Automedicação com agentes antimicrobianos em um serviço odontológico universitário

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Machado, Gabriel Pegoraro
Data de Publicação: 2019
Tipo de documento: Trabalho de conclusão de curso
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UFRGS
Texto Completo: http://hdl.handle.net/10183/236825
Resumo: A automedicação é um fenômeno global que contribui para a resistência dos microrganismos aos antimicrobianos. Isto está associado à elevada taxa de morbidade e mortalidade e é um crescente problema de saúde pública. O presente trabalho objetivou realizar um levantamento sobre o padrão de automedicação com antimicrobianos por pacientes atendidos em serviço odontológico universitário e sua relação com características sociodemográficas após terem decorridos 8 anos da publicação da Resolução RDC Nº 44, atualizada pela Resolução RDC Nº 20 (AGÊNCIA NACIONAL DE VIGILÂNCIA SANITÁRIA, 2010, 2011). Foi realizado estudo observacional transversal prospectivo por meio de entrevistas com pacientes que procuraram atendimento odontológico na Faculdade de Odontologia da UFRGS no período de março a agosto de 2019. Foram entrevistados 249 pacientes por meio de questionário estruturado, desenvolvido para o estudo. O projeto foi submetido e aprovado à Comissão de Pesquisa da Faculdade de Odontologia e ao Comitê de Ética e Pesquisa da UFRGS. Os dados foram reunidos e codificados em banco de dados, por meio do Programa Epi-Data, versão 3.1. A análise estatística foi realizada com o auxílio do Software SPSS for Windows, versão 21.0, sendo feita análise descritiva. A maioria dos participantes foram mulheres, 71,5% (178/249), com média de idade de 47,4 (±15,5) anos. Quanto à escolaridade, a maioria, 46,6% (116/249), frequentou até o ensino médio/técnico. Cerca de 19,7% encontravam-se aposentados(as). 23,3% (58/249) dos pacientes relataram ter utilizado antimicrobianos pelo menos um antimicrobiano nos últimos 6 meses. Amoxicilina (35/69; 50,7%), azitromicina (9/69; 13%) e cefalexina (6/69; 8,7%) foram os mais usados, sendo a maioria das prescrições realizadas por médicos (68,1%). A automedicação foi relatada por 3 dos 58 participantes (5,1%), sendo utilizado, na maioria dos casos, a partir de sobras prévias. 19 medicamentos utilizados geraram sobras, dos quais 15 foram guardados e 4 foram descartados. Os locais de descarte citados foram saco de lixo seco, pia da cozinha, farmácia e posto de saúde. Os resultados indicam que a frequência de uso de antimicrobianos parece ter diminuído. Entretanto, a prática de automedicação por antimicrobianos ainda ocorre no Brasil, sobretudo pelo uso de sobras de prescrições anteriores, contribuindo para a resistência microbiana
id UFRGS-2_1854b50d174ff88600cd0ac302bb413f
oai_identifier_str oai:www.lume.ufrgs.br:10183/236825
network_acronym_str UFRGS-2
network_name_str Repositório Institucional da UFRGS
repository_id_str
spelling Machado, Gabriel PegoraroMontagner, Francisco2022-04-07T04:49:35Z2019http://hdl.handle.net/10183/236825001112383A automedicação é um fenômeno global que contribui para a resistência dos microrganismos aos antimicrobianos. Isto está associado à elevada taxa de morbidade e mortalidade e é um crescente problema de saúde pública. O presente trabalho objetivou realizar um levantamento sobre o padrão de automedicação com antimicrobianos por pacientes atendidos em serviço odontológico universitário e sua relação com características sociodemográficas após terem decorridos 8 anos da publicação da Resolução RDC Nº 44, atualizada pela Resolução RDC Nº 20 (AGÊNCIA NACIONAL DE VIGILÂNCIA SANITÁRIA, 2010, 2011). Foi realizado estudo observacional transversal prospectivo por meio de entrevistas com pacientes que procuraram atendimento odontológico na Faculdade de Odontologia da UFRGS no período de março a agosto de 2019. Foram entrevistados 249 pacientes por meio de questionário estruturado, desenvolvido para o estudo. O projeto foi submetido e aprovado à Comissão de Pesquisa da Faculdade de Odontologia e ao Comitê de Ética e Pesquisa da UFRGS. Os dados foram reunidos e codificados em banco de dados, por meio do Programa Epi-Data, versão 3.1. A análise estatística foi realizada com o auxílio do Software SPSS for Windows, versão 21.0, sendo feita análise descritiva. A maioria dos participantes foram mulheres, 71,5% (178/249), com média de idade de 47,4 (±15,5) anos. Quanto à escolaridade, a maioria, 46,6% (116/249), frequentou até o ensino médio/técnico. Cerca de 19,7% encontravam-se aposentados(as). 