recurrente, pero en un esfuerzo por nuevas perspectivas de análisis, con nuevas lentes. Así, aborda la construcción de apoyo a la juventud sin hogar en Porto Alegre, en un ejercicio para ver más allá de la victimización, el papel de la juventud en protegerse, tocar o rechazar la protección social que ofrece la red de servicios, con el uso de la entrada “apoyo” como categoría de campo. Para ello, se realizó un mapeo de los servicios de protección que se ofrecen en el municipio en el ámbito de Asistencia/ Educación Social. A través de la observación y entrevistas, fue posible discutir con sujetos jóvenes que han vivido o aún viven en la calle, desde la entrada “apoyo”, la producción de apoyos relacionados con la identificación de las principales pruebas sociales a las que son sometidos. Se buscó conocer las vivencias de la calle en conjunto con las situaciones juveniles producidas, caracterizando las posibilidades o restricciones del disfrute juvenil y analizando las posiciones de los sujetos ante las medidas de protección y promoción del derecho a la vida, impulsadas por el gobierno. Teóricamente se basa en varios estudios en el campo de la protección social y la educación social de la calle y de los jóvenes. Los referentes teóricos centrales son los aportes de Danilo Martucelli sobre la individuación en la realidad latinoamericana, en las nociones de soportes y evidencias sociales articuladas a las discusiones sobre moratoria y juventud. En línea con el planteamiento teórico anunciado, la metodología de investigación fue cualitativa, exploratoria y con diálogo con los sujetos objeto de la investigación. La estrategia de producción de datos contó con varios recursos, como un diario de campo, entrevistas, así como análisis de escenas callejeras, fotografías y noticias periodísticas, en el contexto de la pandemia provocada por el COVID-19. Los resultados finales irán a indicar que los jóvenes que viven en la calle ejerzan restricciones, dado un papel importante frente a las ofertas de protección social, a fin de garantizar la existencia y disfrute de los jóvenes en los ámbitos del trabajo precario, el consumo marginal y las afiliaciones paradójicas en la sociabilidad y los nuevos preparativos familiares.application/pdfporPolíticas públicasEducação socialEducação não-formalJuventudVivir en la calleIndividuaciónEducación No EscolarProtección SocialMe apoia? 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