Temperamento e dominância em bovinos de corte confinados : efeito sobre comportamento alimentar, consumo, desempenho e características de carcaça in vivo
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2021 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFRGS |
Texto Completo: | http://hdl.handle.net/10183/232234 |
Resumo: | Os objetivos deste estudo foram avaliar a relação entre temperamento e dominância e seus efeitos sobre o comportamento e eficiência alimentar, desempenho e características de carcaça in vivo em bovinos de corte confinados. No ensaio 1, foram utilizados 20 touros Angus, mantidos em curral com área disponível de 56,25 m2/animal e relação animal: comedouro de 4:1. No ensaio 2, foram utilizados 21 bezerros Brangus, mantidos em curral com área disponível de 53,57 m2/animal e relação animal: comedouro de 5,25:1. As interações agonísticas foram avaliadas como indicadores de dominância média (IDm) para cada animal. O temperamento foi avaliado através do tempo (TS) e escore de saída (ES) e do escore composto de balança (EC). O comportamento alimentar e o consumo de alimento foram avaliados através de sistema automatizado. As características de carcaça in vivo foram avaliadas por ultrassonografia. A eficiência alimentar foi medida através do consumo alimentar residual (CAR), ganho de peso residual (GPR) e consumo e ganho de peso residual (CGPR). Touros dominantes tenderam a ser mais reativos (P = 0,09) que os submissos. Bezerros calmos foram mais dominantes, verificado pela associação entre o IDm com o ES (r = -0,42; P = 0,06) e TS (r = 0,45; P < 0,05); a regressão linear entre o IDm e ES (R2 = 0,26; P < 0,05) e o teste de comparação de médias (P = 0,01). Touros reativos tenderam a apresentar maior número de visitas com consumo no comedouro (P = 0,07), enquanto os calmos tiveram refeições mais longas (P < 0,05) e com maior ingestão de matéria seca (P = 0,06). Os bezerros calmos tenderam (P = 0,08) a apresentar menores taxas de ingestão de matéria seca (TIMS) e maior número de visitas com consumo no bebedouro. A dominância tendeu a modificar a TIMS dos touros, que foi maior para os dominantes (P = 0,05), mas não modificou caracteres comportamentais e produtivos dos bezerros, com exceção da espessura de gordura na picanha (EGP) (P = 0,04) a qual foi maior para os dominantes. A interação entre temperamento e dominância demonstrou que bezerros e touros calmos apresentaram maior área de olho de lombo (AOL) (P = 0,03) e melhor eficiência alimentar, medida pelo GPR (P = 0,05) e CGPR (P = 0,06), respectivamente, quando subordinados. Temperamento e dominância foram associados de maneira distinta nos dois ensaios e, apesar de modificarem traços do comportamento alimentar, não influenciaram o consumo total de alimentos e o ganho de peso. A menor TIMS melhorou a eficiência alimentar dos touros subordinados e aumentou a EGP dos bezerros dominantes. |
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Bettencourt, Arthur FernandesFischer, Vivian2021-11-26T04:42:25Z2021http://hdl.handle.net/10183/232234001130186Os objetivos deste estudo foram avaliar a relação entre temperamento e dominância e seus efeitos sobre o comportamento e eficiência alimentar, desempenho e características de carcaça in vivo em bovinos de corte confinados. No ensaio 1, foram utilizados 20 touros Angus, mantidos em curral com área disponível de 56,25 m2/animal e relação animal: comedouro de 4:1. No ensaio 2, foram utilizados 21 bezerros Brangus, mantidos em curral com área disponível de 53,57 m2/animal e relação animal: comedouro de 5,25:1. As interações agonísticas foram avaliadas como indicadores de dominância média (IDm) para cada animal. O temperamento foi avaliado através do tempo (TS) e escore de saída (ES) e do escore composto de balança (EC). O comportamento alimentar e o consumo de alimento foram avaliados através de sistema automatizado. As características de carcaça in vivo foram avaliadas por ultrassonografia. A eficiência alimentar foi medida através do consumo alimentar residual (CAR), ganho de peso residual (GPR) e consumo