Automedicação e prescrição medicamentosa em serviços públicos de atendimento de urgência odontológica
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2017 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFRGS |
Texto Completo: | http://hdl.handle.net/10183/164345 |
Resumo: | Pacientes que procuram atendimento odontológico frequentemente relatam dor de variada intensidade, principalmente aqueles que buscam atendimento em caráter de urgência. Não é incomum que os pacientes busquem alívio de seus sintomas, previamente à consulta odontológica, por meio de medidas locais e/ou automedicação. Paralelamente, a prescrição de medicamentos é comum por parte dos cirurgiões-dentistas, em especial após o atendimento em caráter de urgência. Este estudo visou avaliar a intensidade da dor dentária relatada pelos pacientes, no momento da consulta, uso de medidas locais e os principais medicamentos utilizados pelos pacientes, por meio de automedicação, previamente à consulta odontológica, o relato de efeitos adversos e a influência que diferentes mídias (televisão, jornais e revistas) exercem no momento da aquisição de medicamentos. Também foram analisados os medicamentos prescritos e os diagnósticos realizados por profissionais que atuam em serviços de urgência odontológica, além de avaliação do nível de ansiedade dos pacientes atendidos, por meio da Escala de Ansiedade Dental de Corah e questionário do Inventário de Ansiedade Traço-Estado. Para tal, foi realizado estudo observacional transversal, de caráter prospectivo, por meio de entrevista com 179 pacientes adultos, atendidos em Serviço de Urgência Odontológica da Faculdade de Odontologia da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) e Unidade de Pronto Atendimento (UPA) Moacyr Scliar. A frequência de automedicação observada foi de 60,9%. Os principais medicamentos utilizados previamente à consulta foram analgésicos não opioides (54,2%). Pacientes que utilizaram antimicrobianos representaram 16,8% da amostra, sendo que 6,7% dos entrevistados utilizaram antimicrobianos por meio de automedicação. Efeitos adversos foram descritos por 21,5% dos pacientes que utilizaram medicamentos. Uso de medidas locais previamente à consulta foi descrito em 59 (33%) atendimentos. Aproximadamente um quarto dos entrevistados (25,7%) relatou se sentir influenciado por propagandas de medicamentos e já ter adquirido medicamentos por influência direta de propagandas. Houve associação estatisticamente significativa entre automedicação e relato de dores moderadas e intensas, assim como entre automedicação e o fato ser paciente muito ansioso, em avaliação realizada por meio do questionário de Inventário de Ansiedade Traço-Estado (IDATE) (Testes Exatos de Fisher P< 0,05). Quanto ao padrão de prescrição, anti-inflamatórios não esteroides foram os medicamentos indicados com maior frequência (36,9%). Antimicrobianos foram prescritos em 65 (36,3%) atendimentos. Diagnósticos envolvendo patologias pulpares e periapicais foram os mais prevalentes (59,2%), sendo abertura coronária, medicação local e selamento o tratamento realizado na maioria dos casos (48%). Concluiu-se que automedicação é prática comum entre os pacientes que buscam serviço público odontológico de urgência. Presença de dores moderadas e intensas e alto nível de ansiedade podem contribuir para esta prática. Antiinflamatórios não esteroides e antimicrobianos são os medicamentos mais frequentemente prescritos pelos cirurgiões-dentistas após o atendimento. |
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Silveira, Leonardo Spohr daFerreira, Maria Beatriz Cardoso2017-07-25T02:30:51Z2017http://hdl.handle.net/10183/164345001025452Pacientes que procuram atendimento odontológico frequentemente relatam dor de variada intensidade, principalmente aqueles que buscam atendimento em caráter de urgência. Não é incomum que os pacientes busquem alívio de seus sintomas, previamente à consulta odontológica, por meio de medidas locais e/ou automedicação. Paralelamente, a prescrição de medicamentos é comum por parte dos cirurgiões-dentistas, em especial após o atendimento em caráter de urgência. Este estudo visou avaliar a intensidade da dor dentária relatada pelos pacientes, no momento da consulta, uso de medidas locais e os principais medicamentos utilizados pelos pacientes, por meio de automedicação, previamente à consulta odontológica, o relato de efeitos adversos e a influência que diferentes mídias (televisão, jornais e revistas) exercem no momento da aquisição de medicamentos. Também foram analisados os medicamentos prescritos e os diagnósticos realizados por profissionais que atuam em serviços de urgência odontológica, além de avaliação do nível de ansiedade dos pacientes atendidos, por meio da Escala de Ansiedade Dental de Corah e questionário do Inventário de Ansiedade Traço-Estado. Para tal, foi realizado estudo observacional transversal, de caráter prospectivo, por meio de entrevista com 179 pacientes adultos, atendidos em Serviço de Urgência Odontológica da Faculdade de Odontologia da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) e Unidade de Pronto Atendimento (UPA) Moacyr Scliar. A frequência de automedicação observada foi de 60,9%. Os principais medicamentos utilizados previamente à consulta foram analgésicos não opioides (54,2%). Pacientes que utilizaram antimicrobianos representaram 16,8% da amostra, sendo que 6,7% dos entrevistados utilizaram antimicrobianos por meio de automedicação. Efeitos adversos foram descritos por 21,5% dos pacientes que utilizaram medicamentos. Uso de medidas locais previamente à consulta foi descrito em 59 (33%) atendimentos. Aproximadamente um quarto dos entrevistados (25,7%) relatou se sentir influenciado por propagandas de medicamentos e já ter adquirido medicamentos por influência direta de propagandas. Houve associação estatisticamente significativa entre automedicação e relato de dores moderadas e intensas, assim como entre automedicação e o fato ser paciente muito ansioso, em avaliação realizada por meio do questionário de Inventário de Ansiedade Traço-Estado (IDATE) (Testes Exatos de Fisher P< 0,05). Quanto ao padrão de prescrição, anti-inflamatórios não esteroides foram os medicamentos indicados com maior frequência (36,9%). Antimicrobianos foram prescritos em 65 (36,3%) atendimentos. Diagnósticos envolvendo patologias pulpares e periapicais foram os mais prevalentes (59,2%), sendo abertura coronária, medicação local e selamento o tratamento realizado na maioria dos casos (48%). Concluiu-se que automedicação é prática comum entre os pacientes que buscam serviço público odontológico de urgência. Presença de dores moderadas e intensas e alto nível de ansiedade podem contribuir para esta prática. Antiinflamatórios não esteroides e antimicrobianos são os medicamentos mais frequentemente prescritos pelos cirurgiões-dentistas após o atendimento.Patients seeking dental care often report pain of varying intensity, especially those seeking urgent care. It is not uncommon for patients to seek relief from their symptoms, prior to dental consultation, through local measures and/or self-medication. Prescription of medications is common by dental surgeons, especially after urgent care. This study aimed to evaluate the intensity of dental pain reported by the patients at the time of consultation, use of local measures and the main medications used by the patients, through self-medication, prior to dental consultation, adverse effects and influences by social media (television, newspapers, magazines) at the moment of purchase of medicines. The drugs prescribed and the diagnoses performed by professionals working in dental emergency services were also analyzed, as well as an evaluation of the level of anxiety of the patients attended, through the Corah Dental Anxiety Scale and the Trait-State Anxiety Inventory questionnaire. A prospective, crosssectional observational study was conducted through an interview with 179 adult patients, attended at the Dental Emergency Service of the Federal University of Rio Grande do Sul (UFRGS) and the Emergency Care Unit (UPA) Moacyr Scliar. The frequency of selfmedication observed was 60.9%. The main drugs used prior to the consultation were nonopioid analgesics (54.2%). Patients who used antimicrobials accounted for 16.8% of the sample, with 6.7% of those interviewed using antimicrobials by self-medication. Adverse effects were reported by 21.5% of patients using medication. Use of local measures prior to the dental appointment was described in 59 (33%) consultations. Approximately one quarter of respondents (25.7%) reported feeling influenced by drug advertisements and have already purchased drugs by direct influence of advertisements. There was a statistically significant association between self-medication prior to the consultation and reporting of moderate and severe pain, as well as between self-medication and the fact that the patient was very anxious, using the Trait-State Anxiety Inventory (STAI) questionnaire (Fisher's Exact Tests P <0.05). Regarding to the prescription pattern, non-steroidal anti-inflammatory drugs were the most frequently indicated medications (36.9%). Antimicrobials were prescribed in 65 (36.3%) dental appointments. Diagnoses involving pulp and periapical pathologies were the most prevalent (59.2%), being coronary opening, local medication and sealing the treatment performed in most cases (48%). It was concluded that self-medication is common practice among patients seeking urgent dental public service. Presence of moderate and intense pain and high level of anxiety can contribute to this practice. Non-steroidal anti-inflammatory drugs and antimicrobials are medications most frequently prescribed by dentists after care.application/pdfporAutomedicaçãoPrescrições de medicamentosOdontologiaAssistência odontológicaServiços de saúdeSelf-medicationDrug prescriptionAutomedicação e prescrição medicamentosa em serviços públicos de atendimento de urgência odontológicainfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisUniversidade Federal do Rio Grande do SulInstituto de Ciências Básicas da SaúdePrograma de Pós-Graduação em Ciências Biológicas: Farmacologia e TerapêuticaPorto Alegre, BR-RS2017mestradoinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFRGSinstname:Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)instacron:UFRGSORIGINAL001025452.pdf001025452.pdfTexto completoapplication/pdf2121393http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/164345/1/001025452.pdf896cb1116cc784edfb1c4098358ce177MD51TEXT001025452.pdf.txt001025452.pdf.txtExtracted Texttext/plain184109http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/164345/2/001025452.pdf.txtfb83cae606f77b4b8d7069ef3f26ddddMD52THUMBNAIL001025452.pdf.jpg001025452.pdf.jpgGenerated Thumbnailimage/jpeg1157http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/164345/3/001025452.pdf.jpg78f85f723470ba54a83a7d2af99a696bMD5310183/1643452018-10-15 09:34:06.373oai:www.lume.ufrgs.br:10183/164345Biblioteca Digital de Teses e Dissertaçõeshttps://lume.ufrgs.br/handle/10183/2PUBhttps://lume.ufrgs.br/oai/requestlume@ufrgs.br||lume@ufrgs.bropendoar:18532018-10-15T12:34:06Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFRGS - Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)false |
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