23,3% (58/249) dos pacientes relataram ter utilizado antimicrobianos pelo menos um antimicrobiano nos últimos 6 meses. Amoxicilina (35/69; 50,7%), azitromicina (9/69; 13%) e cefalexina (6/69; 8,7%) foram os mais usados, sendo a maioria das prescrições realizadas por médicos (68,1%). A automedicação foi relatada por 3 dos 58 participantes (5,1%), sendo utilizado, na maioria dos casos, a partir de sobras prévias. 19 medicamentos utilizados geraram sobras, dos quais 15 foram guardados e 4 foram descartados. Os locais de descarte citados foram saco de lixo seco, pia da cozinha, farmácia e posto de saúde. Os resultados indicam que a frequência de uso de antimicrobianos parece ter diminuído. Entretanto, a prática de automedicação por antimicrobianos ainda ocorre no Brasil, sobretudo pelo uso de sobras de prescrições anteriores, contribuindo para a resistência microbianaSelf-medication is a global phenomenon that contributes to the resistance of microorganisms to antimicrobials. This is associated with high morbidity and mortality rates and is a growing public health problem. This study aimed to conduct a survey on the self-medication pattern with antimicrobials by patients seeking dental care and the correlation with sociodemographic characteristics after 8 years of the publication of Resolution RDC Nº 44, revised by Resolution RDC Nº 20 (NATIONAL AGENCY OF HEALTH SURVEILLANCE, 2010, 2011). A prospective cross-sectional observational study was conducted through interviews with patients who seek dental care at the UFRGS Dental School from March to August 2019. 249 patients were interviewed using a structured questionnaire designed for the study. The project was submitted and approved to the Research Committee of the Dental School and to the UFRGS Research Ethics Committee. Data were collected and coded in a database using the Epi-Data program, version 3.1. Statistical analysis was performed with Software SPSS for Windows, version 21.0, and a descriptive analysis was performed. Mostly of the participants were woman, 71.5% (178/249), with a mean age of 47.4 (± 15.5) years. Regarding to the education, the majority, 46.6% (116/249), attended until high school/technical. About 19.7% were retired. 23.3% (58/249) of the patients reported having used at least one antimicrobial in the last 6 months. Amoxicillin (35/69; 50.7%), azithromycin (9/69; 13%) and cephalexin (6/69; 8.7%) were the most commonly used, with most prescriptions made by physicians (68.1 %). Self-medication was reported by 3 of 58 participants (5.1%) and was used in most cases from previous leftovers. 19 used antimicrobials had leftovers, of which 15 were stored and 4 were discarded. The disposal sites mentioned were dry garbage bag, kitchen sink, pharmacy and health center. The results indicate that the frequency of antimicrobial use seems to have decreased. However, the practice of self-medication with antimicrobials still occurs in Brazil, especially due to the use of leftovers from previous prescriptions, contributing to microbial resistance.application/pdfporAnti-infecciososAutomedicaçãoOdontologiaAnti-Infective AgentsSelf MedicationDentistryAutomedicação com agentes antimicrobianos em um serviço odontológico universitárioinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/bachelorThesisUniversidade Federal do Rio Grande do SulFaculdade de OdontologiaPorto Alegre, BR-RS2019Odontologiagraduaçãoinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Institucional da UFRGSinstname:Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)instacron:UFRGSTEXT001112383.pdf.txt001112383.pdf.txtExtracted Texttext/plain74043http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/236825/2/001112383.pdf.txt72fb0ba28053768aff2c4a0c3731dbecMD52ORIGINAL001112383.pdfTexto completoapplication/pdf2910199http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/236825/1/001112383.pdf1db1fde16178cef6ce623cec0e7169e4MD5110183/2368252022-04-20 04:55:16.070382oai:www.lume.ufrgs.br:10183/236825Repositório de PublicaçõesPUBhttps://lume.ufrgs.br/oai/requestopendoar:2022-04-20T07:55:16Repositório Institucional da UFRGS - Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)false
dc.title.pt_BR.fl_str_mv Automedicação com agentes antimicrobianos em um serviço odontológico universitário
title Automedicação com agentes antimicrobianos em um serviço odontológico universitário
spellingShingle Automedicação com agentes antimicrobianos em um serviço odontológico universitário
Machado, Gabriel Pegoraro
Anti-infecciosos
Automedicação
Odontologia
Anti-Infective Agents
Self Medication
Dentistry
title_short Automedicação com agentes antimicrobianos em um serviço odontológico universitário
title_full Automedicação com agentes antimicrobianos em um serviço odontológico universitário
