Impacto da adoção da estratégia de profilaxia primária sobre os pacientes com hemofilia grave no Estado do Rio Grande do Sul : uma coorte de base populacional
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2021 |
Tipo de documento: | Tese |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFRGS |
Texto Completo: | http://hdl.handle.net/10183/230599 |
Resumo: | Base teórica:O tratamento da hemofilia severa no Brasil apresentou avanços importantes nos últimos anos. Passamos de uma realidade de tratamento episódico, com quantitativos de fatores de coagulação insuficientes, para uma situação de programas de profilaxia primária, imunotolerância e fatores de coagulação recombinantes. A adoção destas modalidades terapêuticas pretende melhorar os desfechos de sangramentos, em especial musculoesqueléticos, nesta população de pacientes. Entretanto, estas estratégias possuem implicações clínicas, como o desenvolvimento de inibidores, além das relacionadas aos custos do tratamento. Objetivo: Avaliar os desfechos articulares e de inibidores, na população de pacientes do estado do Rio Grande do Sul com novo diagnóstico de Hemofilia A ou B severa, submetidos ao regime de tratamento com profilaxia primária. Métodos: Trata-se de uma coorte retrospectiva de base populacional, na qual foram incluídos todos os pacientes do estado do Rio Grande do Sul com novo diagnóstico de Hemofilia A ou B severa, que cumpriram os critérios do programa de profilaxia primária estabelecidos pelo Ministério da Saúde. Estes pacientes foram acompanhados desde a data de sua inclusão no programa, iniciado em 2012, até dezembro/2019, quando foi encerrado o seguimento. Os desfechos foram comparados, quando aplicável, aos encontrados em uma coorte histórica com a mesma base populacional, tratados na modalidade episódica, em um período anterior ao estabelecimento do programa de profilaxia primária. Resultados: O regime de profilaxia primária nos pacientes com novo diagnóstico de Hemofilia A ou B severa, no estado do Rio Grande do Sul, impactou em um menor número de inibidores, quando comparada ao regime prévio de terapia episódica. O desenvolvimento de artropatia, nesta modalidade terapêutica, foi inferior ao relatado em estudos prévios. Conclusão: Este trabalho, com um desenho original, acompanhou através de uma coorte retrospectiva a população de crianças com hemofilia severa do estado do Rio Grande do Sul, ao longo de 16 anos. Neste período, se deu a transição de um modelo de tratamento episódico com produtos plasmáticos, para a profilaxia primária com doses escalonadas, baseada em concentrados de fatores de origem recombinante. A profilaxia primária foi associada a um menor risco de desenvolvimento de inibidores quando comparada ao tratamento episódico, e a ocorrência de articulação alvo foi inferior à descrita em estudos prévios. |
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Catelli, Dayenne HelenaSilla, Lucia Mariano da RochaSekine, Leo2021-10-09T04:54:20Z2021http://hdl.handle.net/10183/230599001131661Base teórica:O tratamento da hemofilia severa no Brasil apresentou avanços importantes nos últimos anos. Passamos de uma realidade de tratamento episódico, com quantitativos de fatores de coagulação insuficientes, para uma situação de programas de profilaxia primária, imunotolerância e fatores de coagulação recombinantes. A adoção destas modalidades terapêuticas pretende melhorar os desfechos de sangramentos, em especial musculoesqueléticos, nesta população de pacientes. Entretanto, estas estratégias possuem implicações clínicas, como o desenvolvimento de inibidores, além das relacionadas aos custos do tratamento. Objetivo: Avaliar os desfechos articulares e de inibidores, na população de pacientes do estado do Rio Grande do Sul com novo diagnóstico de Hemofilia A ou B severa, submetidos ao regime de tratamento com profilaxia primária. Métodos: Trata-se de uma coorte retrospectiva de base populacional, na qual foram incluídos todos os pacientes do estado do Rio Grande do Sul com novo diagnóstico de Hemofilia A ou B severa, que cumpriram os critérios do programa de profilaxia primária estabelecidos pelo Ministério da Saúde. Estes pacientes foram acompanhados desde a data de sua inclusão no programa, iniciado em 2012, até dezembro/2019, quando foi encerrado o seguimento. Os desfechos foram comparados, quando aplicável, aos encontrados em uma coorte histórica com a mesma base populacional, tratados na modalidade episódica, em um período anterior ao estabelecimento do programa de profilaxia primária. Resultados: O regime de profilaxia primária nos pacientes com novo diagnóstico de Hemofilia A ou B severa, no estado do Rio Grande do Sul, impactou em um menor número de inibidores, quando