e ganho de peso residual (CGPR). Touros dominantes tenderam a ser mais reativos (P = 0,09) que os submissos. Bezerros calmos foram mais dominantes, verificado pela associação entre o IDm com o ES (r = -0,42; P = 0,06) e TS (r = 0,45; P < 0,05); a regressão linear entre o IDm e ES (R2 = 0,26; P < 0,05) e o teste de comparação de médias (P = 0,01). Touros reativos tenderam a apresentar maior número de visitas com consumo no comedouro (P = 0,07), enquanto os calmos tiveram refeições mais longas (P < 0,05) e com maior ingestão de matéria seca (P = 0,06). Os bezerros calmos tenderam (P = 0,08) a apresentar menores taxas de ingestão de matéria seca (TIMS) e maior número de visitas com consumo no bebedouro. A dominância tendeu a modificar a TIMS dos touros, que foi maior para os dominantes (P = 0,05), mas não modificou caracteres comportamentais e produtivos dos bezerros, com exceção da espessura de gordura na picanha (EGP) (P = 0,04) a qual foi maior para os dominantes. A interação entre temperamento e dominância demonstrou que bezerros e touros calmos apresentaram maior área de olho de lombo (AOL) (P = 0,03) e melhor eficiência alimentar, medida pelo GPR (P = 0,05) e CGPR (P = 0,06), respectivamente, quando subordinados. Temperamento e dominância foram associados de maneira distinta nos dois ensaios e, apesar de modificarem traços do comportamento alimentar, não influenciaram o consumo total de alimentos e o ganho de peso. A menor TIMS melhorou a eficiência alimentar dos touros subordinados e aumentou a EGP dos bezerros dominantes.The objectives of this study were to evaluate the relationship between temperament and dominance and its effects on behavior and feed efficiency, performance and in vivo carcass characteristics in confined beef cattle. In trial 1, 20 Angus bulls were used, kept in a yard with an available area of 56.25 m2 / animal and an animal: feeder ratio of 4: 1. In trial 2, 21 Brangus calves were used, kept in a yard with an available area of 53.57 m2 / animal and an animal: feeder ratio of 5.25: 1. Agonistic interactions were evaluated as indicators of average dominance (DIm) for each animal. The temperament was evaluated using exit time (ET) and exit score (ES) and the composite scale score (CSS). Feeding behavior and feed consumption were assessed using an automated system. In vivo carcass characteristics were evaluated by ultrasound. Feed efficiency was measured through residual feed intake (RFI), residual weight gain (RWG) and residual weight consumption and gain (RWCG). Dominant bulls tended to be more reactive (P = 0.09) than subordinate ones. Calm calves were more dominant, evidenced by the association between DIm with ES (r = - 0.42; P = 0.06) and ET (r = 0.45; P <0.05), the linear regression between the DIm and ES (R2 = 0.26; P <0.05) and the means comparison test (P = 0.01). Reactive bulls tended to have a higher number of visits with consumption in the feeder (P = 0.07), but the calm ones had longer meals (P <0.05) with a greater intake of dry matter (P = 0.06). Calm calves tended to have lower dry matter intake rate (DMIR) (P = 0.08) and higher number of visits with drinking at the drinker (P = 0.08). The dominance tended to modify the DMIR of the bulls, which was higher for dominants (P = 0.05), but it did not modify the behavioral and productive characteristics of the calves, except for rump fat (RF) (P = 0.04) which was higher for dominant calves. The interaction between temperament and dominance demonstrated that calves and calm bulls showed greater loin muscle area (LMA) (P = 0.03) and better feeding efficiency, measured by RWG (P = 0.05) and RWCG (P = 0.06), respectively, when subordinate. Temperament and dominance were associated in a different way in the two trials and, despite modifying traits of feeding behavior, did not influence consumption and weight gain. The lower DMIR improved the feed efficiency of subordinate bulls and increased the RF of dominant calves.application/pdfporGado de corteHábito alimentarComportamento animalConfinamentoEficiência nutricionalPerformanceBeef