title_fullStr Automedicação com agentes antimicrobianos em um serviço odontológico universitário
title_full_unstemmed Automedicação com agentes antimicrobianos em um serviço odontológico universitário
title_sort Automedicação com agentes antimicrobianos em um serviço odontológico universitário
author Machado, Gabriel Pegoraro
author_facet Machado, Gabriel Pegoraro
author_role author
dc.contributor.author.fl_str_mv Machado, Gabriel Pegoraro
dc.contributor.advisor1.fl_str_mv Montagner, Francisco
contributor_str_mv Montagner, Francisco
dc.subject.por.fl_str_mv Anti-infecciosos
Automedicação
Odontologia
topic Anti-infecciosos
Automedicação
Odontologia
Anti-Infective Agents
Self Medication
Dentistry
dc.subject.eng.fl_str_mv Anti-Infective Agents
Self Medication
Dentistry
description A automedicação é um fenômeno global que contribui para a resistência dos microrganismos aos antimicrobianos. Isto está associado à elevada taxa de morbidade e mortalidade e é um crescente problema de saúde pública. O presente trabalho objetivou realizar um levantamento sobre o padrão de automedicação com antimicrobianos por pacientes atendidos em serviço odontológico universitário e sua relação com características sociodemográficas após terem decorridos 8 anos da publicação da Resolução RDC Nº 44, atualizada pela Resolução RDC Nº 20 (AGÊNCIA NACIONAL DE VIGILÂNCIA SANITÁRIA, 2010, 2011). Foi realizado estudo observacional transversal prospectivo por meio de entrevistas com pacientes que procuraram atendimento odontológico na Faculdade de Odontologia da UFRGS no período de março a agosto de 2019. Foram entrevistados 249 pacientes por meio de questionário estruturado, desenvolvido para o estudo. O projeto foi submetido e aprovado à Comissão de Pesquisa da Faculdade de Odontologia e ao Comitê de Ética e Pesquisa da UFRGS. Os dados foram reunidos e codificados em banco de dados, por meio do Programa Epi-Data, versão 3.1. A análise estatística foi realizada com o auxílio do Software SPSS for Windows, versão 21.0, sendo feita análise descritiva. A maioria dos participantes foram mulheres, 71,5% (178/249), com média de idade de 47,4 (±15,5) anos. Quanto à escolaridade, a maioria, 46,6% (116/249), frequentou até o ensino médio/técnico. Cerca de 19,7% encontravam-se aposentados(as). 23,3% (58/249) dos pacientes relataram ter utilizado antimicrobianos pelo menos um antimicrobiano nos últimos 6 meses. Amoxicilina (35/69; 50,7%), azitromicina (9/69; 13%) e cefalexina (6/69; 8,7%) foram os mais usados, sendo a maioria das prescrições realizadas por médicos (68,1%). A automedicação foi relatada por 3 dos 58 participantes (5,1%), sendo utilizado, na maioria dos casos, a partir de sobras prévias. 19 medicamentos utilizados geraram sobras, dos quais 15 foram guardados e 4 foram descartados. Os locais de descarte citados foram saco de lixo seco, pia da cozinha, farmácia e posto de saúde. Os resultados indicam que a frequência de uso de antimicrobianos parece ter diminuído. Entretanto, a prática de automedicação por antimicrobianos ainda ocorre no Brasil, sobretudo pelo uso de sobras de prescrições anteriores, contribuindo para a resistência microbiana
publishDate 2019
dc.date.issued.fl_str_mv 2019
dc.date.accessioned.fl_str_mv 2022-04-07T04:49:35Z
dc.type.status.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/publishedVersion
dc.type.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/bachelorThesis
format bachelorThesis
status_str publishedVersion
dc.identifier.uri.fl_str_mv http://hdl.handle.net/10183/236825
dc.identifier.nrb.pt_BR.fl_str_mv 001112383
url http://hdl.handle.net/10183/236825
identifier_str_mv 001112383
dc.language.iso.fl_str_mv por
language por
dc.rights.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/openAccess
eu_rights_str_mv openAccess
dc.format.none.fl_str_mv application/pdf
dc.source.none.fl_str_mv reponame:Repositório Institucional da UFRGS
instname:Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)
instacron:UFRGS
instname_str Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)
instacron_str UFRGS
institution UFRGS
reponame_str Repositório Institucional da UFRGS
collection Repositório Institucional da UFRGS
bitstream.url.fl_str_mv http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/236825/2/001112383.pdf.txt
http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/236825/1/001112383.pdf
bitstream.checksum.fl_str_mv 72fb0ba28053768aff2c4a0c3731dbec
1db1fde16178cef6ce623cec0e7169e4
bitstream.checksumAlgorithm.fl_str_mv MD5
MD5
repository.name.fl_str_mv Repositório Institucional da UFRGS - Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)
repository.mail.fl_str_mv
_version_ 1801224626338004992