comparada ao regime prévio de terapia episódica. O desenvolvimento de artropatia, nesta modalidade terapêutica, foi inferior ao relatado em estudos prévios. Conclusão: Este trabalho, com um desenho original, acompanhou através de uma coorte retrospectiva a população de crianças com hemofilia severa do estado do Rio Grande do Sul, ao longo de 16 anos. Neste período, se deu a transição de um modelo de tratamento episódico com produtos plasmáticos, para a profilaxia primária com doses escalonadas, baseada em concentrados de fatores de origem recombinante. A profilaxia primária foi associada a um menor risco de desenvolvimento de inibidores quando comparada ao tratamento episódico, e a ocorrência de articulação alvo foi inferior à descrita em estudos prévios.Background: The treatment of people with severe hemophilia in Brazil had important advances in recent years. The reality of episodic treatment, with insufficient quantities of coagulation factors as recommended by the World Federation of Hemophilia, has undergone advances towards the implementation of primary prophylaxis, immunotolerance and recombinant coagulation factors programs. The adoption of these therapeutic modalities intends to improve bleeding outcomes, especially musculoskeletal, in this patient population. However, these strategies have clinical implications, such as the development of inhibitors, in addition to those related to treatment costs. Objective: The objective of this study is to evaluate joint and inhibitor outcomes in the population of patients in the state of Rio Grande do Sul with a new diagnosis of severe Hemophilia A or B, undergoing treatment with primary prophylaxis. Methods: This is a population-based study, which included all patients in the state of Rio Grande do Sul with a new diagnosis of severe Hemophilia A or B, who met the criteria of the primary prophylaxis program established by the Ministry of Health. These patients were followed in a retrospective cohort, from the date of their inclusion in the program, which started in 2012, until December/2019, when the follow-up ended. Outcomes were compared, when applicable, to those found in a historical cohort with the same population base, treated in the episodic modality, in a period prior to the establishment of the primary prophylaxis program. Results: The adoption of the primary prophylaxis regimen in patients with a new diagnosis of severe Hemophilia A or B, in the state of Rio Grande do Sul, resulted in a smaller number of inhibitors, when compared to the previous regimen of episodic therapy. The development of arthropathy in this therapeutic modality was lower than that reported in previous studies. Conclusion: This work, with an original design, followed through a retrospective cohort the population of children with severe hemophilia in the state of Rio Grande do Sul, over 16 years. During this period, there was a transition from a model of episodic treatment with plasma products to tailored primary prophylaxis, with concentrates of factors of recombinant origin. Primary prophylaxis was associated with a lower risk of developing inhibitors when compared to episodic treatment, and the occurrence of target joint was lower than described in previous studies.application/pdfporHemofilia AHemofilia BEstudos de coortesPrevenção de doençasRio Grande do SulHemophiliaPrimary prophylaxisEpisodic therapyInhibitorsHemarthrosisHemophilic arthropathyTarget jointAdhesionImpacto da adoção da estratégia de profilaxia primária sobre os pacientes com hemofilia grave no Estado do Rio Grande do Sul : uma coorte de base populacionalinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/doctoralThesisUniversidade Federal do Rio Grande do SulFaculdade de MedicinaPrograma de Pós-Graduação em Medicina: Ciências MédicasPorto Alegre, BR-RS2021doutoradoinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFRGSinstname:Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)instacron:UFRGSTEXT001131661.pdf.txt001131661.pdf.txtExtracted Texttext/plain274181http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/230599/2/001131661.pdf.txtd68024001c032a78cb2d825513f24932MD52ORIGINAL001131661.pdfTexto completoapplication/pdf1085513http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/230599/1/001131661.pdfe60674cfbe9ba40a30e582b403384ad5MD5110183/2305992023-11-01 03:23:11.920749oai:www.lume.ufrgs.br:10183/230599Biblioteca Digital de Teses e Dissertaçõeshttps://lume.ufrgs.br/handle/10183/2PUBhttps://lume.ufrgs.br/oai/requestlume@ufrgs.br||lume@ufrgs.bropendoar:18532023-11-01T06:23:11Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFRGS - Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)false |
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