cattleDominanceFeed efficiencyFeeding behaviorFeedlotTemperamentPerformanceTemperamento e dominância em bovinos de corte confinados : efeito sobre comportamento alimentar, consumo, desempenho e características de carcaça in vivoTemperament and dominance in confined beef cattle : effect on feeding behavior, intake, performance and in vivo carcass characteristicsinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisUniversidade Federal do Rio Grande do SulFaculdade de AgronomiaPrograma de Pós-Graduação em ZootecniaPorto Alegre, BR-RS2021mestradoinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFRGSinstname:Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)instacron:UFRGSTEXT001130186.pdf.txt001130186.pdf.txtExtracted Texttext/plain208513http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/232234/2/001130186.pdf.txt95fc28a985bcc8ba6631dbaf7cc9baf5MD52ORIGINAL001130186.pdfTexto completoapplication/pdf1001838http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/232234/1/001130186.pdfc1d48b2a21ac4e0bc5cb80e2ba99a52aMD5110183/2322342022-02-22 04:51:42.058533oai:www.lume.ufrgs.br:10183/232234Biblioteca Digital de Teses e Dissertaçõeshttps://lume.ufrgs.br/handle/10183/2PUBhttps://lume.ufrgs.br/oai/requestlume@ufrgs.br||lume@ufrgs.bropendoar:18532022-02-22T07:51:42Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFRGS - Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)false |
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Os objetivos deste estudo foram avaliar a relação entre temperamento e dominância e seus efeitos sobre o comportamento e eficiência alimentar, desempenho e características de carcaça in vivo em bovinos de corte confinados. No ensaio 1, foram utilizados 20 touros Angus, mantidos em curral com área disponível de 56,25 m2/animal e relação animal: comedouro de 4:1. No ensaio 2, foram utilizados 21 bezerros Brangus, mantidos em curral com área disponível de 53,57 m2/animal e relação animal: comedouro de 5,25:1. As interações agonísticas foram avaliadas como indicadores de dominância média (IDm) para cada animal. O temperamento foi avaliado através do tempo (TS) e escore de saída (ES) e do escore composto de balança (EC). O comportamento alimentar e o consumo de alimento foram avaliados através de sistema automatizado. As características de carcaça in vivo foram avaliadas por ultrassonografia. A eficiência alimentar foi medida através do consumo alimentar residual (CAR), ganho de peso residual (GPR) e consumo e ganho de peso residual (CGPR). Touros dominantes tenderam a ser mais reativos (P = 0,09) que os submissos. Bezerros calmos foram mais dominantes, verificado pela associação entre o IDm com o ES (r = -0,42; P = 0,06) e TS (r = 0,45; P < 0,05); a regressão linear entre o IDm e ES (R2 = 0,26; P < 0,05) e o teste de comparação de médias (P = 0,01). Touros reativos tenderam a apresentar maior número de visitas com consumo no comedouro (P = 0,07), enquanto os calmos tiveram refeições mais longas (P < 0,05) e com maior ingestão de matéria seca (P = 0,06). Os bezerros calmos tenderam (P = 0,08) a apresentar menores taxas de ingestão de matéria seca (TIMS) e maior número de visitas com consumo no bebedouro. A dominância tendeu a modificar a TIMS dos touros, que foi maior para os dominantes (P = 0,05), mas não modificou caracteres comportamentais e produtivos dos bezerros, com exceção da espessura de gordura na picanha (EGP) (P = 0,04) a qual foi maior para os dominantes. A interação entre temperamento e dominância demonstrou que bezerros e touros calmos apresentaram maior área de olho de lombo (AOL) (P = 0,03) e melhor eficiência alimentar, medida pelo GPR (P = 0,05) e CGPR (P = 0,06), respectivamente, quando subordinados. Temperamento e dominância foram associados de maneira distinta nos dois ensaios e, apesar de modificarem traços do comportamento alimentar, não influenciaram o consumo total de alimentos e o ganho de peso. A menor TIMS melhorou a eficiência alimentar dos touros subordinados e aumentou a EGP dos bezerros dominantes. |
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